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O INSTRUMENTO AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR

Por:   •  30/1/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.218 Palavras (5 Páginas)  •  443 Visualizações

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INSTRUMENTO AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR

Inspeção: inspecione o tórax para identificar pontos de referência anatômica que auxiliam na avaliação do coração. Verifique se há visibilidade do ponto de impulso máximo(PIM) e qualquer pulsação anormal

PROCEDIMENTO

ACHADOS NORMAIS

DESVIOS DA NORMALIDADE

  • Espaço intercostal (EIC): localize o ângulo esternal, que é semelhante a uma crista no esterno aproximadamente 5 cm abaixo da incisura esternal. A costela adjacente é a segunda costela com o segundo espaço intercostal diretamente abaixo dela. Podem-se identificar outros EIC contando-se a partir do segundo EIC. O quinto EIC está localizado na junção do esterno com o processo xifoide.

  • Linha médio esternal (LME): linha imaginária que se estende para baixo no tórax passando pelo meio do esterno. Divide o tórax anterior em duas metades

  • Linha medioclavicular (LMC): linha imaginária que se estende para baixo no tórax a partir do meio da clavícula dividindo o tórax anterior direito e esquerdo em duas partes
  • Linha axilar anterior (LAA): linha imaginária que se estende ao longo da parede ântero-lateral do tórax, no nível da prega anterior
  • Um pequeno impulso apical (≤2,5cm) sobre ou medial à linha medioclavicular esquerda no 4º ou 5º EIC. Pode não ser visível em clientes com tórax amplo.
  • Impulsos laterais à linha médioclavicular; pulsações (elevações ou saltos) outras que não a pulsação apical são consideradas anormais e podem ser vistas em casos em que haja um ventrículo esquerdo aumentado devido a sobrecarga de trabalho; impulso apical no lado direito do tórax. Pulsações volumosas e/ou proeminentes (>3 cm) no ponto de impulso máximo (PIM)
  • Impulso proeminente na borda direita do esterno na área pulmonar ou aórtica

Palpação: o cliente deve estar deitado. Palpe com as polpas dos dedos e as superfícies palmares dos dedos de maneira sistematizada, começando na área aórtica e movendo-se para baixo no tórax até a área tricúspide

PROCEDIMENTO

ACHADOS NORMAIS

DESVIOS DA NORMALIDADE

  • Área aórtica: palpe o 2º EIC na borda direita do esterno

  • Área pulmonar: palpe o 2º EIC na borda esquerda do esterno

  • Ponto de Erb:  palpe o 3º EIC na borda esquerda do esterno
  • Área tricúspide: palpe o 5º EIC na borda esquerda inferior do esterno
  • Área mitral: palpe o 5º EIC na LMC esquerda. Esse ponto é também conhecido como PIM
  • Se essa pulsação não puder ser palpada, faça com que o cliente assuma uma posição de decúbito lateral esquerda. Isso desloca o coração em direção à parede esquerda do tórax e desloca o impulso apical mais para a esquerda
  • Nenhuma vibração ou pulsação é palpada nas áreas aórtica, pulmonar ou tricúspide
  • O PIM é sentido como uma pulsação e tem aproximadamente o tamanho de uma moeda pequena. Pode não ser palpável em tórax amplo
  • Frêmito que produza uma sensação ao ronronar de um gato, ou pulsações em quaisquer dessas áreas, exceto na área mitral, estão associados a um sopro de grau 4 ou superior
  • Nenhuma pulsação. Se a área de pulsação for do tamanho de uma moeda de 1 Real ou maior, deslocada, com mais força, ou de duração maior, pode-se suspeitar de aumento do coração

Percussão: Pode-se fazer percussão realizada para definir os limites cardíacos pela identificação das áreas de macicez, mas esse procedimento é geralmente pouco confiável. O tamanho do coração pode ser determinado de maneira mais precisa por uma radiografia de tórax.

  • Auculta: ausculte de modo sistematizado, começando pela área aórtica. Percorra o tórax, primeiro para o lado e, em seguida, para baixo. Focalize um som de cada vez. Ausculte cada área com o diafragma do estetoscópio aplicado firmemente sobre o tórax. Repita a sequência usando a corneta do estetoscópio aplicada levemente sobre o tórax. Ausculte com o cliente em posição supina. Em seguida, escute especificamente sobre o ápice com o estetoscópio com o cliente em posição de decúbito lateral esquerdo. Ajude o cliente a sentar-se, e ausculte o precórdio com o diafragma. Em seguida, faça o cliente inclinar-se para frente e expirar enquanto você ausculta a área aórtica com o diafragma.

