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Estudo de casos : Pielonefrite, Pneomonia

Por:   •  27/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  7.741 Palavras (31 Páginas)  •  1.369 Visualizações

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Universidade Paulista

Instituto de Ciências da Saúde

Curso de Graduação em Enfermagem

Campus Jundiaí

ESTUDOS DE CASO CLÍNICOS

  • PIELONEFRITE
  • TRAUMATISMO CRÂNIOENCEFÁLICO
  • PNEUMONIA/BRONCOPNEUMONIA

Jundiaí

2015

Caso 1

  • Pielonefrite Aguda
  1. Descrição do caso:
  1. História atual da doença

P.C.S, 45 anos, casada, reside com marido e 3 filhos em Várzea Paulista-SP. Admitida no Pronto Socorro do Hospital da Cidade em Várzea Paulista às 09:45hs, com histórico de dor em região hipocondrial esquerda com irradiação para o epigástrico. A paciente/cliente refere que a dor teve início há +/- 13 dias. P.C.S, apresentou febre, alguns episódios de vômito durante este período, houve também perda de peso, porém ela não sabe especificar a quantidade específica da perda de peso. H.D: colelitíase e nefrolitíase. A paciente foi admitida às 10h07min na clínica médica, para tratamento de quadro de pielonefrite. Prescrição médica: Dieta oral livre,

 

  1. História pregressa

P.C.S, realizou todas as vacinas. Nega doenças comuns na infância, cirurgias, infecções urinarias na infância. Bebe socialmente, habitual de bebida alcoólica: uma cerveja eventual no fim de semana.  Não é tabagista.

Fisiopatologia

A pielonefrite é uma infecção bacteriana da pelve renal, dos túbulos e do tecido intersticial de um ou de ambos os rins. As causas envolvem a disseminação ascendente de bactérias a partir da bexiga ou a disseminação de fontes sistêmicas, alcançando o rim através da corrente sanguínea. As bactérias patogênicas de uma infecção vesical podem ascender ao rim, resultando em uma pielonefrite. Uma válvula uretrovesical incompetente ou a obstrução que ocorre no trato urinário aumentam a suscetibilidade dos rins à infecção. Visto que este a estase de urina proporciona um meio propício para o crescimento bacteriano, assim como os tumores vesicais, as estenoses, a hiperplasia prostática benigna e os cálculos renais, que podem causar obstrução, levando a infecção.

Ela pode ser classificada em aguda ou crônica. A pielonefrite aguda manifesta-se habitualmente por rins de tamanho aumentado, com infiltrações intersticiais de células inflamatórias; podem-se observar abscessos na cápsula renal ou no seu interior, bem como na junção corticomedular. Por fim, pode ocorrer a atrofia e destruição dos túbulos e glomérulos. Quando a pielonefrite se torna crônica, os rins desenvolvem cicatrizes, sofrem contração e perdem o seu funcionamento. A pielonefrite crônica constitui uma causa de doença renal crônica, que pode levar a necessidade de terapias de substituição renal, como transplante ou diálise. 1

  1. Prescrição médica

SF 0,9% 2000ml 28gt/min, Clindamicina 900 mg EV6/6 horas, Ciprofluoxacino 100 mg EV6/6, Dipirona 2 ml + AD 6/6 se T.ax > 38° c.

  1. Exames laboratoriais e de imagem

  1. Correlação com dos exames com a patologia

Hemograma: Htc 39%, Hgb 13.5g, leucócitos 9000 c/30% de bastões.

Creatinina sérica: 0,9 mg/ dl. EQU: prot. 1+, Nitritos +, Estresses Leucocitárias +, Sedimentos urinário: 40 leucócitos/c, 4 hemácias/c, bacteúria abundante.

Urocultura quantitativa com antibiograma: E. coli > 105 UFC/mL de urina.

USG: Na ultrassonografia evidenciou nefrolitíase à esquerda.

  1. Exame físico

  1. Prioridades no exame físico de acordo com a patologia (em negrito)

Bom estado geral. Consciente, orientada e colaborativa. Corada e hidratada.

PA em repouso 110/60 mmHg, FV 100 bpm, Tax37,2°C, FR 24 mrpm. Atura: 170 cm, Peso: 60 kg, IMC: 20.7. Cabeça, pescoço e gânglios: sem alterações visíveis. A.C: ictus invisível e impalpável, FV 100, BRNF em 2T  s/ sopros audíveis. A.P: M.V presentes. Abdômen inspeção: sem alterações visíveis. Palpação: discreta dor e desconforto em região do hipocôndrio e flanco D, bem como do hipogástrio, sem massas palpáveis, sem sinais de irritação peritoneal. Fígado no rebordo costal direito. Baço impalpável. RHA presentes. Giordano a D +. Sem edemas de MMSS e MMII.

  1. Achados normais e achados do paciente
  • Taxa de filtração glomerular: A TFG diminuída pode ser detectada ao se obter uma urinálise de 24 horas para o clearance da creatinina.
  • Retenção de sódio e água: As respostas apropriadas pelo rim às alterações na ingesta diária de água e eletrólitos.
  • Acidose: A acidose metabólica acontece porque o rim não consegue excretar as cargas de cálcio aumentado.
  • Desequilíbrio de cálcio e fósforo: Os níveis séricos de cálcio e fosfato apresentam uma relação inversa no corpo: quando um se eleva o outro diminui.
  1. Características dos fármacos utilizados no caso e cuidados de enfermagem

Clindamicina

  1. Classe farmacológica

Clindamicina é um fármaco (antibiótico) da classe das lincosaminas.2

  1. Mecanismo de ação

Inibem a síntese protéica nos ribossomos, ligando-se a subunidade 50S, sendo, portanto, bacteriostático. Desta forma, alteram a superfície bacteriana, facilitando a opsonização, fagocitose e destruição intracelular dos microorganismos.

A clindamicina pode ser administrada por via oral, EV ou tópica. A absorção intestinal é de 90%, mas é menor em idosos e alimentação não interfere na absorção. A via intramuscular é dolorosa, devendo ser evitada. Por via endovenosa atinge o pico ao final da infusão, alcançando altas concentrações na maioria dos tecidos; entretanto, não atravessa a barreira hematoencefálica. A concentração óssea é 1/3 da plasmática. Atravessa a placenta atingindo o feto, mas não há relatos de teratogenicidade.

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