Elaboração de Protocolo para Autonomia do Enfermeiro Frente à Condução do IM Com Supra
Por: 35471074823 • 13/9/2021 • Artigo • 2.766 Palavras (12 Páginas) • 137 Visualizações
Elaboração de Protocolo para Autonomia do Enfermeiro Frente à Condução do IM Com Supra
Elaboration of Protocol for Autonomy of the Nurse in the Conduct of IM Com Supra
LONGO, Renata Cristina Aguiar
Resumo
O Infarto do Miocárdio (IM) significa especificamente a morte de cardiomiócitos, que são células localizadas no coração devido à isquemia prolongada. O diagnóstico do IM é primordial para uma condução imediata do caso, e após a confirmação diagnóstica é necessário realizar imediatamente o manejo clínico de forma mais eficaz possível, visando um bom prognostico. Objetivo deste trabalho foi planejar um protocolo de assistência de enfermagem para o atendimento de IM com supra desnivelamento do segmento ST. Tratou-se de uma revisão literária. O protocolo foi dividido em quatro etapas e observação, pois se observou durante o estudo bibliográfico uma necessidade de um protocolo com passos curtos e eficazes que possam garantir um atendimento rápido com manejos simples, focando na realização de procedimentos que garantam agilidade no processo de identificação do IM. Permitindo a elaboração de um protocolo para autonomia do enfermeiro na condução do IM com supra, baseado em toda legislação disponível. Este protocolo mostra cuidado ágil e multidisciplinar onde o enfermeiro possa atuar em parceria direta com o médico, visando à prestação de um cuidado integral e humanizado.
Descritores: Dor torácica, Protocolo, Enfermagem.
Abstract
The Myocardium infarction (MI) specifically means the cardiomyocytes death, that are located cells in the heart due to the lingering ischemia. The diagnosis of MI is primordial for an immediate transport of the case, and after the confirmation diagnostic it is necessary to accomplish the clinical handling in a possible more effective way immediately, seeking a good predicts. The objective of this work was to plan a protocol of nursing attendance for the service of MI with supra unevenness of the ST segment. It was about a literary revision. The protocol was divided in four stages and observation, because it was observed during the bibliographical study a need of a protocol with short and effective steps that they can guarantee a fast service with simple handlings, focusing in the accomplishment of procedures that guarantee agility in the process of identification of MI. Allowing the elaboration of a protocol for the nurse's autonomy in the transport of MI with supra, based on all available legislation. This protocol shows agile care and multidisciplinary where the nurse can act in partnership with the doctor, seeking an integral care and humanized.
Keywords: Chest pain, Protocol, Nursing.
Introdução
O termo Infarto do Miocárdio (IM) significa especificamente a morte de cardiomiócitos, que são células localizadas no coração devido à isquemia prolongada (MARTINS; RIBEIRO, 2014).
O diagnóstico do IM é primordial para uma condução imediata do caso, é observado principalmente à queixa clínica que normalmente é dor típica caracterizada por tipo aperto à esquerda, irradiada para o membro direito de grande intensidade e prolongada com melhora ou alivio ao repouso, porém existem casos mais raros que podem se manifestar com ausência de dor, mas apresentam náuseas, mal-estar, taquicardia ou confusão mental. Outro ponto a ser avaliado é a alteração do eletrocardiograma, onde se observa supra desnível do segmento ST ou bloqueio agudo de ramo esquerdo e pode ter confirmação com a elevação de marcadores bioquímicos específicos na necrose do tecido do miocárdio, como presença de CKMB ou troponina. Ao se observar os dois primeiros critérios, já são necessários iniciar as primeiras condutas para tentativa imediata de reperfusão do paciente (MARTINS; RIBEIRO, 2014) (DIAS, OLIVEIRA, 2016).
Após a confirmação diagnóstica é necessário realizar imediatamente o manejo clínico de forma mais eficaz possível, visando um bom prognostico. Sabe-se, que o manejo clínico do IM, só pode ser eficaz se houver um protocolo a ser seguido, que confira autonomia aos profissionais para a tomada de condutas rápidas e eficazes. Protocolo define-se, como um conjunto de ações previamente descritas, que permitem direcionar o trabalho e cuidados prestados pela enfermagem garantindo, a prevenção de um problema. Em outras palavras, protocolo é uma proposta de padronização de procedimentos feitos pela equipe de enfermagem (BRASIL, 2015a).
Os IM costumam ser situações de urgência em domicílio, por isso normalmente o primeiro atendimento é realizado pelo serviço de atendimento pré-hospitalar. Segundo o Ministério da Saúde, o atendimento pré-hospitalar pode ser definido como a assistência prestada em um primeiro nível de atenção, aos portadores de quadros agudos, de natureza clínica, traumática ou psiquiátrica, quando ocorrem fora do ambiente hospitalar, podendo acarretar sequelas ou até mesmo a morte (BRASIL, 2012 b).
O atendimento pré-hospitalar compreende o socorro inicial prestado a vítima no local em que ocorreu a emergência e durante o transporte para o hospital. Seus objetivos fundamentais são: iniciar o tratamento de modo precoce, estabilizar as funções vitais, prevenir complicações e transportar o acidentado com segurança e rapidez, para o hospital mais apropriado para o tratamento definitivo de sua condição específica (BRASIL, 2012 b).
Faz-se imprescindível que os serviços, as instituições e a equipe de saúde estejam organizados e sistematizados para o atendimento de pessoas com dor torácica, para tanto médicos e enfermeiros necessitam de treinamento e ferramentas que os auxilie no manejo deste atendimento. Para boa atuação do enfermeiro neste quadro clinico requer para este conhecimento científico, familiaridade com Síndrome Coronariana Aguda (SCA) e rápidas tomadas de decisões, discernindo situações que tragam risco para os pacientes. Desta forma um protocolo bem estruturado seria fundamental para que se consiga um sucesso na condução deste atendimento, um controle de fatores de riscos para doenças cardiovasculares e para a melhoria na qualidade de vida, com sobrevida maior desses pacientes (FERREIRA; MADEIRA, 2011) (DIAS; OLIVEIRA, 2016).
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