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Resenha Pedagogia da Autonomia. Paulo Freire

Por:   •  10/11/2018  •  Resenha  •  2.272 Palavras (10 Páginas)  •  732 Visualizações

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Acadêmico: Luiz Henrique Fonseca

Período: 4º Período

Resenha do livro Pedagogia da Autonomia, autor Paulo Freire.

O autor Paulo Freire nascido em 1921, traz em sua obra “Pedagogia da Autonomia” - Saberes Necessários à Prática Educativa juntou em seu livro alguns conceitos que, na sua opinião, devem nortear o trabalho de educadores e educadoras envolvidos com uma concepção de educação libertadora e humanista, no porem, também referiu este trabalho como forma de reflexão crítica aos educadores conservadores.

Capítulo 1: Não há docência sem discência

De maneira crítica e partindo do contexto educativo no qual o professor produz seu trabalho com os alunos o Freire defende a necessidade de uma continua reflexão crítica sobre a prática pedagógica como forma de afirmar relação entre teoria e prática, potencializando assim a evolução do fazer docente.

Em sua obra Freire expõe os seguintes conceitos necessários ao exercício do educador progressista:

1.1 Ensinar exige rigorosidade metódica; quando o educador democrático possibilita em sua prática docente a criticidade e atenção de todos os envolvidos no processo educativo, provocando os alunos a construírem e reconstruírem novos saberes, tornando-os autores de seu aprendizado. Percebendo assim a relevância do papel mediador do professor que deve ser o de habilitar a pensar e não apenas transferir conhecimentos.

1.2 Ensinar exige pesquisa; quando o educador entende que enquanto ensina continua procurando, buscando e promovendo o respeito e incentivando a capacidade criadora dos alunos.

1.3 Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos; o professor precisa considerar os conhecimentos dos alunos adquiridos ao longo de suas vivências e procurar contextualizar esses conhecimentos com os conteúdos trabalhados, de forma que os alunos possam estabelecer uma relação das disciplinas com sua realidade.

1.4 Ensinar exige criticidade; quando o professor, ao longo de seu fazer docente, promove um interesse que inquieta e indaga, de maneira criticista e nesse processo de procura propicia o desenvolvimento da curiosidade epistemológica no oficio com os alunos.

1.5 Ensinar exige estética e ética; no momento em que o professor encara a experiência educativa como uma forma de caráter formador do ser humano quando aluno, considerando a essência do ser humano e não permitindo que as questões sejam dissociados da constituição moral do aluno.

1.6 Ensinar exige a corporificação das palavras pelo exemplo; quando o professor avança os conteúdos com os alunos em sintonia com o pensar certo e o seu exercer docente também certo de acordo com seu modelo. O professor ensina pelo exemplo da palavra manifestada.

1.7 Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a toda forma de discriminação; quando o professor tem liberdade ao risco, a aceitação do novo, assim como não deve rejeitar o velho apenas por um quesito cronológico, pois o velho que indica uma presença no novo, continua novo. Da mesma forma faz parte do pensar certo do professor a renúncia a qualquer forma de discriminação, mesma que ofende a substantividade do ser humano e recusa radicalmente a democracia. A fundamental tarefa do educador logico que pensa certo é a de instigar o aluno a quem comunica e com quem se comunica a gerar sua própria compreensão do que vem sendo passado através da dialogicidade.

1.8 Ensinar exige análise crítica sobre a prática; no qual o professor ao pensar certo, através de um movimento dinâmico e dialético desenvolve uma prática docente crítica por meio do hábito de fazer e pensar acerca desse fazer. A fala teórica do professor, importante para o ação de uma reflexão crítica a respeito da prática, precisa ser tão concreta que próximo de se confundir com a prática no cotidiano escolar. A análise crítica sobre a ação tem nas formações de professores seu periodo ideal de discussão dialógica.

1.9 Ensinar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural; o professor possibilita ao seu educando condições para o processo de suas relações com seus colegas, com o professor e consigo mesmo a ponto do aluno se reconhecer como ser social e histórico, habilitado a pensar, criar, transformar e também realizar sonhos e sentir raiva por saber amar. Em seu desempenho de educação progressista o professor necessita exercer o respeito pela identidade cultural individual ou de classe dos educandos. Com isso a formação democrática do educando é bastante importante para a construção de uma sociedade menos feia.

Capítulo 2: Ensinar não é transferir conhecimento

Um primeiro saber indicado como necessário ao progresso de uma educação progressista é o de identificar que saber ensinar não é transferir conhecimento, mas sim criar as capacidades para a sua própria produção ou a sua construção.

2.1 Ensinar exige consciência do inacabamento; o professor crítico permite-se aventurar de forma responsável ao conhecimento novo, predisposto à mudanças, à aceitação do contrario e ao exercício consciente do inacabamento frente a vida e da percepção em que faz-se sujeito histórico com os outros e frente a um tempo de possibilidades e não de determinismo.

2.2 Ensinar exige o reconhecimento de ser condicionado; o professor se identifica como um ser instruído e que não se isenta dos resultados das forças sociais, de sua herança genética, cultural, social e como tal um ser inacabado. Alguém capaz de lutar para não ser somente objeto, mas sujeito de sua história. De maneira a reconhecer a si mesmo na inconclusão de sujeito incompleto em um permanente processo social de busca admitindo em sua prática educativa sua inconclusão enquanto docente.

2.3 Ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando; o professor ao se reconhecer em seu aprimoramento e respeitando isso, consegue realizar em sua prática educativa o respeito à autonomia, à identidade e a dignidade de cada um como um imperativo ético e não um favor para oferecer aos alunos.

2.4 Ensinar exige bom senso; o professor ao preservar uma vigilância do seu bom senso, compreende a importância deste durante a consideração de sua prática pedagógica. Ao identificar que de nada serve articular sobre liberdade e democracia ao mesmo tempo que determina sua autoridade de maneira arrogante e despreza a dignidade, a autonomia e a identidade do educando.

2.5 Ensinar exige humildade, tolerância e luta em proteção dos direitos dos educadores; no momento em que o professor luta em defesa de seus direitos e de sua dignidade e compreende esse importante

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