O MANEJO FAMILIAR NO RECONHECIMENTO DE SINTOMAS NO DIAGNÓSTICO DE ESQUIZOFRENIA: UM ESTUDO DE CASO
Por: Lígia Almeida • 12/6/2019 • Trabalho acadêmico • 1.744 Palavras (7 Páginas) • 314 Visualizações
1Acadêmico de enfermagem do 8° semestre – Faculdade Leão Sampaio – Ceará. Email:arianalves_16@hotmail.com 2Acadêmico de enfermagem do 8° semestre–Faculdade Leão Sampaio–Ceará.Email:nubyalima2009@hotmail.com 3Acadêmico de enfermagem do 8° semestre–Faculdade Leão Sampaio–Ceará.Email:ligialmeida26@gmail.com 4 Profa. da Faculdade Leão Sampaio - Esp. em Saúde Mental – Mestranda em Desenvolvimento Regional Sustentável – UFC. E-mail: ariadne@leaosampaio.edu.br O MANEJO FAMILIAR NO RECONHECIMENTO DE SINTOMAS NO DIAGNÓSTICO DE ESQUIZOFRENIA: UM ESTUDO DE CASO Ariana Gonçalves Alves1 Francisca Vandernubia Brito2 Ligia Almeida Rosal3 Ariadne Gomes Patrício Sampaio4 INTRODUÇÃO A esquizofrenia é um transtorno mental que se manifesta de diferentes formas, por meio de pensamentos, emoções, percepções e comportamento. Ela pode ter início na adolescência ou no principio da idade adulta. Sua freqüência na população em geral é da ordem de uma pessoa acometida para cada cem. A doença atinge em igual proporção homens e mulheres, mas em geral inicia-se mais cedo no homem. Por ser uma doença crônica a esquizofrenia constitui um grave problema de saúde pública pois trata-se de uma das principais causas de incapacitação de pessoas em todo mundo.(FIGUEIREDO, et al, 2009) A esquizofrenia é uma doença que traz grande impacto para o portador, seus familiares e para a sociedade. O risco de se ter a esquizofrenia ao longo da vida fica entre 0,7% e 1%. “A hipótese mais aceita para a ocorrência da esquizofrenia é hipótese neurodesenvolvimental, pois, sugere que fatores precoces (causas genéticas e obstétricas) e fatores tardios (abuso de drogas e estresse social) agindo sobre uma base de vulnerabilidade (déficits cognitivos, ansiedade social e isolamento, crenças peculiares) determinariam o aparecimento da esquizofrenia” (BRESSAN; ELKIS, 2010; p. 14). A esquizofrenia é uma doença heterogênea. Não há exames físicos ou complementares patognomônicos da doença, portanto o diagnóstico é feito com base na sintomatologia (BRESSAN; ELKIS, 2010). Segundo Dalgalarrondo (2008) nas últimas décadas, tem-se dado mais importância à diferenciação da esquizofrenia 1Acadêmico de enfermagem do 8° semestre – Faculdade Leão Sampaio – Ceará. Email:arianalves_16@hotmail.com 2Acadêmico de enfermagem do 8° semestre–Faculdade Leão Sampaio–Ceará.Email:nubyalima2009@hotmail.com 3Acadêmico de enfermagem do 8° semestre–Faculdade Leão Sampaio–Ceará.Email:ligialmeida26@gmail.com 4 Profa. da Faculdade Leão Sampaio - Esp. em Saúde Mental – Mestranda em Desenvolvimento Regional Sustentável – UFC. E-mail: ariadne@leaosampaio.edu.br em três subtipos na Síndrome negativa ou deficitária, Síndrome positiva ou produtiva e Síndrome desorganizada. O presente trabalho teve como objetivo conhecer como se dá o processo de reconhecimento de sintomas do diagnóstico de esquizofrenia pela família que tem um parente com esse transtorno mental através de um relato de caso. IMPACTO DA ESQUIZOFRENIA SOBRE A FAMILIA Sistematicamente a família se define como sendo um sistema aberto que interage em um contexto sociocultural do qual faz parte. Na sociedade moderna amar e cuidar dos filhos se tornou uma atividade complexa. No desenvolver familiar são ampliados os vários mecanismos de adaptação, advindos da cultura a qual os membros