O Corpo Saudável e Sociedade

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

Graduação em Enfermagem

Unidade Barreiro

Priscilla Fernanda Dias de Carvalho

CORPO SAUDÁVEL E SOCIEDADE

Belo Horizonte

2017

Resultados obtidos a partir das entrevistas

    A pesquisa foi realizada com cinco pessoas dentre elas duas mulheres uma de 22 anos, universitária, solteira e que mora sozinha e uma de 60 anos, dona de casa, casada, mora com filhos e cuida dos netos, e três homens um de 26 anos, que trabalha por contra própria e mora com os pais, o segundo de 28 anos, técnico em segurança do trabalho, mora em republica para os funcionários da empresa no qual trabalha e o terceiro de 30 anos, trabalha como coordenador de atendimento, e mora com a filha de 6 anos.

   Todos apresentaram como características de um corpo saudável:

IMC adequado, sempre dando ênfase na questão “não obesos”, o corpo onde visivelmente a pele e o cabelo estejam saudáveis, não apresentando ressecamento, palidez ou manchas e onde a pessoa esteja sempre disposta, ao mencionarem os fatores acima três destes citaram a beleza exterior, alegando que era visível quando um corpo é saudável ou não, o que me trouxe a curiosidade de os questionarem quanto ao fato de ser “visível”, pedi para descrevessem, a “pessoa saudável”, a descrição foi de uma pessoa magra, com ou sem músculos, porem definidas, dentes claros, cabelos brilhantes, pele sem manchas.

   Também unanime a opinião sobre praticas cotidianas que contribuem para um corpo saudável, dentre elas, alimentação saudável e em horários corretos, a pratica de exercício físico e o descanso com horas de sono de mínimo 8 hras/noite.

    Quando solicitados a citar três situações que coloquem em risco a saúde, foram claros quanto a ingestão exagerada de alimentos gordurosos ou com excesso de sal e açucares, o sedentarismo, e os hábitos de fumar e/ou ingerir bebidas alcoólicas.

   Com base nesta informações é possível ver que todos tem um conhecimento mesmo que básico do que faz bem ou não para a saúde, e os itens citados são os que mais se falam nos meios de comunicação, (televisão, rádios, banners, e propagandas de remédios, academias e outros), o que nos mostra que é o que a sociedade no todo impõe, a visão do corpo magro ser o saudável, do cabelo vistoso ser sinal de saúde, o que como citado no “livro La Breton, Adeus ao corpo”, o corpo passa a ser a “principal tela”, e por acreditarem que através desta tela conseguem ter uma definição do que está “por dentro”, pode acarretar na busca cada vez maior de uma obra de arte perfeita, nem sempre por meios saudáveis e corretos, porem a visão de que a tela pode representar um estado interno  pode ser errônea muitas das vezes.

    Dentre os entrevistados embora todos tenham respondido prontamente sobre as questões que trazem benefícios e malefícios à saúde, quando questionados sobre o que cada um destes  faz para manter-se saudável as respostas divergiram, entre os homens apenas o autônomo de 26 anos e o técnico em segurança do trabalho de 28 anos disseram que  praticam exercícios, procuram ter hábitos alimentares saudáveis, procuram dormir bem, evitar situações que elevem os níveis de estresse.

Já o terceiro entrevistado do sexo masculino, coordenador de atendimento de 30 anos, alegou não fazer nada para manter-se saudável, por falta de tempo, não pratica nenhum tipo de exercício físico, quanto a alimentação não consegue controlar por causa da profissão, que não permite o controle dos horários, e nem sempre do que vai se alimentar, também afirma ser exposto a um nível alto de estresse. Entre as mulheres não foi diferente a universitária de 22 anos afirma não possuir tempo, condições financeiras, nem oportunidade para a pratica de algum exercício físico e/ou esporte, não se alimenta bem por não ter tempo e disposição para fazer a própria comida. A mesma relata ter consciência de que não possui um corpo nada saudável, e que a mente depois de ter entrado para a universidade também não esta saudável, pois os níveis de estresse, tristeza e ansiedade estão cada vez maiores. A idosa de 60 anos, também não faz nada para manter-se saudável, alega a falta de tempo e vontade quanto a pratica de atividades físicas e quanto a alimentação foi sucinta ao dizer que se alimentou da mesma forma  a vida inteira e não saberia mudar o cardápio ou a forma de preparo do alimentos agora.

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