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O Sistema Endócrino é Formado Pelo Conjunto de Glândulas

Por:   •  10/11/2016  •  Bibliografia  •  2.879 Palavras (12 Páginas)  •  615 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O sistema endócrino é formado pelo conjunto de glândulas que apresentam como atividade característica a produção de secreções denominadas hormonal. Alguns dos principais órgãos que constituem o sistema endócrino são: a hipófise, o hipotálamo , a tiróide, as supra-renais, o pâncreas e as gónadas (os ovários e os testículos). Durante o envelhecimento as alterações como a diminuição da função dos órgãos, o aumento de auto anticorpos e a diminuição das respostas dos receptores podem afetar o sistema endócrino e assim favorecer o surgimento de determinadas doenças, como a diabetes melito, o hipertireoidismo, o hipotireoidismo.Também é importante ressaltar que as secreções hormonais obedecem a um ritmo biológico individual de cada pessoa, influenciadas também por fatores externos.

2. CONCEITO

O crescimento da população idosa vem acontecendo de forma gradativa. O envelhecimento pode ser visto como um processo dinâmico e progressivo em que há modificações morfológicas, funcionais, psicológicas e bioquímicas que determinam a perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente e a perda da reserva funcional, com maior incidência de processos patológicos que terminam por levá-lo à morte.

Alterações no sistema endócrino (e imune) associadas à idade levariam à deterioração do organismo e ao processo do envelhecimento; a teoria neuroendócrina sugere a presença de um marca-passo central que levaria à falência do sistema endócrino. Essa teoria se baseia no fato de que muitos indivíduos jovens com doenças endócrinas (osteoporose, diminuição da secreção de hormônio de crescimento, hipogonadismo) apresentam alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas(diminuição da massa óssea, diminuição da massa muscular, hipertensão arterial) que são encontradas em indivíduos idosos “sem doenças”. O declínio da secreção espontânea dos hormônios do crescimento e sexuais é frequentemente referido como somatopausa, menopausa e andropausa (Anawalt (et al., 2001).

O aumento da incidência de doenças como diabetes melito, a associação de falência de mais de um órgão endócrino, levando à síndrome de falência poliglandular, e a apresentação atípica de patologias (hipertireoidismo e hipotireoidismo) são características do envelhecimento.

Sintomas e sinais não específicos (emagrecimento, confusão mental, fadiga),associados a valores de laboratório “anormais” (o valor normal foi estabelecido a partir de exames de jovens sadios), podem dificultar o diagnóstico. Esses valores “anormais” podem refletir o processo de envelhecimento, normal ou patológico. A presença de doenças coexistentes (euthyroidism sick syndrome), o emprego de polifármacos e a incidência aumentada de neoplasias (produção ectópica de hormônios) podem contribuir para a dificuldade do diagnóstico adequado (e da terapêutica indicada).

As secreções hormonais obedecem a um “ritmo de 24 h” (maiores ou menores) e são influenciadas por fatores endógenos e exógenos. Vários estudos demonstram relação entre o ritmo de sono e o ritmo de secreção hormonal (p. ex.secreção de hormônio de crescimento). No exemplo citado, deveríamos elucidar totalmente se a insônia do indivíduo idoso pode contribuir para a diminuição de secreção de hormônio do crescimento (GH) nesse grupo etário. As alterações da secreção de hormônio de crescimento, hormônios esteroides sexuais (testosterona, estrógenos,

deidroepiandrosterona [DHEA]) e melatonina (importante para a regularização de sono adequado), encontradas no envelhecimento, podem contribuir para doenças comuns nessa faixa etária (osteoporose, doença coronariana). A reposição adequada desses hormônios provavelmente ocasiona efeitos positivos; no entanto, cada pessoa deve ser avaliada individualmente, para que se determine o risco/benefício próprio decorrente dessa terapêutica.

Os hormônios que mais intensamente atuam no sistema nervoso central (SNC) são estradiol, testosterona, cortisol, GH e IGF-I. Esses hormônios se inter-relacionam, sofrendo influência de uma série de neurotransmissores. Não é de se surpreender que a reposição hormonal tenha sido aventada como uma terapêutica com a finalidade de prolongar a vida, assim como a qualidade da mesma.

3. SÍNDROME DA DEFICIÊNCIA DE HORMÔNIO DE CRESCIMENTO (GH) NO IDOSO

O GH desempenha um papel no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas em todas as idades e é fundamental na manutenção da composição corpórea. Indivíduos adultos com deficiência de GH (DGH) apresentam massa magra 8% menor e água extracelular 15% a menos; em contraste, apresentam aumento de 26% no peso e aumento de 7% na massa gordurosa subcutânea e visceral, o que leva a um aumento do índice cintura escapular em comparação a adultos normais.

Dessa maneira, não é surpresa que em muitos casos encontremos resistência à insulina, hipertensão, baixos níveis de HDL colesterol e altos níveis de triglicerídeos e do fator inibidor de plasminogênio-I. Crianças e adultos com déficit de GH apresentam diminuição da densidade mineral óssea ao nível da coluna lombar, fêmur e punho. Indivíduos adultos com DGH apresentam aumento na prevalência de arteriosclerose, comprometimento da função cardíaca e na capacidade de exercício, além de aumento na mortalidade cardiovascular. Frequentemente, encontramos queixas de fadiga, letargia e diminuição da sensação de bem-estar. A constelação de sintomas e sinais descritos anteriormente constitui o que a literatura médica já consagrou como a síndrome de deficiência de GH no adulto. No entanto, o quadro descrito em adultos com DGH pode também estar presente no grupo “normal” de faixa etária mais avançada. É fundamental diferenciar quando essas alterações são próprias do envelhecimento ou são secundárias a algum processo patológico. Pela concomitância de sintomas e sinais, tanto no grupo de adultos jovens com DGH quanto no de idosos “normais”, e pelo fato de a reposição de GH no primeiro grupo reverter total ou parcialmente os sintomas e sinais, discute-se se os idosos que apresentam quadro clínico semelhante devem ser “tratados” e/ou investigados para se comprovar a possível etiologia da deficiência de GH. É de grande importância distinguir as alterações no eixo GH-IGF-I-IGFBP, próprias do envelhecimento, das encontradas na síndrome da deficiência de GH no idoso.

Deve-se ter sempre em mente que a maior parte dos eixos de secreção hormonal sofre influência da idade, de doenças preexistentes, de medicação,

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