Resenha - Filme Florence Nightingale
Por: michelcebr458796 • 17/1/2019 • Resenha • 667 Palavras (3 Páginas) • 941 Visualizações
UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA – UNILAB[pic 1]
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA – BASES TEÓRICAS DA ENFERMAGEM
PROF. DR.ª EMÍLIA SOARES CHAVES ROUBERTE
Resumo elaborado por André Gonga Gaspar Franco, Ana Caroline Sousa de Azevedo, Emanuelle Ribeiro dos Santos, Francisco Baltazar Venâncio, Mateus Mota Ferreira, M’pina Té, Yago Rodrigues de Sales
TEORIA AMBIENTALISTA DO CUIDADO – FLORENCE NIGHTINGALE
O presente trabalho objetiva apresentar um resumo da temática tratada no seminário integrado acerca da Teoria Ambientalista de Florence Nightingale, pioneira da enfermagem moderna, abordando sua fundamentação histórica e filosófica, além de aspectos inerentes ao corpo de sua teoria. O contexto vivenciado por Florence durante a Guerra da Crimeia, conflito entre o Império Russo e Império Otomano (junto ao Reino Unido, França e o Reino da Sardenha), estimulou sua observação em relação aos aspectos relacionados ao ambiente, no cuidado e cura dos soldados feridos. Como o nome da própria teoria já afirma, seu principal foco é o ambiente e como suas condições afetam o processo saúde-doença do indivíduo. Conceitua-se ambiente como sendo “o local no qual se encontra o doente e/ou os familiares, compreendendo as instituições de saúde e o domicílio, e considerando seus componentes físico, social e psicológico, os quais precisam ser entendidos como inter-relacionados”. No cenário da guerra, onde as condições insalubres resultavam em altas taxas de mortalidade, Florence realizou drásticas mudanças, proporcionando condições ambientais que fundamentam sua teoria, como higienização, alimentação adequada e iluminação, diminuindo notoriamente a mortalidade dos soldados feridos em combate. Por suas vigílias noturnas, ficou conhecida como a “dama da lâmpada”. Com sua constante observação e análise, começou a organizar um registro sistemático e minucioso sobre a vida hospitalar, que lhe permitiu estudar as causas de morte e introduzir medidas para melhorar as condições higiênico-sanitárias dos hospitais, elementos de relação direta com as ideias de ambiente saudável e local saudável. Em sua atuação no hospital que recebia os feridos da guerra, medidas como as reformas no abastecimento de água (que se encontrava contaminada), a higiene e ventilação das instalações, dentre outras, levaram a uma redução surpreendente das taxas de mortalidade ao fim de alguns meses. Concebeu um método de representação gráfica que permitia ver rapidamente a evolução das taxas de mortalidade devidas às diferentes causas. Estes gráficos eram circulares, com 12 secções angulares correspondentes aos 12 meses do ano, coloridas a 3 cores, com áreas proporcionais às mortes devidas respectivamente à infeções hospitalares (azul), ferimentos de guerra (vermelho) e outras causas (preto), em cada mês. Quando a guerra da Crimeia terminou, a parte azul dos gráficos encontrava-se drasticamente reduzida, e o papel da estatística médico-hospitalar, na qual foi pioneira, tornou-se indiscutível. Florence provocou também uma grande revolução na ideia acerca da figura da enfermeira na época, reconhecendo fragilidades e potencialidades de sua atuação, tendo em vista a fundação da enfermagem enquanto profissão, propondo a formação profissional para as enfermeiras, as quais passaram a ser vistas como as responsáveis por colocar o indivíduo na melhor condição à ação da natureza, que se dá basicamente, por meio do impacto sobre o ambiente. Para ela, cuidar era o mínimo, dentre as funções para as quais a enfermeira fora designada. Como visto, de modo geral, a Teoria Ambientalista de Florence Nightingale associa o estado de saúde do paciente aos fatores ambientais, percebidos por meio da observação e coleta de dados. É notável a importância e o impacto desta para a Enfermagem como campo de pesquisa e ensino. Atenta-se para a Promoção da Ciência em Saúde Pública além dos aspectos relacionados à Administração Hospitalar e Saúde Comunitária.
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