SAUDE DA CRIANÇA
Por: Graziela Mello • 5/6/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 317 Palavras (2 Páginas) • 271 Visualizações
A escolha da forma de repor o K+ irá depender da magnitude do déficit. Deve-se sempre ter em mente o tratamento etiológico do distúrbio. É necessário também abordar fatores complicantes (distúrbios ácido-básicos, doenças renais) associados que possam interferir com a distribuição e a excreção do K+. Assim:
Na forma leve ([K+] de 3.0 a 3.5 mEq/l), recomenda-se, a princípio, apenas aumento do conteúdo de K+ na dieta;
Na forma moderada ([K+] de 2.5 a 3.0 mEq/l), caso não haja restrições ao uso da via oral, pode-se tentar a suplementação oral, utilizando-se xarope de KCl ou ampolas de KCL, em doses que podem variar de 2 a 6 mEq/Kg/dia;
Na forma severa ([K+] < 2.5 mEq/l), deve ser utilizada a via venosa, numa taxa de infusão de 0.2 a 0.6 mEq/Kg/h em 2 a 6 horas numa [K+] < 60-70 mEq/l.
Observações:
a) Os valores utilizados acima para definir a gravidade dos distúrbios do potássio são válidos para crianças acima de dois anos, pois, para recém-nascidos e lactentes, as concentrações séricas de potássio são mais elevadas, como pode ser visto no quadro abaixo:
Idade (anos)
[K+] mEq/L
0-4 meses
5.2 ± 0.8
5-12 meses
4.9 ± 0.5
3-10 anos
4.2 ± 0.5
11-20 anos
4.3 ± 0.3
b) Convém destacar que o K+ não deve ser diluído em soluções glicosadas ou ricas em Na+, recomendando-se, de preferência, a diluição em ABD. Pois, ao se utilizar soluções glicolisadas, produz-se a liberação de insulina e a entrada de K+ para o interior da célula. Quando o K+ é diluído numa solução rica em sódio, desencadeia-se um aumento da excreção renal de K+ com o aumento das [Na+] que chegam aos túbulos distais dos rins.
...