PÓS GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS EM PEDIATRIA E NEONATOLOGIA
Por: Michele Silva • 19/4/2021 • Resenha • 1.444 Palavras (6 Páginas) • 273 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS EM PEDIATRIA E NEONATOLOGIA
Resenha Crítica de Caso
Michele Fabiana da Silva
Trabalho da disciplina: Tecnologia em Saúde
Tutor: Prof. Mauro Cesar Cantarino Gil
Betim
2020
AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE: CONTEXTO HISTÓRICO E PERSPECTIVAS
Referência:
Amorim FF, Júnior PNF, Faria ER, Almeida KJQ de. Avaliação de tecnologias em saúde : contexto histórico e perspectivas. Com Ciências Saúde [Internet]. 2010;21(4):343–7. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/avaliacao_tecnologias_saude.pdf. Acesso em: 21 de Outubro de 2020.
O presente artigo de revisão, relata a fundamentação, com base em evidências a incorporação das tecnologias e inovação nos sistemas de saúde, abordados nos dias de hoje e os desafios propostos que devem ser incorporados e implementados como uma ferramenta de gestão no ambiente de saúde.
A tecnologia em saúde é uma ferramenta de grande relevância para a Saúde Pública devido a importância cada vez maior no processo de promoção, diagnóstico e cura de doenças. Essas tecnologias incluem medicamentos, equipamentos, procedimentos, tecnologias biomédicas, cirúrgicas além dos sistemas organizacionais que são ofertados pela organização.
O avanço tecnológico vem crescendo nas últimas décadas, proporcionando melhorias na saúde, na qualidade de vida da população, redução considerável na taxa de mortalidade e de doenças. Com a oferta das novas tecnologias tem gerado um aumento nos custos no setor da saúde, pois torna se necessário um investimento em inovações, que muitas vezes vem de outros países e são bastante onerosos, portanto, além dos benéficos, seus custos e riscos devem ser avaliados no processo de tomada de decisão para aquisição e avaliação da necessidade para disponibilizá-los ao sistema de saúde.
A Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) é um processo que são avaliados os impactos clínicos, sociais e econômicos das tecnologias em saúde, levando em consideração aspectos como: custos, custo- efetividade, eficácia, segurança, efetividade, entre outros. Esses aspectos devem ser avaliados com relevância, pois essas novas tecnologias vão auxiliar os gestores em saúde na tomada de decisões coerentes e racionais quanto à incorporação de tecnologia em saúde emergentes e novas, e o abandono das tradicionais ou obsoletas além de beneficiar toda população com a assertiva da decisão.
A aplicação dessas tecnologias torna um desafio para os gestores, pois requer uma necessidade de averiguação da efetividade, segurança antes da aplicação nos sistemas de saúde, avaliando todos os fatores para uma tomada de decisão. Outro desafio é a parte da implementação pois demanda treinamentos e verba para aquisição.
A institucionalização da atividade de avaliação de tecnologias em saúde ocorreu nos países desenvolvidos a partir dos anos 70, associada à expansão da atenção à saúde e ao desenvolvimento científico e tecnológico em saúde que levou à introdução de muitas novas tecnologias.
A ATS esta ligada ao MBE ( Medicina Baseada em evidencias), a ATS avalia a aplicação de tecnologias de saúde na sociedade mostrando suas consequências direcionando as decisões e a incorporação dessas tecnologias pelos gestores, profissionais e paciente e a MBE consiste em associar a experiência clínica adquirida pela prática médica com as melhores evidências disponíveis, considerando os valores e as circunstâncias individual do paciente com a aplicação da tecnologia de saúde, A ATS é um processo formal para prática da Medicina Baseada em Evidência (MBE).
Atualmente vários países vem implementado a ATS como ferramenta auxiliar na tomada de decisões sobre as novas tecnologias a serem implementadas.
No contexto internacional, a ATS surgiu nos anos 60, configurando-se como um importante instrumento no auxílio à tomada de decisão dos gestores em saúde, assim como dos clínicos, dos chefes de serviços, das organizações de pacientes, do sistema judiciário e dos ministros de saúde.
Com o objetivo de racionalização dos gastos relacionados à incorporação de novas tecnologias no setor de saúde, devido um aumento vertiginoso dos custos, surge o desafio da implantação de politicas e conselhos para gerir da necessidade de aperfeiçoar a avaliação da relação entre custos e benefícios nas tecnologias médicas a partir da década de 80.
Conforme AMORIM, et al. 2011, no Brasil as ATS foram iniciadas na década de 80, assumindo papel crescente nas políticas públicas de saúde e foi impulsionado com a instituição do Conselho de Ciência, tecnologia e Inovação em Saúde (CCTI) pelo Ministério da Saúde em 2003. Após este conselho criou em 2005 um Grupo Permanente de Trabalho em Avaliação de Tecnologias em Saúde (GT/ ATS), coordenado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT), para desenvolver estudos de ATS. É também responsável pela condução de diretrizes e promoção de avaliações tecnológicas em saúde para incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS).
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