Histologia dos Epitélios e Desenvolvimento do câncer
Por: Abimael Júnior • 4/2/2016 • Relatório de pesquisa • 3.699 Palavras (15 Páginas) • 556 Visualizações
Universidade Federal do Piauí – UFPI
Campus Senador Helvídio Nunes de Barros – CSHNB
Disciplina:
Curso:
Histologia dos Epitélios e Desenvolvimento do câncer
Picos – PI, janeiro de 2016.
Histologia dos Epitélios e Desenvolvimento do câncer
Pesquisa bibliográfica, apresentada ao professor
Picos – PI, janeiro de 2016.
Sumário[pic 2]
1. Introdução 03
2. Desenvolvimento 04
2.1. Características e Funções 04
2.1.1. Membrana Basal 05
2.2. Epitélios Especiais 07
2.3. Tipos de Epitélio 08
2.3.1. Epitélio de Revestimento 08
2.3.2. Epitélio Estratificado 08
2.3.3. Epitélio Glandular 10
2.4. Tipos de Secreções 11
2.5. Desenvolvimento do câncer e sua manifestação 12
3. Conclusão 13
Referências Bibliográficas 14
1. Introdução
A célula é a menor unidade estrutural e funcional dos seres vivos, e pode se agrupar em num numero maior, constituindo tecidos, e estes, por sua vez, que apresentam a mesma função geral. Os epitélios, por exemplo, apresentam como função principal revestir as superfícies corpóreas, além de uma superfície.
Baseando-se em características morfológicas e as propriedades funcionais, existem quatro tipos básicos de tecidos: o tecido epitelial, o tecido conjuntivo, o tecido muscular e o tecido nervoso.
O tecido epitelial é composto pelas células epiteliais e pela matriz extracelular, que consiste na lâmina basal. A denominação epitélio (do grego epi – sobre; theleo – papila) refere-se à localização desse tecido sobre o tecido conjuntivo.
Com base na afirmação de HADLER (1993), constata-se que:
O revestimento é uma das funções do epitélio. Ele cobre a superfície do corpo, protegendo-o. Reveste os tratos digestório, respiratório e urogenital, as cavidades corporais e os vasos sanguíneos e linfáticos. O epitélio realiza ainda absorção, como nos intestinos, excreção, como nos túbulos renais, e secreção, como nas glândulas (HADLER,1993).
Toda e qualquer célula do nosso corpo, possui um tempo de vida útil, podendo ser destruídas quando se tornam velhas ou mesmo quando sofrem lesões irreparáveis na sua estrutura, até porque, nosso organismo é programado para que somente as células sadias sobrevivam.
O ser humano possui genes, denominados proto-oncogenes, que possuem a função de controlar o processo de apoptose[1] e impedir o aparecimento de células cancerígenas.
Um exemplo que pode exemplificar uma abordagem desse assunto, é o câncer de pele, que surge quando uma célula do epitélio da pele, após longo contato com raios ultravioleta, sofre uma alteração do seu DNA, e conforme o mecanismo de defesa não funcione, a célula modificada não será eliminada e passará a agir por conta própria, fazendo coisas que uma célula normal da pele não faz, como formar novos tecidos, crescer e se multiplicar de maneira descontrolada.
Ao decorrer dessa pesquisa bibliográfica, serão apontados aspectos referentes às funções e histologia do epitélio, bem como o processo de desenvolvimento do cancer que atinge regiões do tecido epitelial.
2. Desenvolvimento
O tecido epitelial é encontrado na parte externa do corpo e na superfície interna dos órgãos ocos como o estômago, ouvido, pulmão, boca, útero, nariz, bexiga, entre outros, e sua função principal é revestir vísceras e cavidades do corpo. Sua origem dos três folhetos embrionários, derivados do processo gastrulação principalmente no ectoderma e no endoderma e apenas uma pequena parte deriva do mesoderma.
Serão apresentados aspectos referentes ao tecido epitelial, desde as suas características, principais funções, componentes e possíveis danos que podem afetar o seu devido funcionamento adequado.
2.1. Características e Funções
As células que compõem o tecido epitelial possuem diversas formas e podem se agrupar em camadas simples ou em múltiplas camadas, mais conhecida como forma estratificada. A configuração do seu núcleo é variada, porém acompanha o formato da célula, o que pode nos dar uma certeza do tipo de célula epitelial que está sendo observado (JUNQUEIRA, 2008).
As células epiteliais têm a característica de apresentarem uma região da célula que abriga maior quantidade de organelas especificas do que outra, deixando essa região polarizada, onde temos como exemplo, as células polarizadas.
Os epitélios não possuem vascularização própria, sendo que o seu suprimento provem dos tecidos adjacentes, principalmente do tecido conjuntivo, que está diretamente ligado ao epitélio através da membrana basal.
As regiões das células que estão em contato com as células vizinhas são denominadas membranas laterais. Entretanto, oposto à vascularização, os epitélios possuem uma alta quantidade de nervos que estão dispostos em plexos nervosos formados na lâmina própria e são responsáveis pela alta sensibilidade de alguns epitélios, como da epiderme, e pelo funcionamento de algumas células secretoras, estimulando ou inibindo sua atividade de secreção.
Os principais representantes são a epiderme “pele”, anexos epidermais e, glândulas e células secretoras, e o tecido epitelial tem funções que podem variar de acordo com sua localidade, podendo ser de revestimento de superfícies, defesa, absorção e secreção, percepção de estímulos sensitivos, e contração.
De acordo com GARTNER (2007), algumas células epiteliais podem apresentar especializações de membrana apical como microvilos, que se encontram presentes em células, cuja função principal é aumentar a área de absorção das células. Existem também outras células epiteliais que são especializadas em criação de cílios ou flagelos, sendo ambos compostos por dois microtúbulos centrais, com nove microtúbulos periféricos a sua volta, inseridos na base da célula pelos corpúsculos basais.
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