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SISTEMA DE REABSORÇÃO E DRENAGEM GERADO PELO SISTEMA RENAL

Por:   •  26/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.158 Palavras (9 Páginas)  •  511 Visualizações

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                                          INTRODUÇÃO

 

                 Neste trabalho irei falar sobre o Sistema de reabsorção e drenagem gerado pelo sistema renal, enfatizando a anatomia e fisiologia renal e a função renal, explicando seu funcionamento e as suas funções.

                 SISTEMA DE REABSORÇÃO E DRENAGEM GERADO PELO SISTEMA RENAL

Anatomia e Fisiologia Renal

 

                Os rins fazem parte do sistema urinário que é composto também por um par de ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra. Os rins estão localizados no espaço retroperitoneal com os seus pólos superiores e inferiores opostos à décima segunda vértebra torácica e terceira vértebra lombar. O rim direito geralmente é mais baixo que o esquerdo. Cada rim adulto pesa em torno de 130 a 170 gramas e mede de 11 a 13 cm de comprimento, de 5 a 7,5 cm de largura e de 2,5 a 3 cm de espessura.

                Assim, o rim é composto pelo córtex renal, uma camada mais externa, e a medula renal, uma camada mais interna. O córtex emite projeções para a medula denominadas colunas renais, que separam porções cônicas da medula chamadas pirâmides.

                Os rins filtram diariamente 180 litros/dia de plasma (125 ml/minuto) e absorvem mais de 99% deste filtrado, restando em média 1,5 litros do produto final da ultrafiltração, que é a urina.

                As pirâmides têm bases voltadas para o córtex e ápices voltados para a medula, sendo que seus ápices são denominados papilas renais. É na papila que desembocam os ductos coletores pelos quais a urina escoa atingindo a pelve renal e o ureter. A pelve é a extremidade dilatada do ureter e está dividida em dois ou três tubos chamados cálices maiores, os quais se subdividem em um número variado de cálices menores. Cada cálice menor apresenta um encaixe em forma de taça com a papila renal.

                Além disso, cada rim é constituído por cerca de 01 milhão de pequenas estruturas chamadas néfrons (Anexo B). O néfron é uma longa estrutura tubular microscópica e é formado pela cápsula de Bowman, pelo glomérulo, túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal e túbulo colector. O glomérulo e a cápsula de Bowman formam uma estrutura denominada corpúsculo de Malpighi.  

                O glomérulo encontra-se envolto por um cálice de paredes duplas chamadas cápsula de Bowman. Apresenta-se sob a forma de um tufo de capilares que são supridos por sangue de uma arteríola aferente e drenados por uma arteríola eferente. A pressão de sangue determina a rapidez e a pressão com que o sangue passa através do glomérulo, e à medida que o sangue passa por ele ocorre a filtração. Aproximadamente 20% do plasma que passa através do glomérulo são filtrados pelo néfron (aproximadamente 180 litros de filtrado por dia). A taxa de filtração glomerular (TFG) de um adulto normal é cerca de 120 ml/minuto. O glomérulo possui uma barreira glomerular, que é constituída por três camadas que são: endotélio fenestrado do capilar glomerular, membrana basal e células epiteliais especializadas (podócitos), essa cobre os capilares e com suas projeções citoplasmáticas, formando inúmeras fendas de filtração, é assim que a barreira permite a passagem seletiva de água e pequenos solutos. Outro fator é a molécula de carga negativa, que apresentam uma menor taxa de filtração com relação aos cátions, devido à negatividade da barreira glomerular, assim como alterações na estrutura da barreira podem levar a uma série de doenças renais, dentre elas as glomerulonefrites primárias.

                Cerca de 80% do filtrado retorna para a corrente sanguínea por reabsorção do túbulo proximal (glicose, aminoácidos, sódio, cloretos e outros eletrólitos e ácido úrico). O túbulo contornado proximal inicia por um segmento curto que se une ao folheto externo da cápsula de Bowman e enovela-se formando uma porção contornada. Sua estrutura é permeável à água e solutos. Sua parede possui células com pequenas microvilosidades, onde são reabsorvidas e dirigidas as proteínas dos filtrados. O túbulo proximal dá continuidade à estrutura chamada alça de Henle, que se origina de uma porção grossa chamada descendente, essa continuidade do túbulo proximal possui diâmetro maior em relação à porção que continua. A porção da alça que vem logo a seguir apresenta um diâmetro bem menor em relação à porção descendente e com raras

microvilosidades. Segue num ramo ascendente até o início do túbulo distal, seu comprimento é variável, na alça de Henle o filtrado torna-se concentrado.  

                

                O túbulo contornado distal inicia-se em um segmento do ramo ascendente da alça de Henle. Tem uma porção reta que vai em direção ao glomérulo daquele néfron, sofrendo mudanças na forma e novamente enovelando-se. Sua estrutura é semelhante à do proximal, porém diferencia-se por apresentar escassas microvilosidades. O túbulo distal é também mais curto que o proximal desembocando nos ductos coletores. Aqui nesta porção novamente o sódio é reabsorvido.

                Assim, os ductos coletores reabsorvem menos de 10% da água e do sódio filtrados, constituem o local final de processamento da urina, portanto desempenham papel extremamente importante na determinação do débito urinário final de água e solutos, são eles: Coletor medular - reabsorve ou secreta potássio, dependendo da situação metabólica, reabsorve uréia; Coletor cortical - secreta potássio, sendo a principal fonte do potássio urinário.  

FUNÇÃO RENAL

                A função básica do rim é limpar o plasma sanguíneo de substâncias indesejáveis ao organismo, por exemplo, os produtos finais do metabolismo, como a uréia, creatinina e ácido úrico. O mecanismo principal pelo qual o rim limpa o plasma dessas substâncias indesejáveis é a filtração. Ainda é função renal fabricar hormônios para controlar a pressão arterial, fabricação de glóbulos vermelhos e a fixação da vitamina D. Outra função renal é a regulação da excreção de eletrólitos (excreção de água), quando os sistemas tampões ou os mecanismos respiratórios são insuficientes para excretar o ácido é o rim quem assume essa função, pois ele é capaz de excretar grandes quantidades de ácido numa forma combinada e sem reduzir o pH da urina, embora o faça mais lentamente. A regulação e excreção do sódio dependem da aldosterona, hormônio sintetizado e liberado pela glândula supra-renal. Quando há aumento do nível de aldosterona no sangue, menos sódio é excretado na urina. No entanto, a liberação de aldosterona no córtex renal depende da angiotensina, hormônio produzido no fígado e ativado no pulmão. Seus níveis são controlados pela renina, hormônio liberado por células do rim. Este complexo é ativado quando cai a pressão das arteríolas renais abaixo dos níveis normais. Sua ativação aumenta a retenção de água e expansão do volume de líquido intravascular.

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