O PAPEL DO ENFERMEIRO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA THE ROLE OF THE NURSE IN FAMILY HEALTH STRATEGY

 

 

 

 

O PAPEL DO ENFERMEIRO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA THE ROLE OF THE NURSE IN FAMILY HEALTH STRATEGY

COSTA, L. A.¹

FARINHA, V. P.²

RODRIGUES, L. S.³

RESUMO

Introdução: O Programa Saúde da Família busca reestruturar a assistência da atenção primária no Brasil. Esse programa é dividido em 04 subprogramas, no qual o enfoque deste estudo centrou-se na Estratégia Saúde da Família, que é o nível de maior descentralização da atenção básica à saúde, fazendo uso de áreas adstritas e população demarcada para a atuação de cada Unidade Básica da Saúde. Objetivo: Apresentar os papeis e/ou atribuições fundamentais exercidas pelo Enfermeiro na Estratégia Saúde da Família. Metodologia: Para a construção deste estudo optou-se por utilizar o método de revisão bibliográfica descritivo-exploratória com abordagem qualitativa. Empregou-se a análise de conteúdo para a categorização e análise de dados colhidos. Resultados: Foram selecionados 14 artigos que atendiam aos critérios de inclusão e faziam referência à temática pesquisada. Discussão: Com a leitura desses artigos originou-se 04 categorias de análise, sendo elas: a consulta do Enfermeiro na Estratégia Saúde da Família; educação em saúde promovida pelo Enfermeiro na Estratégia Saúde da Família; percepções dos Enfermeiros sobre seu trabalho na Estratégia Saúde da Família; e o Enfermeiro enquanto gerente da Equipe Saúde da Família. Considerações finais: Torna-se inequívoco e inquestionável que o Enfermeiro é um profissional qualificado e de suma importância para o funcionamento da Atenção Primária à Saúde, por sua comunicação facilitada para com a população, pois o mesmo é o elo entre a comunidade e a longitudinalidade do cuidado a saúde.

Descritores: Estratégia saúde da família; Enfermeiros; Atenção primária à saúde.

 

ABSTRACT

 

Introduction: The Family Health Program seeks to restructure primary care assistance in Brazil. This program is divided into 04 subprograms, in which the focus of this study was centered in the Family Health Strategy, which is the level of greater decentralization of basic health care, making use of assigned areas and demarcated population for the performance of each Unit Basic of Health. Objective: To present the roles and/or fundamental attributions exercised by the Nurse in the Family Health Strategy. Methodology: For the construction of this study we chose to use the descriptive-exploratory bibliographic review method with a qualitative approach. The content analysis was used for the categorization and analysis of data collected. Results: We selected 14 articles that met the inclusion criteria and referred to the researched topic. Discussion: Reading these articles gave rise to 04 categories of analysis, being: The nurse's consultation in the Family Health Strategy; Health education promoted by the Nurse in the Family Health Strategy; Perceptions of nurses about their work in the Family Health Strategy; And the Nurse as manager of the Family Health Team. Final considerations: It becomes unequivocal and unquestionable that the nurse is a qualified professional and of paramount importance for the functioning of Primary Health Care, for its facilitated communication with the population, since it is the link between community and longitudinality of health care.

Descriptors: Family health strategy; Nurses; Primary health care.

 

¹ Discente de Enfermagem do Centro Universitário Euro-Americano, e-mail: [e-mail] ² Discente de Enfermagem do Centro Universitário Euro-Americano, e-mail: [e-mail] ³ Mestre, Enfermeira, Docente do Centro Universitário Euro-Americano, e-mail:

[e-mail]

1. INTRODUÇÃO

 

O Programa Saúde da Família (PSF) tem como objetivo principal a

reestruturação assistencial da atenção primária à saúde no Brasil, seguindo os preceitos contidos na Lei 8.080/1990, que regulamenta as práticas do Sistema Único de Saúde (DALPIAZ, STEDILE, 2011). É um programa que foi implantado em 1994 e ampliado em 1995, primeiramente em cidades pequenas e com infraestrutura sanitária e de saúde precárias onde a morbi-mortalidade era elevada, e com esse advento as condições de sobrevida tiveram aumentos significativos em cidades como Ceará e Pernambuco (MAGALHÃES, 2011).

Segundo Guedes, Santos e Lorenzo (2011), com a expansão do PSF no Estado de São Paulo, em 1997, se celebrou um convênio com a Fundação Zerbini para que esta gerenciasse e expandisse o programa visando a melhoria assistencial e de educação permanente em saúde.

O PSF é subdividido em quatro programas, que são: Estratégia Saúde da Família (ESF), Núcleo de Atenção à Saúde da Família (NASF), Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e Programa Saúde na Escola (PSE).

O NASF é um serviço matricial referência da ESF, que é dividida entre NASF 1, 2 e 3, dependendo do número de equipes vinculadas à ele. É uma equipe multiprofissional composta por profissionais que não estão normalmente inseridos no apoio primário, como: psicólogos, educadores físicos, fisioterapeutas, assistentes sociais, médicos de diversas especialidades, entre outros. É uma central de apoio integrada utilizada para a complementação dos serviços na atenção básica de saúde (BRASIL, 2014).

Segundo Cividini (2016), o CAPS é um serviço de acolhimento de livre

demanda, assim como de consultas marcadas. É um estabelecimento destinado ao atendimento e tratamento de indivíduos que sofrem com transtornos mentais e outros distúrbios psiquiátricos. Foi idealizado a partir da necessidade de extinguir as internações antes vistas nos manicômios e hospitais psiquiátricos, ele é um centro de referência onde se faz o acompanhamento e tratamento do paciente com a conveniência da permanência e convívio social e familiar desses indivíduos, os reintegrando à sociedade. 

Já o PSE foi instituído com o objetivo de promover e desenvolver a

educação em saúde aos indivíduos em ambiente escolar, da rede pública de ensino, desde a pré-escola à educação de jovens e adultos. Igualmente, este programa visa promover o empoderamento social e pessoal dos mesmos, os tornando donos de seu próprio destino, e mostrando formas de enfrentar suas vulnerabilidades e peculiaridades (BRASIL, 2013).

A estratégia saúde da família (ESF), que contempla o enfoque deste estudo,

constitui fundamentalmente a porta de entrada do SUS; é o nível de maior descentralização da atenção básica, fazendo uso de áreas adstritas e população demarcada para a atuação de cada Unidade Básica da Saúde (UBS), sendo que cada uma dessas unidades é responsável por, no máximo, 4.000 moradores da microárea, respeitando o limite de 150 famílias ou 750 indivíduos para cada Agente Comunitário de Saúde (FIGUEIREDO, 2012).