pertencentes à família fazem parte. (ZANETTI; GALERA, 2007). A presença da esquizofrenia em um dos membros desse sistema pode tornar o ambiente familiar desorganizado e estressante, o impacto do trauma é tão devastador que chega a ser comparado a uma catástrofe. Toda uma estrutura que antes havia sido formada pode se desestruturar a partir de uma primeira crise. São vários os sentimentos provados nesse momento pelos familiares, aflição, espanto, isolamento, raiva, angústia, devastação, frustração, incerteza, culpa, até mesmo de aceitação e esperança para o futuro durante a convivência com a esquizofrenia. (ZANETTI; GALERA, 2007). A aceitação da esquizofrenia se dá no momento em que se decide aprender sobre suas possibilidades de manifestação e a maneira como a pessoa vivencia e irá vivenciar futuramente tal situação. Um passo importante para amigos e parentes que querem ajudar, é aprender sobre o funcionamento interior do cérebro esquizofrênico. A esquizofrenia por si tratar de uma doença crônica se traduz como uma tragédia pessoal e familiar. Se ela não for desmitificada e percebida pela família que consiste na primeira rede social da pessoa, e se esta não se mantiver ao lado do paciente; então se converte numa calamidade para os demais membros. A melhor 1Acadêmico de enfermagem do 8° semestre – Faculdade Leão Sampaio – Ceará. Email:arianalves_16@hotmail.com 2Acadêmico de enfermagem do 8° semestre–Faculdade Leão Sampaio–Ceará.Email:nubyalima2009@hotmail.com 3Acadêmico de enfermagem do 8° semestre–Faculdade Leão Sampaio–Ceará.Email:ligialmeida26@gmail.com 4 Profa. da Faculdade Leão Sampaio - Esp. em Saúde Mental – Mestranda em Desenvolvimento Regional Sustentável – UFC. E-mail: ariadne@leaosampaio.edu.br forma, o melhor caminho para aprender o que o esquizofrênico vivencia é ouvi-lo é fundamental, quer para a manutenção do doente mental fora do hospital psiquiátrico, ou em uma visão mais ampla de assistência à saúde mental, que considera essenciais os recursos e a atuação da comunidade. (PEREIRA; PEREIRA JR, 2003). A família cabe a responsabilidade pelo cuidado do portador de transtorno mental, eles acabam sendo sobrecarregados pelas demandas como acompanhar seus membros adoecidos, cuidar deles e arcar com os encargos econômicos, pelo custo com medicações e pela impossibilidade e acesso ao trabalho. É também comum observar familiares se distanciando das atividades sociais. Conviver com a esquizofrenia tem uma sobrecarga caracterizada por dificuldades como: problemas no relacionamento com o familiar, estresse por conviverem com o humor instável e a dependência do portador de sofrimento psíquico, bem como o medo das recaídas e do comportamento deste no período das crises. (BORBA LO, SCHWARTZ E, KANTORSKI LP). A partir da década de 1970, a reforma Psiquiátrica tinha como proposta expressar em seus objetivos uma preocupação com a redução do número de pacientes internados e o tempo de internações dos mesmos, além de conter referência à participação das famílias. Um dos objetivos, dessa reforma era também dar apoio aos familiares do paciente, para que os mesmos desenvolvam uma apatia e possibilitem a inclusão dos membros com a sociedade. Visando minimizar, os efeitos de sobrecarga no ambiente familiar. (PEREIRA; PEREIRA JR, 2003). MÉTODOS A pesquisa constitui-se de um estudo de caso de um jovem do sexo masculino, 36 anos, que sofre de esquizofrenia hebefrênica que foi diagnosticado aos 25 anos,
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