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Estudo de Caso

Por:   •  22/10/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.702 Palavras (7 Páginas)  •  226 Visualizações

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Introdução

Droga, segundo a definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), é qualquer substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento. Uma droga não é por si só boa ou má. Existem substâncias que são usadas com a finalidade de produzir efeitos benéficos, como o tratamento de doenças, e são consideradas medicamentos. Mas também existem substâncias que provocam malefícios à saúde, os venenos ou tóxicos. É interessante que a mesma substância pode funcionar como medicamento em algumas situações e como tóxico em outras. Por serem psicoativas produzem prazer, o que pode induzir ao abuso e dependência.

Do ponto de vista legal as drogas são classificadas em lícitas - substâncias psicoativas que estão legalmente disponíveis para o uso, socialmente aceitas e difundidas no mercado e ilícitas - substâncias psicoativas, cuja produção, venda ou uso são proibidas por lei; são prejudiciais à saúde, quando utilizadas em uma dosagem acima da capacidade metabólica do indivíduo. As drogas lícitas mais consumidas pela população em geral, são as seguintes: álcool, cigarro, benzodiazepínicos (remédios utilizados para reduzir a ansiedade ou induzir o sono); xaropes (remédios para controlar a tosse e que podem ter substâncias como a codeína, um derivado do opióide); descongestionantes nasais (remédios usados para desobstruir o nariz) os anorexígenos (medicamentos utilizados para reduzir o apetite e controlar o peso) e os anabolizantes (Hormônios usados para aumentar a massa muscular. As drogas ilícitas mais comuns são a cocaína, de efeito estimulante, extraída da coca, vegetal das regiões andinas da América do Sul, pode ser inalada na forma de pó refinado ou injetada na veia, misturada com água; o crack, uma variação da cocaína cujo resíduo é misturado com bicarbonato de sódio e fumado; maconha, de efeito perturbador, extraída da folha da planta Cannabis Sativa. O pó da folha ressecada é fumado; e o “ecstasy”, a chamada “pílula do amor”, por ser adquirida em forma de comprimido, é um composto de substâncias estimulantes e perturbadoras (muitas vezes utilizada em casas noturnas).

Na atualidade, convivemos com um crescimento significativo no consumo de substâncias psicoativas, que vem acompanhado do uso em idades cada vez mais precoces e do desenvolvimento de substâncias novas e vias de administrações alternativas de produtos já conhecidos, com incremento nos efeitos e aumento no potencial de desenvolvimento de dependência, como temos observado no consumo de cocaína pela via pulmonar, na forma de crack.

Histórico do Paciente

F.L.N. 30 anos, sexo masculino, cor pardo, separado, 02 filhos, procedente de Rio Branco, evangélico, empregado, cursou o ensino médio completo. Atividade atual: IAPEN. Aos 11/12 anos iniciou, nos finais de semana, o uso de cigarro, maconha e mela. Evoluiu para a segunda droga aos 14/15 com o uso de lança perfume e cola. Conseguindo com os amigos, manteve também o fumo de nicotina e maconha. Iniciou a terceira droga aos 20/21 com o uso de cocaína aspirada e álcool. Utilizava de 1 a 2g de cocaína sempre que se sentia “estressado”. Após cerca de seis anos, ele (aproximadamente 27 anos) passou a utilizar cerca de 5g por dia de cocaína aspirada diariamente, chegou a ir para o trabalho no presidio (onde é agente penitenciário), com o efeito da droga. Foi admitido no Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Outras Drogas (CAPS AD lll) aos 27 anos em 27/11/2013, para o tratamento de dependência de substância psicoativa, chegou a abandonar o tratamento uma vez, sendo readmitido em 2015. O paciente se sentia ansioso, nervoso, inquieto, com problemas no sono e indícios de depressão. Procurou ajuda por conta própria. Já participou de grupo de apoio psicossocial em outas ocasiões. É filho de pais separados, tem vida social ativa, com amizades e relacionamento familiar conturbado, viva com a mulher e seus dois filhos em uma casa de alvenaria própria, mas pelo uso continuo das drogas acabou se separando, o que agravou ainda mais o uso dos entorpecentes. Conseguiu parar com as substâncias psicoativas por até 42, mas em grande abstinência acabou tendo uma recaída, em seguida procurou ajuda no CAPS AD lll foi medicado e teve agendamento com psicólogo, na qual atualmente está recebendo tratamento uma vez por mês. Já está a dois meses sem o uso dos entorpecentes e voltou a trabalhar. Relata não ter nenhum antecedente pessoal ou familiar mórbido. Ao exame físico apresenta bom estado de hidratação e nutrição, pele e mucosa íntegra e normocoradas. No decorrer da entrevista mostrou-se tranquilo, comunicativo, lúcido e orientado, com padrão de linguagem e estado normais. Tem bom padrão de higiene e sono.

Consciência: O paciente apresenta-se consciente. Atenção: O paciente apresenta-se atento. Orientação: O paciente apresenta-se orientado de acordo com o lugar, pessoa e tempo. Pensamento: O paciente exibe pensamentos e idéias organizados. Percepção: O paciente não apresenta perturbações da percepção. Linguagem: O paciente apresenta padrão de linguagem normal. Memória: Não se verificou qualquer alteração em relação à memória. Afeto: Paciente encontra-se com estado afetivo normal. Coordenação motora: Não apresenta alterações na coordenação motora.

Prescrição Medica:

Clorpromazina – 1x ao dia Diazepam – 1x ao dia

Farmacologia:

CLORPROMAZINA - 5 mg

Indicações:

· Neuropsiquiatria- Pode ser prescrito em quadros psiquiátricos agudos, ou então no controle de psicoses de longa evolução.

· Clínica Geral- Manifestação de ansiedade e agitação, soluços incoercíveis, náuseas e vômitos e neurotoxicoses infantis;

· Cirurgia- Como agente pré-anestésico.

· Obstetrícia- Em analgesia obstétrica e no tratamento da eclampsia.

Contra-indicações e precauções:

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