FISIOLOGIA E ERGONOMIA/TOXICOLOGIA E DOENÇAS OCUPACIONAIS
Por: Patricia Santiago Teixeira • 15/12/2016 • Dissertação • 1.581 Palavras (7 Páginas) • 1.187 Visualizações
FISIOLOGIA E ERGONOMIA/TOXICOLOGIA E DOENÇAS OCUPACIONAIS
Segundo Grandjean (1998) a palavra ergonomia vem do grego: ergon = trabalho e nomos = legislação, normas. Desse modo, a ergonomia é definida como a ciência da configuração de trabalho adaptada ao homem. De acordo com Dul e Weerdmeester (2004), pode-se dizer que a ergonomia é uma ciência aplicada ao projeto de máquinas, equipamentos, sistemas e tarefas, com o objetivo de melhorar a segurança, saúde, conforto e eficiência no trabalho. A definição formal da Ergonomia adotada pela IEA (International Ergonomics Association ) é:
Ergonomia (ou fatores humanos) é uma disciplina científica que estuda as interações dos homens com outros elementos do sistema, fazendo aplicações da teoria, princípios e métodos de projeto, com o objetivo de melhorar o bem- estar humano e o desempenho global do sistema. ( DUL, WEERDMEESTER, 2004, p.1)
As definições de ergonomia, na sua maioria, questionam dois objetivos fundamentais conforme citados a seguir:
• O conforto e a saúde dos trabalhadores – quando aplicado para evitar os riscos (acidentais e ocupacionais) e para diminuir a fadiga.
• Eficácia – utilizada pela organização para medir as suas diferentes dimensões (produtividade e qualidade), sendo dependente da eficiência humana.
De acordo com Iida (2005), A ergonomia visa inicialmente à saúde, segurança e satisfação do trabalhador e, que podem ser assim descritas:
• Saúde – mantém-se a saúde do trabalhador a partir do momento em que não são ultrapassadas as limitações energéticas e cognitivas das exigências do trabalho e do ambiente.
• Segurança – obtida através de projetos do posto de trabalho, ambiente e da sua organização, desde que dentro das limitações e capacidades do trabalhador, permitindo reduzir acidentes, estresse, erros e fadiga.
• Satisfação – é o resultado referente ao atendimento das necessidades e expectativas do trabalhador
A ergonomia estuda vários aspectos: a postura e os movimentos corporais (sentados, em pé, empurrando, puxando e levantando cargas), fatores ambientais (ruídos, vibrações, iluminação, clima, agentes químicos), informação (informações captadas pela visão, audição e outros sentidos), relações entre mostradores e controles, bem como cargos e tarefas (tarefas adequadas, interessantes).
De maneira geral e de acordo com Abergo (2013), os domínios de especialização da ergonomia são:
• Ergonomia física – a qual está relacionada com as características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação à atividade física. De forma que os temas relevantes abrangem o estudo da postura no trabalho, manejo de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho, projeto de posto de trabalho, segurança e saúde.
• Ergonomia cognitiva – refere-se aos processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio e a forma de como afetam as interações entre seres humanos e diferentes elementos de um sistema. Neste sentido ressalta-se o estudo da carga mental de trabalho, tomada de decisão, desempenho especializado, interação homem computador, estresse e treinamento.
• Ergonomia organizacional – reportar-se à otimização dos sistemas sócio técnicos, abrangendo suas estruturas organizacionais, políticas e de processos, principalmente através das comunicações, projeto de trabalho, organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, novos paradigmas do trabalho, trabalho cooperativo, cultura organizacional, organizações em rede e gestão da qualidade
Através de conhecimentos de Anatomia e Fisiologia, compreenderemos o porquê de algumas das reações adversas no organismo humano.
- A Anatomia estuda a localização dos órgãos de nosso corpo, bem como lhes dá uma terminologia adequada, conforme tal localização.
- Já a Fisiologia estuda como funcionam os órgãos e qual a relação de interdependência de cada órgão com os sistemas que compõem o organismo humano.
Baseada nessas informações, a Ergonomia desenvolve processos de trabalho em que se leva em consideração o gasto energético. Podendo dessa forma, evitar a fadiga física que ocorre por esforço muscular contínuo e localizado ou por longos períodos. (DUL, WEERDMEESTER, 2004)
- Sistema Nervoso Central (SNC): Cérebro + Medula Espinhal
- Sistema Nervoso Periférico (SNP): nervos periféricos
- Medula – músculo (nervos motores)
- Pele, músculos, órgãos dos sentidos – medula, cérebro (nervos sensoriais)
- Sistema nervoso somático: nervos motores e sensoriais + medula + cérebro – comunicação com exterior
- Sistema nervoso autônomo: nervos que comandam - os órgãos internos – essenciais para vida
Adaptações do organismo ao trabalho físico:
- Respiração mais profunda e rápida
- Aumento da FC, e aumento inicial da capacidade de bomba do coração
- Dilatação dos vasos das áreas envolvidas (músculo e coração) e diminuição do calibre dos demais
- Aumento da pressão sanguínea, com aumento do fluxo sanguíneo
- Aumento do suprimento de glicose e glicogênio
- Aumento da temperatura corporal e do metabolismo (acelera as reações químicas que convertem em energia mecânica). Caso atletas.
E Toxicologia vem, portanto nos ajudar a entender os efeitos nocivos causados pelas substâncias químicas ao interagirem com os organismos vivos, tendo por objetivo a avaliação do risco de intoxicação, e desta forma estabelecer medidas de segurança na utilização e conseqüentemente prevenir a intoxicação, antes que ocorram alterações da saúde.
Toxicologia Ocupacional: estuda os efeitos nocivos causados por substâncias químicas presentes no ambiente de trabalho. Nos últimos tempos, a Toxicologia Ocupacional tem merecido grande destaque porque se preocupa com a saúde dos trabalhadores que é a população produtiva de cada país.
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