PROCEDIMENTO

ACHADOS NORMAIS

DESVIOS DA NORMALIDADE

  • Ausculte para identificar a 1ª bulha cardíaca (B1), ou “Tum”, e a 2ª bulha cardíaca (B2), ou “Tá”
  • B1 vem após a longa pausa diastólica e precede a pausa sistólica curta, e corresponde a cada pulsação carótida. B2 segue a fase sistólica curta e precede a fase diastólica longa.

  • Ausculte para identificar a frequência e o ritmo
  • Frequência: 60 a 100 bpm
  • Ritmo: regular
  • Bradicardia (frequência cardíaca <60); taquicardia (frequência cardíaca>100) pode provocar uma diminuição do débito cardíaco; com ritmos irregulares (p. ex., batimentos prematuros produzidos por contrações atriais ou ventriculares prematuras, taquicardia atrial e fibrilação atrial com graus variáveis de bloqueio) deve-se encaminhar o cliente ao cardiologista.
  • Caso seja detectado algum ritmo irregular, ausculte para identificar um déficit na frequência do pulso,comparando o pulso radial com o pulso apical durante 1 min inteiro
  • Os pulsos radial e apical devem ser idênticos
  • Um déficit de pulso (diferença entre os pulsos radial e apical) pode indicar fibrilação atrial, flutuação atrial, contrações ventriculares prematuras e vários graus de bloqueio cardíaco

Ausculte e focalize cada bulha e cada pausa individualmente:

Bulha ouvida de maneira clara e distinta em cada foco, mas amis alta nos focos mitral e tricúspide

Desdobramento de bulhas em adultos de meia-idade e em idosos

  • Ausculte B1: ouve-se melhor com o diafragma
  • Pode apresentar-se mais suave durante a inspiração. Desdobramento de B1 é normal em crianças, adultos jovens e mulheres grávidas
  • Ausculte B2: ouve-se melhor com o diafragma
  • Bulha ouvida de maneira clara e distinta, mais alta nos focos aórtico e pulmonar. Desdobramento de B2 pode ser normal em adultos quando ouvida durante a inspiração
  • Desdobramento de bulhas ouvido tanto durante a inspiração como durante a expiração
  • Ausculte a pausa sistólica: escutada entre B1 e B2
  • Pausa silenciosa: ouve-se distintamente o final de B1 e o início de B2 sem nenhum ruído durante o intervalo
  • Sopro: um som sibilante auscultado no início, no meio ou no fim da pausa sistólica (observe intensidade, timbre, e a qualidade)

  • Estalido: um som nítido, de timbre elevado, semelhante a um estalo, escutado imediatamente após B1 ou no meio da pausa sistólica
  • Ausculte a pausa diastólica: auscultada entreB2 e a próxima B1
  • Pausa silenciosa: ouve-se distintamente o final de B2 e o início de B1
  • Sopro:um som sibilante auscultado no início, no meio ou no fim da pausa diastólica (observe intensidade, o timbre e a qualidade)

  • Estalido: um som n´tido, de timbre elevado, auscultado após B2 durante a pausa diastólica na área mitral ou tricúspide
  • Ausculte B3 com a campânula do estetoscópio: som baixo, fraco, que ocorre no início da pausa diastólica
  • B3 é auscultada em crianças e adultos jovens mas desaparece quando em posição de pé ou sentada; escutada em indivíduos com débito cardíaco elevado e em mulheres no terceiro trimestre da gravidez
  • B3 auscultada em adultos ou que continua sendo auscultada quando crianças e adultos jovens ficam de pé ou sentados; também chamada galope ventricular; pode ser auscultada nos casos de doença cardíaca isquêmica, insuficiência do miocárdio, sobrecarga ventricular volumétrica decorrente de patologia valvar; pode ser um sinal precoce de insuficiência cardíaca
  • Ausculte B4; é um som suave e baixo, que se houve melhor com o cliente dorsal ou lateral esquerdo com a campânula do estetoscópio
  • Auscultada em atletas treinados e em alguns clientes idosos, especialmente após a prática de exercícios
  • Auscultada em adultos; também conhecida como galope atrial, está associada a doenças coronariana e infarto agudo do miocárdio

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Áreas para palpação e ausculta

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