O Estudo de Caso

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA

COMPONENTE CURRICULAR: ATIVIDADE INTEGRATIVA E INTERDISCIPLINAR EM SAÚDE E CIDADANIA II – SACI II (POTI)

Profa. Dra. Hylarina Maria Montenegro Diniz Silva, Prof. Dr. Oswaldo Gomes Correa Negrão e Docente Assistida Lavínia

Preceptoras: Ana das Neves Oliveira, Lêda Nóbrega. Jaqueline Maux.

Estudo de caso

A ACS Maria Lucinda foi realizar a visita domiciliar a Leoneide Albuquerque, nova moradora do bairro Alegria pertencente a microárea 05 e área 82 da Unidade Cidade da Esperança. Ao chegar na residência Lucinda percebeu que não levou das fichas de cadastro e portanto, registrou as informações conforme abaixo: Ela mora na rua Felismino Soares, número 178, município de Natal-Rn. Não tem telefone residencial, mas tem telefone celular (84)99813-4343. É uma casa alugada e se mudaram para lá há apenas duas semanas. Na casa moram 6 pessoas, a casa é de alvenaria, tem 4 cômodos, sendo um banheiro, uma cozinha e sala conjugadas e dois quartos. Num quarto dormem 4 pessoas e no outro dormem 2. Tem água encanada e rede de esgoto. O lixo ela diz que joga no terreno baldio perto da sua casa, por que o carro de lixo só passa uma vez por semana, e ela não gosta de juntar lixo dentro de casa. A água que se usa para consumo é água de pote. Eles criam dois gatos e um cachorro que convivem dentro de casa. Dona Leoneide tem 68 anos e faz aniversário em 22 de fevereiro. Dona Leioneide é aposentada e recebe um salário mínimo, é hipertensa e está em tratamento para câncer de mama. Ela mora com a mãe Dona Esmerilda Albuquerque de 82 anos (de 08 de novembro), que tem hipertensão e diabetes e há dois anos, quando perdeu seu companheiro de Câncer de pulmão (Otaviano) teve um AVC e desde então vive acamada. Tem pele amarela, seus pais são José Saturnino Albuquerque e Maria Antonieta da Silva. Dona Esmerilda é aposentada pelo INSS e recebe 1 salário mínimo. Tanto Dona Esmerilda quanto a filha têm apenas o ensino fundamental completo. A filha mais velha de Dona Leoneide também mora com ela, assim como seu genro e seus dois netos. Rita de Cássia Albuquerque tem 24 anos e está grávida de 8 meses do seu terceiro filho. Ela faz aniversário em 07 de janeiro. Rita não trabalha, apenas cuida dos seus filhos e abandonou a escola com o nascimento do primeiro filho quando ela tinha 16 anos. Ela não terminou o ensino médio. Seu marido Tarcísio Rodrigues tem 27 anos e tem obesidade. Faz uso de álcool com regularidade, e algumas vezes Dona Leoneide refere que ele tem “problemas com a bebida”. Ele é pedreiro. Estudou até o quinto ano do ensino fundamental. Fuma em média 5 cigarros por dia. Não refere nenhum problema de saúde, mas não lembra também a última vez que foi num serviço de saúde. Os dois filhos do casal são Júlia Maria Albuquerque Rodrigues (25/03/2013), Felipe Albuquerque Rodrigues (06/11/2018). Júlia e Felipe já estão na creche. Júlia apresenta limitação auditiva, ela não tem perda total, mas devido a diversas infecções respiratórias repetitivas ao longo da infância, ela teve muitas doenças no ouvido médio e hoje ela escuta com limitações. Já há indicação do uso de aparelho auditivo, mas a família não tem recursos para custear o tratamento. A família é católica, participa ativamente das missas e atividades religiosas. Leoneide é separada do marido (Juvenal) há 13 anos e desde então eles não têm contato, e a filha cresceu sem contato com o pai desde então. A família do pai, no entanto, é bem presente na vida de Rita de Cássia. Outros membros mais próximos e com fortes relações são os avós paternos (Risoneide e José Amaral) de Júlia e Felipe. A relação da família com a escola das crianças é tensa, pois as professoras não estão acostumadas a lidar com crianças com dificuldades auditivas. Leoneide não tem amigos próximos com quem possa contar. Já Rita de Cássia tem primos, tios e avós paternos (Antônio e Maria Firmina) que sempre que podem ajudam financeiramente a família na criação das crianças.

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