Os Sinais e Sintomas
Por: Luciane Santos • 21/9/2021 • Pesquisas Acadêmicas • 1.122 Palavras (5 Páginas) • 123 Visualizações
Sinais e Sintomas
Muitas pessoas com o vírus da febre amarela não apresentam manifestações da doença ou, se apresentam, são muito discretas.
Os sintomas, em geral, surgem até 6 dias após a picada pelo mosquito infectado. A pessoa pode apresentar febre alta (maior que 37,8ºC) e de início súbito, mal estar, dor de cabeça, dor muscular e calafrios. Podem surgir também náuseas, vômitos e diarréia.
Grande parte dos pacientes melhora após 2 a 4 dias e torna-se imune a novos episódios da doença. Muitos pacientes, inclusive, podem acreditar que os sintomas são de um estado gripal e nem souberam que tiveram a doença.
A forma grave da febre amarela surge um ou dois dias depois de um período de aparente melhora. É resultado da relação entre estado do sistema imunológico do paciente e ação do vírus; por isso alguns pacientes evoluem para melhora e auto-imunização enquanto outros desenvolvem a forma grave. Nela, entre 20% e 50% dos pacientes podem evoluir para o óbito.
Nessa fase, reaparecem a febre, a dor abdominal, o vômito e a diarréia. Ocorrem sangramentos nas gengivas e pelo nariz e as fezes e o vômito podem ser escuros como borra de café. Pode haver comprometimento do fígado e o volume de urina diminui até a ausência total, por mau funcionamento dos rins.
Os sintomas iniciais da febre amarela são os mesmos da dengue e da leptospirose. Por isso é importante buscar atendimento médico o mais rápido possível aos primeiros sinais, para que seja feito o diagnóstico diferencial, por meio da coleta de sangue e exame sorológico – principalmente o isolamento do vírus em cultura. Assim, serão tomadas as medidas adequadas para o tratamento.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito pela PCR (reação da polimerase) para febre amarela. A cultura do vírus é feita cada vez menos por conta da dificuldade e até mesmo pelos riscos envolvidos.
Esta é uma doença de notificação compulsória, mesmo na suspeita.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
As formas leve e moderada da febre amarela são de dificil diagnóstico diferencial, pois podem ser confundidas com outras doenças infecciosas que atingem os sistemas respiratório,digestivo e urinário.
Nas formas graves, com quadro clinico clássico ou fulminante, o diagnóstico diferencial é amplo, devendo ser feito com as doenças infecciosas que cursam com ictericia e/ou hemorragias . Na vigência de epidemias, quando outros casos ja são conhecidos, a suspeita de febre amarela não é dificil, mas fora dessas situações, principalmente em áreas endémicas, é importante uma abordagem sindrómica para melhora da sensibilidade e oportunidade do reconhecimento e da vigilancia dessas patologias A história clínica, os antecedentes epidemiológicos e a realização precoce de alguns exames laboratoriais são fundamentais para esclarecimento do diagnóstico. Algumas dessas doenças são listadas abaixo:
Leptospirose as manifestações digestivas são menos pronunciadas e as hemorragias mais tardias. Os niveis de aminotransferases (transaminases) estão discretamente aumentados. Hemossedimentação acelerada e mucoproteinas aumentadas são dados favoráveis à leptospirose.
. Malária por P. falciparum as formas graves, nos primeiros dias, apresentam quadro clinico compatível com febre amarela. Na malária a anemia è precoce, com a presença de esplenomegalia, menor tendència hemorrágica e aumento discreto das aminotransferases. A pesquisa do parasita no sangue confirma imediatamente o diagnóstico. Pode haver concomitância das duas doenças, uma vez que ambas podem ser adquiridas em condições epidemiológicas semelhantes.
Hepatite viral-quase sempre é o primeiro diagnóstico referido na maioria dos estados brasileiros, uma vez que a ictericia, sintomas digestivos e sangramento são comuns em ambas. Na hepatite a febre é pouco acentuada ou ausente. Os niveis sangüíneos de uréia e creatinina são normais e há ausencia de albuminúria. As aminotransferases não atingem niveis tão elevados como ocorre na febre amarela.
Septicemia por gram negativo cursando com ictericia - apresenta menor freqüènciade hemorragias e há aumento discreto das aminotransferases. A existència de portas deentrada e hemocultura positiva fecham o diagnóstico.
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