Introdução à Micologia
Por: Hugo Pereira • 4/5/2015 • Seminário • 730 Palavras (3 Páginas) • 666 Visualizações
Resumo de artigo
A Dengue em criança: da notificação ao óbito
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A Dengue em criança: da notificação ao óbito
A periculosidade da dengue é um assunto que se discuti desde humildes residências até reuniões políticas, seu agravo e ocorrência propicia uma grande demanda em diversos âmbitos para a sociedade.
Porém esta epidemia não é algo atual, registros apontam que após a Segunda Guerra Mundial a dengue sofreu uma dispersão, constituindo este um marco no ressurgimento e expansão da doença para o Ocidente e intensificando os casos na Ásia. A dengue na América teve seu estopim em 1981, em Cuba, onde o surto atingiu uma grande parte da população com o registro de 158 óbitos, sendo 101 destes pediátricos.
No Brasil a introdução ocorreu em Boa Vista, Roraima, onde foi documentado 11 mil casos entre os anos de 1981 e 1982. Entre 2000 e 2010, foram notificados 4 milhões de casos de dengue no Brasil.
O vírus causador da dengue pertence ao gênero Flavivirus, são vírus de genoma composto por RNA (ácido Ribonucleico) de cadeia simples e que se multiplicam em insetos vetores e células de vertebrados. O artrópode responsável pela disseminação do patógeno é denominado Aedes Aegypti, inseto originário da África, e sua introdução ao continente americano ocorreu durante a colonização.
Atualmente o único meio de prevenir a transmissão do vírus é controlar o agente causador, devido ser a principal fonte de transmissão da doença, é pouco os casos em que a transmissão ocorreu devido a transplantes ou doação de sangue contaminado. A suscetibilidade ao vírus é universal e a infecção por um sorotipo produz imunidade para o sorotipo especifico e uma imunidade parcial ou temporal para outros sorotipos.
A fisiopatogenia da resposta imunológica pode ocorrer de duas formas, uma primária onde ocorre uma lenta elevação na taxa de anticorpos e é encontrada em indivíduos que nunca contraíram a doença. E a segunda forma é a resposta secundária onde o individuo já possui um histórico e seu nível de anticorpos sobe rapidamente. A febre hemorrágica da dengue possui várias teorias de sua causalidade, a mais aceita é a dos médicos cubanos, denominada Teoria Integral de Multicausalidade, onde se alia vários fatores de risco às teorias de infecções sequenciais e de virulência da cepa.
A dengue é considerada pelo Ministério da Saúde como uma doença de notificação compulsória. É considerado um caso suspeito de dengue, indivíduos que apresentam febre aguda inferior a sete dias acompanhada de dois ou mais sinais e sintomas como: cefaleia, mialgia, artralgia, dor retro-orbitária, prostração ou exanterma, associados ou não à presença de hemorragias, com história epidemiológica positiva. As manifestações clínicas da dengue podem variar desde uma febre até casos graves como o choque hipovolêmico, a infecção por qualquer um dos sorotipos pode evoluir para a cura ou óbito.
Em crianças de até dois anos de idade os sintomas gerais que compõem os critérios de diagnósticos são facilmente confundidas com sintomas de doenças comuns da idade, sendo assim as primeiras manifestações clínicas são a dos quadros graves da dengue, que são apresentados rapidamente devido ao agravo repentino e de forma súbita do quadro clínico.
A avaliação laboratorial inicial baseia-se na realização do hemograma completo, e é obrigatório para crianças menores de cinco anos, devido à dificuldade de um diagnóstico inicial. Por possuir um amplo espectro clínico e evolutivo, a dengue deve ser considerada no diagnóstico diferencial de diversas patologias.
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