Gestação alto risco
Por: Danyella Paixão • 26/10/2015 • Abstract • 6.521 Palavras (27 Páginas) • 663 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
Centro Universitário do Araguaia
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA
PROJETO DE TCC
Mortalidade neonatal decorrentes de complicações durante a gestação no município de Barra do Garças- MT.
Danyella Gonçalves Paixão
(Graduanda)
Lucélia Campelo de Albuquerque Moraes
(Orientadora)
Barra do Garças - MT
Março de 2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
Centro Universitário do Araguaia
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Mortalidade neonatal decorrentes de complicações durante a gestação no município de Barra do Garças- MT.
Danyella Gonçalves Paixão
[pic 1]
Barra do Garças-MT
Março de 2015
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
1.1. FATORES DE RISCO PARA GESTAÇÃO DE ALTO RISCO
1.1.1. Diabetes Gestacional
1.1.2. Obesidade
1.1.3. Síndromes Hipertensivas
1.1.3.1. Proteinúria
1.1.3.2. Hipertensão crônica
1.1.3.3. Pré-eclâmpsia/eclâmpsia
1.1.3.4. Pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica
1.1.3.5. Hipertensão gestacional (sem proteinúria)
1.1.4. Anemias na gestação
1.1.5. Idade Materna
1.2. MORTALIDADE PERINATAL
2. JUSTIFICATIVA
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
Na maior parte dos casos de um fenômeno fisiológico conhecido como gestação, este, evolui-se sem intercorrências. Contudo, apesar desse fato, há uma pequena parcela de gestantes que, por serem portadoras de alguma doença, sofrerem algum agravo ou desenvolverem problemas na saúde, apresentam maiores probabilidades de uma evolução desfavorável, tanto para o feto como para si.(BRASIL, 2012).
Risco refere-se à probabilidade de ocorrência de um resultado desfavorável para a saúde - de um dano biológico ou fenômeno indesejado - evidenciado por meio de estudos científicos de relação causa-efeito, de base estatística. Esse conceito e a sua aplicação nas práticas de saúde têm contribuído, significativamente, à prevenção e ao controle de doenças. Na saúde reprodutiva, estes têm resultado em redução da morbimortalidade fetal, neonatal e materna, um objetivo prioritário da atenção à mulher e da atenção à criança no país (OLIVEIRA; MANDU, 2015).
Especificamente, o conceito de risco gravídico surge para identificar graus de vulnerabilidade nos períodos de gestação, parto, puerpério e vida da criança em seu primeiro ano, pois este é o momento que seu sistema imunológico está sendo desenvolvido. Na assistência pré-natal, a gestação de alto risco diz respeito às alterações relacionadas tanto à mãe como ao feto (COSTA, 2010).
A denominação “alto risco” é atribuída a gestações nas quais ocorrem doenças materna ou condição sociobiológica potencialmente prejudicial a evolução da gravidez havendo, portanto, risco maior para saúde da mãe e/ ou do bebê (LANAGRO; SANTOS, 2014).
Essa parcela constitui o grupo chamado de “gestantes de alto risco”. O Enfoque de Risco, fundamenta-se no fato os indivíduos não possuem a mesma probabilidade de adoecer ou morrer, sendo esta probabilidade maior para uns que para outros. Essa diferença estabelece um gradiente de necessidade de cuidados que vai desde o mínimo, para os indivíduos sem problemas ou com poucos riscos de sofrerem danos, até o máximo necessário para aqueles com alta probabilidade de sofrerem agravos à saúde (BRASIL,2012).
- FATORES DE RISCO PARA GESTAÇÃO DE ALTO RISCO
Vários fatores de risco têm sido descritos como predisponentes a distúrbios na gravidez em todo o mundo, tais como diabetes, obesidade, hipertensão, idade avançada ou pouca idade e anemia na gestação. O conhecimento dos fatores de risco mais importantes para a nossa população pode ser útil para identificar os pacientes que têm maiores chances de desenvolver distúrbios durante o período gravídico que podem levar o feto ou o neonato à morte. (SANTOS, 2014; TAKATSUKA, 2013; MARQUES, 2011).
- Diabetes Gestacional
O diabetes gestacional é definido como qualquer grau de redução da tolerância a glicose, cujo início ou detecção ocorre durante a gravidez. Sua prevalência é variável, dependendo dos critérios diagnósticos empregados e da população estudada. No Brasil, em torno de 7% das gestações são complicadas pela hiperglicemia gestacional. Habitualmente, o diagnóstico do diabetes gestacional é realizado por busca ativa, com testes provocativos que empregam sobrecarga de glicose, a partir do segundo trimestre da gestação. Mais recentemente, tem-se recomendado a triagem precoce de gestantes de alto risco na primeira consulta pré-natal, o que permite identificar casos de diabetes preexistente e que não devem, portanto, ser rotulados como diabetes gestacional (SMCD, 2011; IDF, 2009; SCHMIDT, 2000; IADPSG, 2010).
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