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HUMANIZAÇÃO E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA EXPULSÃO CONCEPTUAL

Por:   •  18/7/2016  •  Artigo  •  3.853 Palavras (16 Páginas)  •  484 Visualizações

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HUMANIZAÇÃO E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA EXPULSÃO CONCEPTUAL[pic 1]

Eliane de Oliveira Costa[1]; Joselia Magda Lopes Fernandes Mello[2]; Leane Alencar Camargo[3]; Dayane Raquel Martins Coelho[4].

RESUMO: Este estudo trata-se de uma revisão literária com abordagem qualitativa sob método descritivo, o qual utilizou artigos científicos, manuais do ministério da saúde, livros, revistas eletrônicas publicados em língua portuguesa, utilizando-se da seguinte pergunta: “De que maneira o profissional enfermeiro pode atuar na obstetrícia para melhorar a expulsão conceptual?”, buscando orientar os profissionais sobre as atribuições e competências éticas da profissão no ato de parto. O mesmo tem como objetivo principal descrever a importância do conhecimento cientifico em obstetrícia para o desenvolvimento da assistência de Enfermagem no trabalho de parto. Com a justificativa de que o cuidar é necessário durante todo o processo do parto para o desenvolvimento da assistência do parto humanizado e equânime.

Palavra Chave: Enfermagem; Trabalho de Parto; Assistência; Humanização.

1 INTRODUÇÃO

A gestação é considerada um fenômeno fisiológico, que decorre na maioria das casos sem intercorrências. Segundo estatísticas clínicas a maioria das gestações começa, evolui e termina sem complicações. Já uma pequena parcela de gestações, apresentam problemas durante seu transcurso (FREITAS et al, 2011).

O parto vaginal atualmente conhecido é um mecanismo fisiológico que tem suas origens há centenas de milhões de anos, muito antes dos primeiros animais terem acesso à terra firme (PARENTE; BERGQVIST; SOARES; FILHO, 2011). Por isso, entende-se que a expulsão conceptual é um fenômeno histórico que se disseminou entre gerações antes da evolução da medicina e o advento da cesariana.

Isso é evidenciado por Frediano et al, (2010), apud Santos (2002), quando diz que “o parto era considerado um fenômeno natural e fisiológico”, relembrando que na antiguidade a civilização humana vivia conforme seus instintos naturais, deste modo às mulheres isolavam-se para parir, na maioria das vezes sem nenhum tipo de assistência de terceiros, apenas seguiam seus instintos.

No período Paleolítico Superior (30.000 a 18.000 aC) surgem os Homo sapiens, com hábitos sociais mais complexos, sendo que neste período ocorre o desenvolvimento da linguagem, da arte e do acasalamento, assim, a mulher passa a ter hábitos de acasalamento patriarcais com um parceiro fixo, surgindo então os primeiros partos assistidos e auxiliados da história humana, por magos, familiares ou parteiras (SABATINO; SABATINO, 2002).

Para atender aos partos e facilitar o nascimento na posição vertical eram usados métodos alternativos por parteiras ou pelo marido que já possuía experiência em atender parto de animais, fator esse desencadeada na idade dos metais. Com o passar da história e com a evolução do homem na era medieval, o nascimento passou a ser regularizado e realizado apenas por parteiras, onde as mesmas com seus conhecimentos e experiências deixavam as parturientes em posição vertical e as colocavam em cadeiras consideradas adequadas para aquela época, e assim, realizavam os procedimentos em domicilio (SABATINO; SABATINO, 2002).

Sabatino e Sabatino (2002), relata que durante a era Moderna (século XV a XVIII) surgem os primeiros livros de obstetrícia e o parto passa a ser realizado não apenas por parteiras, mas também por médicos, porém nessa época a mulher que necessitasse de um profissional médico, que na época eram apenas homens, perdiam cinco virtudes: pudor, pureza, fidelidade, bom exemplo e espírito de sacrifício. Nesse período quando a parturiente estava prestes a dar à luz ficavam em posição vertical ou de cocaras apoiadas em tamboretes ou outro suporte, mas sempre em domicilio.

Com os avanços tecnológicos ocorridos na era contemporânea surgem os primeiros nascimentos realizados por médicos obstetras em instituições denominadas maternidades. Ainda nessa época as parteiras tiveram sua prática oficializada, e a expulsão conceptual agora é realizada em posição horizontal, conhecida como posição litotomica, em cadeiras especialmente feitas sobre medida para tal procedimento (BELOUS; VEPPO; ROCHA, 2010, apud SABATINO; SABATINO, 2002).

A partir desse novo período novos métodos obstétricos foram sugeridos para facilitar a expulsão do feto, entre esse novo marco na história aparece os procedimentos anestésicos, episiotomia e episiorrafia, se isto se fizer necessário, assim como para a identificação dos riscos obstétricos e perinatal, no atendimento assistencial e a mulher passam a ter direito de escolha para dar à luz (PETER; FEYER; BÚRIGO, 2005, SABATINO; SABATINO, 2002).

O parto considerado normal ou transvaginal é aquele que ocorre com a passagem do feto pela luz vaginal, processo no qual rompe-se a membrana placentária e o feto então sofre a expulsão do corpo da gestante, para que isso ocorre é necessário que se haja uma interação de harmonia entre três fatores determinantes: o canal do parto; a força de contração uterina; e o tamanho do feto (SILVA; LIMA; NEPPELENBROEK, 2010).

Com o avanço medico-cientifico-tecnológico surgem as definições e especialidades medicas e de enfermagem em obstetrícia, a palavra deriva do latim do verbo obstare, cujo significado é ficar “lado a lado” ou em “face de”. Estar lado a lado ou em face da mulher parturiente representa assisti-la durante o trabalho de parto e o parto, sendo estes o cerne da profissão (REZENDE, 2013).

Neste contexto percebe-se que a gestação é um momento mágico na vida de muitas mulheres e no ato de parir todas as habilidades cabíveis podem ser utilizadas pelas enfermeiras, pois neste caso o profissional se torna uma fonte confiável de amparo, por isso, esse estudo traz a seguinte pergunta: “De que maneira o profissional enfermeiro pode atuar na obstetrícia para melhorar a expulsão conceptual?”.

Este artigo é justificado pela afirmativa do PNH de que o cuidar é necessário durante todo o processo de gestação e parto para o desenvolvimento da assistência do parto humanizado e equânime.

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