O Idoso e as Doenças de Comobirdades
Por: 25581352 • 11/5/2023 • Trabalho acadêmico • 1.492 Palavras (6 Páginas) • 85 Visualizações
O IDOSO E AS DOENÇAS DE COMORBIDADES
INTRODUÇÃO
A Covid-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS -CoV-2, potencialmente grave, e levada transmissibilidade de distribuído globalmente. A doença COVID -19 indica que idosos são aqueles com condições médias crônicas mais afetados em relação à morbidade e à mortalidade. Além da ameaça urgente de infecção viral e a doenças críticas, os idosos tem maior probabilidade dos efeitos prejudiciais do distanciamento físico, que dificultam ainda mais sua recuperação. As doenças do sistema osteoarticular mais frequentes nos idosos são as Osteoporose, Osteoartrite e Artrite Reumatoide, e com as consequências da COVID -19 essas doenças ficaram mais frequentes e seus sintomas mais graves decorrentes da infecção viral, então os profissionais da saúde devem ficar mais atentos as queixais das pessoas idosas (FEITOSA, 2020).
As doenças o sistema conjuntivo também afetou alguns idosos que foram contaminados pelo COVID -19, deixando-os mais frágeis a essas comorbidades. O processo de envelhecimento vem ocorrendo, em nível populacional, de forma crescente nas últimas décadas e encontra -se associado ao aumento das doenças crônico-degenerativas. Dentre essas doenças, estão as osteoarticulares, sendo as mais frequentes nos idosos são a osteoporose, osteo artrite e artrite reumatoide. São consideradas causas de alta prevalência de dor crônica e de comprometimento da funcionalidade, da força muscular, do equilíbrio, da coordenação motora e das atividades da vida diária; causando dor, rigidez e repercutindo na qualidade de vida dos portadores (CRUZ, 2021).
Os cuidados de enfermagem no idoso, devem considerar as dimensões biológicas, psicológicas, sociais, económicas, culturais e políticas do envelhecimento, proporcionando um leque de respostas adequadas às reais necessidades das pessoas idosas e de suas famílias, dando visibilidade aos cuidados, prestados em diferentes contextos, são cuidados multidisciplinares, multidimensional. O Enfermeiro identifica a necessidade de cuidados do idoso, estabelece prioridades no cuidado, fórmula. diagnósticos de enfermagem, planeja e executa intervenções de enfermagem dirigidas e personalizadas às características individuais, sociais e culturais das pessoas idosas e seus cuidadores, entenda-se cuidadores informais, este também são alvo de cuidado. É, também, no seio da equipe que desenvolve as práticas do cuidar (NAGAYOSHI, 2018).
DESENVOLVIMENTO
O enfermeiro é ao mesmo tempo, executor, conselheiro, terapeuta, supervisor, pesquisador, educador do idoso e da família e, quando necessário, um grande apoio para o cuidador. Vale ressaltar que a presença dessas doenças-base justifica a necessidade de enquadrá-los dentro do grupo de risco para COVID-19. Considera-se que as doenças reumáticas imunomediadas, por exemplo, sobretudo quando em caráter ativo ou mal controle, facilitem a infecção viral por terem um estado inflamatório natural já aumentado, sendo já relatado isso em pacientes com Lúpus eritematoso sistêmico (LES), (FIGUEIREDO, 2021).
Na Síndrome de Marfan que é uma doença genética que afeta o tecido conjuntivo, que é responsável pela sustentação e elasticidade de vários órgãos do corpo. As pessoas com esta síndrome tendem a ser muito altas, magras e possuem os dedos das mãos e dos pés extremamente longos e podem apresentar alterações no coração, olhos, ossos e pulmão. Esta síndrome ocorre devido a um defeito hereditário no gene da fibrilina-1, que é o principal componente dos ligamentos, paredes das artérias e articulações, fazendo com que algumas partes e órgãos do corpo fiquem frágeis. O diagnóstico é feito por um clínico geral através do histórico de saúde da pessoa, exames de sangue e de imagem e o tratamento consiste no suporte das sequelas causadas pela síndrome (MARX, 2017).
E na Síndrome de Ehlers-Danlos, A síndrome de Ehlers-Danlos, mais conhecida como doença do homem elástico, caracteriza-se por um grupo de distúrbios genéticos que afetam o tecido conjuntivo da pele, das articulações e das paredes dos vasos sanguíneos. Geralmente, as pessoas com esta síndrome têm as articulações, as paredes dos vasos sanguíneos e a pele mais extensíveis que o normal e mais frágeis, já que é o tecido conjuntivo que tem a função de lhes dar resistência e flexibilidade, podendo em alguns casos, ocorrer danos vasculares graves. Esta síndrome que passa de pais para filhos não tem cura, mas pode ser tratada para diminuir o risco de complicações (MARX, 2017).
O tratamento consiste na administração de medicamentos analgésicos e anti-hipertensores, fisioterapia e em alguns casos, cirurgia. existe uma predisposição à formação de “bolsas de ar” no pulmão, por conta da alteração do colágeno, aparecendo, não tão raramente, a doença pulmonar cística. Essa, por sua vez, é um dos facilitadores na geração de pneumotórax espontâneo recorrente, relatado sobretudo entre portadores de Marfan, complicação presente na COVID -19. Há um ano um estudo espanhol avaliou 65 mil pacientes e observou que o SARS -CoV-2 redobra a ocorrência dessa complicação em serviços de emergência dentre qualquer tipo de paciente. Várias técnicas usadas em pacientes graves como a intubação orotraqueal e a mudança para posição prona também devem ser analisadas nesses pacientes (CRUZ, 2021).
Segundo Almeida (2020, p.20), os aspectos etiológicos e clínicos da “Osteogênese Imperfeita” (OI) é considerada uma doença congênita, crônica e rara. Sua incidência, de acordo com Associação Brasileira de Doenças Raras (ABDR) é de uma a cada 20 mil pessoas no país. No Brasil, estima-se a presença de 19.075 pessoas com OI, todavia apenas 788 estão em tratamento, a maioria na região sudeste, tal mensuração foi realizada pela Associação Brasileira de Osteogêneses Imperfeita (ABOI) no ano de 2013, uma vez que não foi encontrado estudo epidemiológico específico brasileiro voltado a essa população. As principais características dessa enfermidade são fragilidade óssea, ocasionando várias fraturas em todo o corpo, deformidades nos ossos e anormalidade nas células responsáveis pelo colágeno, tanto em sua quantidade quanto em sua qualidade nos portadores da Doença de ossos de vidro OI, por exemplo, é normal haver deformidades ósseas naturais e facilidade no desenvolvimento de traumas, podendo ser inviabilizadas tais técnicas nesse grupo. Consider a -se inclusive como contraindicação absoluta ao uso da posição prona em pacientes com fraturas pélvicas e vertebrais, especificamente.
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