O Curso Técnico em Enfermagem
Por: Roque Sant'anna Nunes • 6/5/2024 • Seminário • 2.152 Palavras (9 Páginas) • 63 Visualizações
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CENTRO TÉCNICO TEMPLÁRIOS
CURSO: TÉCNICO EM ENFERMAGEM.
ALANA AMORIM RAMOS DA SILVA
ANA LUIZE CARDOSO ALBERTI DOS SANTOS
LUCIMARA RODRIGUES DE SOUZA SANTOS
MAILANY DA SILVA DOS SANTOS
MARIA VITÓRIA DA SILVA CERQUEIRA
SÃO GONÇALO DOS CAMPOS- BA
2024
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ALANA AMORIM RAMOS DA SILVA
ANA LUIZE CARDOSO ALBERTI DOS SANTOS
LUCIMARA RODRIGUES DE SOUZA SANTOS
MAILANY DA SILVA DOS SANTOS
MARIA VITÓRIA DA SILVA CERQUEIRA
DOENÇA DE CHAGAS
Trabalho apresentado a disciplina de Microbiologia
e parasitologia, do Curso Técnico em enfermagem,
como requisito para obtenção de nota.
Orientador(a): Juliana Boaventura
SÃO GONÇALO DOS CAMPOS- BA
2024
INTRODUÇÃO
A doença de Chagas, foco deste trabalho, foi descrita pela primeira vez pelo Dr. Carlos Chagas em 1909. Estima-se que a doença afeta 8 a 10 milhões de indivíduos na América Latina, região endêmica da doença.
A doença é transmitida pelas fezes contaminadas com o parasita Trypanosoma cruzi, do inseto triatomíneo conhecido como “barbeiro”, que ao picar o humano suga o sangue e defeca no local fazendo com que o homem coce e espalhe as fezes contaminadas para a ferida da picada por onde entra o parasita e se reproduz. Outras formas de contaminação ocorrem, entre elas destacam-se a ingestão de alimentos contaminados com o protozoário, transfusões de sangue contaminado, no momento do parto, da mãe para o filho, através de transplante de órgãos, por relação sexual ou acidentes laboratoriais.
DOENÇA DE CHAGAS
A doença de Chagas, ou tripanossomíase americana, causada por um protozoário flagelado, o Trypanosoma cruzi, foi identificada em 1909 por Carlos Chagas. Ele, que foi designado em 1907 por Oswaldo Cruz para combater uma epidemia de malária no Norte de Minas Gerais, passou a coordenar estudos sobre entomologia e protozoologia. Sabendo da importância dos insetos hematófagos como transmissores de doenças parasitárias, ao examinar intestinos de alguns barbeiros, Chagas encontrou formas flageladas de um protozoário e enviou-as a Oswaldo Cruz, em Manguinhos, Rio de Janeiro. Um mês mais tarde, formas tripomastigotas foram identificadas no sangue de saguis (micos) que ficaram doentes ao servirem de repasto aos insetos hematófagos. Então, constatou que o protozoário era uma espécie de tripanossoma, que batizou de Trypanosoma cruzi, em homenagem ao mestre. Em Lassance, onde trabalhava, Chagas empreendeu exames sistemáticos de sangue nos moradores e, em 14 de abril de 1909, finalmente encontrou o parasita no sangue de uma criança febril de 2 anos, chamada Berenice. Após a constatação da doença em humanos, passou a investigar incansavelmente essa nova parasitose, descrevendo o agente, o vetor, a epidemiologia e suas manifestações clínicas.
Transmissão, o parasita T. cruzi é transmitido principalmente por contato com fezes ou urina do barbeiro. Esses insetos, que carregam os parasitas, geralmente vivem nas fendas das paredes ou dos telhados das casas e de estruturas como galinheiros e armazéns, em áreas rurais ou suburbanas. Normalmente eles se escondem durante o dia e se tornam ativos à noite, quando se alimentam de sangue de animais, incluindo sangue humano. Eles costumam picar uma área exposta da pele, como o rosto (daí o nome barbeiro), e o inseto defeca ou urina próximo à picada. Os parasitas entram no corpo quando a pessoa instintivamente coloca em contato as fezes ou a urina do inseto com a picada ou qualquer outra ferida, com os olhos ou a boca. A doença de Chagas também pode ser transmitida por: consumo de comida contaminada pelo T. cruzi, transfusão de sangue ou derivados sanguíneos de doador infectado, parto, a mãe infectada passa a infecção para o bebê, durante a gravidez, parto ou amamentação, alguns transplantes com uso de órgãos de doadores infectados e acidentes em laboratório.
A doença de Chagas se apresenta em duas fases. A fase aguda inicial dura cerca de dois meses a partir da infecção. Durante a fase aguda, um número grande de parasitas circula no sangue, mas na maioria dos casos, não há sintomas, ou estes são leves e inespecíficos. Menos de 50% das pessoas picadas pelo barbeiro apresentam sinais visíveis e característicos da doença, como uma lesão na pele ou um inchaço roxeado das pálpebras de um olho. Além disso, podem apresentar febre, dor de cabeça, aumento das glândulas linfáticas, palidez, dor muscular, dificuldade em respirar, inchaço e dor abdominal ou torácica. Durante a fase crônica, os parasitas estão escondidos principalmente no coração e no músculo digestivo. Até 30% dos pacientes sofrem de comprometimento cardíaco e até 10% sofrem de alterações digestivas (geralmente aumento do esôfago ou cólon), neurológicas ou mistas. Nos últimos anos, a infecção pode levar à morte súbita devido a arritmias cardíacas ou insuficiência cardíaca progressiva causada pela deterioração do músculo cardíaco e de seu sistema nervoso.
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