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O Centro de material e Esterilização (CME)

Por:   •  1/6/2017  •  Artigo  •  1.331 Palavras (6 Páginas)  •  770 Visualizações

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Introdução

O Centro de material e Esterilização (CME) é destinado a recepção do material para a saúde, expurgo, preparo, dobradura, esterilização e guarda dos mesmo, tendo por missão garantia e assistência de todos com quantidade e a qualidade necessárias para uma assistência segura (SOBECC, 2013).

O CME, é caracterizado como um apoio técnico, é responsável pelo processamento de todos os produtos para a saúde, desde a limpeza, inspeção e seleção quanto à integridade, à funcionalidade e ao acondicionamento em sistema de barreira estéril (embalagens) apropriadas, até a distribuição desses produtos esterilizados às unidades consumidoras, de forma integra que possa garantir a qualidade do material (SOBECC, 2013).

No CME só podem ser processados produtos compatíveis com a sua capacidade técnica operacional e conforme a sua classificação. (RDC nº 15, 2012).

Os produtos para a saúde (PPS) são classificados por Spalding (1968) em críticos, semi- críticos e não críticos e o CME é classificado de acordo com Brasil (2012), em duas categorias que são classe I e classe II, sendo que o de classe I é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde de conformação não complexa e o de classe II é a realização de processamento de PPS de conformidade complexa e não complexa. É recomendado que seja centralizado pois “apresenta como vantagem a otimização dos recursos humanos, maior segurança para o trabalhador e para o cliente.” (SOBECC, 2013).

Problema: Qual a realidade do CME de um hospital de grande porte e o que recomenda a resolução para ter melhorias nos processos de esterilização.

Justificativa: A escolha por fazer o artigo veio através do interesse das autores em analisar a estrutura e o processamento dos PPS em um hospital de grande de porte e o quanto isso pode interferir na qualidade desse processamento.

Objetivos

Analisar se o hospital-escola atende aos requisitos de processamento de artigos para saúde preconizados pela resolução e pela Sobecc.

Identificar as etapas de processamento dos produtos para a saúde.

Analisar a estrutura física do Centro de Material e Esterilização e analisar as etapas de esterilização quanto à sua práticas recomendadas.

Avaliar a adesão de equipamentos de proteção individual dos profissionais que atuam no CME.

Identificar os riscos ocupacionais dentro do CME.

Observar se é feita a higienização das mãos e de que forma é realizada.

Metodologia

Trata-se de um estudo descritivo-transversal-observacional, realizado no Centro de Material e Esterilização do hospital escola da Universidade Federal de Goiás por meio de práticas feitas no período de 16/11/16 – 05/12/16.

Os dados foram obtidos por meio de um check list, constituído que perguntas referentes à estrutura física, organizacional e operacional de todos os setores do CME, e pela observação dos alunos. Os instrumentos foram avaliados pelas professoras e monitoras da disciplina, que faziam o acompanhamento durante as visitas.

A população foi constituída por trabalhadores que atuavam no CME da instituição, e a amostra, pelos profissionais que estavam presentes no período da coleta, realizavam atividades técnicas nos setores da unidade e concordaram livremente em participar.

Resultados

Os resultados foram obtidos por meio de um check list que dispunha de perguntas sobre estrutura física e organizacional, higiene de mãos e infraestrutura, que eram comuns a todos os setores do CME e posteriormente perguntas específicas para cada um dos setores, visando conhecer as exigências e particularidades dos mesmos para um bom funcionamento.

No setor do preparo, o controle para os produtos para a saúde era feita por meio de caderno que continha tudo sobre o que entrava e saia do mesmo, os critérios de avaliação desses produtos para saúde eram a inspeção, quanto a presença de sujidades, fissuras, rasgos no caso de capotes e campos, abrasão e o teste de funcionalidade quanto ao risco de queda e a funcionalidade dos materiais, as técnicas de empacotamento eram de envelope e pacote.

Os invólucros utilizados eram o SMS, grau cirúrgico e algodão tecido, sendo estes adequados para o processo de esterilização ao qual eram expostos (vapor saturado sob pressão) e obedecendo a legislação nacional.  E o controle de reutilização das embalagens de tecido era realizado, sendo estes reutilizados até 65 vezes e os que passavam desta quantidade eram identificados como invólucros de “baixa”.

As caixas dos instrumentais cirúrgicos eram adequadas para o padrão exigidos e eram organizados de acordo com o tipo de cirurgia exigido. A rotulagem das caixas eram feitas de acordo com o tipo do material que compunham as caixas e tinham uma codificação eram feitas por metal gravadas nos PPS e haviam testes de funcionalidade e lubrificadas quando necessário. Os cuidados básicos na confecção dos pacotes eram de acordo com o tipo de barreira estéril utilizada e os PPS consequentemente, ao tamanho, finalidade e peso.

Eram feitos o teste de funcionalidade porem não eram feitas com lubrificantes à base de água e sim à base de óleo.

O setor realizava registro estatístico de produção, através de tabelas de identificação de cada produto e quantidade. E o controle de qualidade feito pelo setor era por meio de indicadores químicos classe I, presente nos invólucros papel grau cirúrgico e fita zebrada anexada nos invólucros SMS e tecido algodão, e classe V, colocado durante a montagem das caixas de instrumental cirúrgico.

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