HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO TRABALHO

HISTÓRIA DA ENFERMAGEM NO TRABALHO

        A história da enfermagem no trabalho teve início durante o século XVII pois até o século XVI pouco se conhecia sobre doenças relacionadas com as profissões. Em 1700 na Itália foi publicado um livro que falava sobre as doenças dos profissionais e dos riscos, que eram muitos, tais como, postura incorreta, falta de ventilação, temperaturas elevadas, fraca iluminação, falta de higiene pessoal, uso inadequado de roupas de proteção, má alimentação, excesso de horas de trabalho entres outros.

A partir do século XVIII em razão da Revolução Industrial, houve uma necessidade de desenvolver estudos e estipular medidas de saúde no trabalho já que os ambientes de trabalho eram impróprios para os trabalhadores, estes em sua maioria sem formação e analfabetos.

A enfermagem do trabalho é o resultado de um processo evolutivo que começou em finais do séc. XIX e acompanhou o desenvolvimento da indústria no início do séc. XX, as empresas contratavam enfermeiros para combater as doenças contagiosas, como a tuberculose.

Os enfermeiros na indústria prestavam serviços de saúde à família e à comunidade, centrados na prevenção e tratamento de doenças e lesões relacionadas com o trabalho.

Em 1900 várias empresas dos estados da Nova Inglaterra tinham enfermeiros do trabalho, o aumento da ascensão da enfermagem do trabalho, pela 1ª Guerra Mundial a partir de 1940, em plena 2ª Guerra Mundial, os EUA tiveram um crescimento da indústria e a procura de enfermeiros subiu drasticamente.

Aos anos 60, a segurança e saúde no trabalho tornou-se uma questão pública, no Brasil O Ministério do Trabalho também consolidou suas ações, intervindo decisivamente em segurança e saúde do trabalhador. Consequentemente nos anos 70, é dado maior ênfase ao papel clínico do enfermeiro e valorização da sua ação no âmbito da equipe multidisciplinar, frente aos altos índices de ocorrência de acidentes, foi a imposição legal às empresas, de contratarem profissionais especializados (médicos do trabalho, auxiliares de enfermagem ou enfermeiros do trabalho, engenheiros e técnicos de segurança), criando assim os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMTs- dimensionados de acordo com o grau de risco e o número de trabalhadores das empresas. 

Na década de 80 houve à expansão do papel do enfermeiro do trabalho com maior envolvimento em questões da promoção da saúde, gestão e desenvolvimento de políticas, contenção de custos, investigação e regulamentação, baseada na prática. Nesse meio tempo houve várias criações de sindicatos e comissões de saúde e trabalho, além de normas regulamentadoras que regem as condutas dos empresários, dos trabalhadores e equipe de saúde do trabalho.

IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO DO TRABALHO

O enfermeiro do trabalho deve aplicar princípios e procedimentos da enfermagem com o objetivo de promoção, conservação e restauração da saúde do trabalhador e dos grupos nos locais de trabalho, contribuindo para o desempenho das atividades diárias dos indivíduos.

O enfermeiro torna-se importante pois:

• Elabora juízos de enfermagem independentes ao providenciarem cuidados de saúde;
• Faz prevenção de doenças, acidentes e proteção de riscos ocupacionais e ambientais, em busca de ambientes de trabalho salubres;
• Realiza um estudo do ambiente de trabalho, da higiene, alimentação, proteção global e individual do trabalhador;
• Cuida do trabalhador e por consequência deve se importar com a família/comunidade;
• Atua nos três níveis de prevenção: primária, secundária e terciária;
• Através da atenção do enfermeiro há um aumento nos ganhos dos empregados, prevenindo doenças, diminuindo os custos das empresas e o tempo de trabalho perdido por alguma patologia.

BIBLIOGRAFIA

1. Site do portal Fiocruz < >. Acesso em: 21. Set.2015.
2. <https://estudogeral.sib.uc.pt/jspui/bitstream/10316/13501/1/Tese_mestrado_Ricardo%20Antunes.pdf>. Acesso em: 21.Set.2015.

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