Resenha Crítica Paulo Freire - Pedagogia da Autonomia
Por: jaianuzia • 1/3/2020 • Resenha • 803 Palavras (4 Páginas) • 1.015 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA [pic 1]
ESCOLA DE ENFERMAGEM
COORDENAÇÃO ACADÊMICA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Componente Curricular: ENF B19 - EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Discente: Jaianúzia Souza Silva
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à pratica educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. Cap. 2; pág. 21-35.
Paulo Reglus Neves Freire, educador, pedagogista e filósofo brasileiro. Nasceu no Recife, Pernambuco. Por seu empenho em ensinar os mais pobres, tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. Lecionou na Universidade de Harvard (Estados Unidos), e, na década de 1970, foi consultor do Conselho Mundial das Igrejas (CMI), em Genebra (Suíça). Lecionou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989, foi secretário de Educação no Município de São Paulo e ecebeu prêmios como: Educação para a Paz (das Nações Unidas, 1986) e Educador dos Continentes (da Organização dos Estados Americanos, 1992). Autor de Pedagogia do Oprimido, livro que propõe um método de alfabetização dialético.
O capítulo ‘Ensinar não é transferir conhecimento’, trata de uma análise reflexiva de como é feita a passagem do conhecimento entre professores e alunos. Estes devem saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas, criar possibilidades para a sua construção, que é a tarefa de ensinar. Onde o discurso do professor sobre a teoria deve ser o exemplo concreto e prático da teoria. Com isso é exigido deste que pense certo, fazendo uma vigilância constante de evitar os simplismos, as facilidades e as incoerências grosseiras, através de uma rigorosidade metódica. O autor ressalta que pensar certo é uma postura exigente, difícil e muitas vezes penosa, tendo de assumir diante dos outros e com os outros, em relação ao mundo e aos fatos, e que faz proclamar seu próprio equívoco, reconhecer e anunciar a superação a qual sofreu.
Segundo Freire, a consciência de nossa inconclusão torna-nos responsáveis, e essa responsabilidade leva à ética de nossa presença no mundo, por isso, a capacitação dos seres humanos jamais pode ser construída sem a formação ética. Freire traz o inacabamento como sendo a posição de quem luta para não ser apenas objeto, mas, sujeito da história. Professores e alunos conscientes de seu inacabamento, abertos à procura, curiosos, programados para aprender, serão sujeitos e não puros objetos do processo educacional, político e cultural em que estão inseridos. O respeito à autonomia do educando, exige que o professor saiba que não é superior, melhor ou mais inteligentes, apenas porque domina conhecimento que o aluno ainda não sabe. Ensinar exige bom senso. Como educador, precisa-se que seu bom senso avalie todas as situações existentes em sala de aula. Através do bom senso seus discursos devem sempre estar coerentes com sua prática educativa. A capacidade de aprender e ensinar é melhor quando considerado o respeito à autonomia e à dignidade de cada um de forma ética. Por em prática a capacidade de indagar, de comparar, de duvidar, de aferir e, quanto mais curioso for, mais crítico se pode fazer um bom senso. O trabalho do professor deve ser do professor com os seus alunos e não do professor consigo mesmo.
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