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Saude da criança

Por:   •  17/12/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.658 Palavras (7 Páginas)  •  412 Visualizações

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Universidade Federal de Uberlândia

Faculdade de Medicina

Curso de Graduação em Enfermagem

Professora Lori Anísio de Aquino

Kariny Naves de Oliveira

Estudo Dirigido

Uberlândia

2014

  1. É de extrema importância que o profissional de saúde não veja a criança como um ser isolado, mas inserido em um contexto familiar. Deve prestar atenção nas relações familiares com a criança e como esses se dispõem a cuidar dela. A enfermagem precisa estar atenta às possíveis dificuldades que essa nova família possa vir encontrar e auxiliar os pais na construção de vínculos e fortalecimento desses laços. O profissional de saúde deve estar atento também às novas configurações familiares e ao papel ocupado pelas avós, que têm sido, em muitas famílias, as principais cuidadoras.

  1. A época ideal para realizar a primeira consulta do RN é na sua primeira semana de vida, momento propício de auxílio da família com o aleitamento materno exclusivo, para orientar e realizar imunizações, verificar a realização da triagem neonatal e reforçar o apoio familiar. Nas consulta, deve ser realizado uma anamnese, seguida de um exame físico completo, realizar todas as avaliações, avaliando situações de risco e vulnerabilidade, orientar os pais sobre o perigo que o neonato apresenta antes de 2 meses de vida, fazer orientações gerais sobre os cuidados com RN,  atentar quanto a prevenção de acidentes e orientar sobre a importância da realização do teste do pezinho, sobre o calendário de vacinas e o calendário de consultas.

  1. O Ministério da Saúde recomenda sete consultas de rotina no primeiro ano de vida (na 1ª semana, no 1º mês, 2º mês, 4º mês, 6º mês, 9º mês e 12º mês), além de duas consultas no 2º ano de vida (no 18º e no 24º mês) e, a partir do 2º ano de vida, consultas anuais, próximas ao mês do aniversário. Essas faixas etárias são selecionadas porque representam momentos de oferta de imunizações e de orientações de promoção de saúde e prevenção de doenças. As crianças que necessitem de maior atenção devem ser vistas com maior frequência.
  1. Em consultas de atenção básica, aborda-se quatro itens fundamentais: dar atenção à queixa principal, revisar os problemas já apresentados, enfatizar a prevenção e a promoção oportunas e estimular a mudança de hábito na busca por cuidado. Orientar quanto a posição para dormir, prevenção de infecção viral respiratória, aconselhar a realização de atividades físicas, sem álcool, melhorar hábitos alimentares e prevenir lesões não intencionais.  
  1. O crescimento é um processo dinâmico e contínuo, expresso pelo aumento do volume corporal.
  1. É influenciado por fatores intrínsecos e extrínsecos. Os intrínsecos são os genéticos e os extrínsecos (ambientais) são os que englobam: alimentação, higiene, saúde, cuidados gerais com a criança, habitação. O crescimento uterino também deve ser valorizado, pois alterações no crescimento fetal surtem efeitos na saúde do adulto segundo alguns estudos.
  1. O acompanhamento do crescimento infantil é importante para que se possa registrar o peso periodicamente, a estatura e o Índice de Massa Corporal. Caderneta de Saúde da Criança utiliza como parâmetros para avaliação do crescimento de crianças (menores de 10 anos) os seguintes gráficos: perímetro cefálico (de zero a 2 anos), peso para a idade (de zero a 2 anos, de 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos), comprimento/estatura para a idade (de zero a 2 anos, de 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos), índice de massa corporal (IMC) para a idade (de zero a 2 anos, de 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos).
  1. O acompanhamento ideal de recém-nascidos pré-termos exige a utilização de curvas específicas. A idade pós-concepção traduz o ajuste da idade cronológica em função do grau de prematuridade. Considerando-se que o ideal seria nascer com 40 semanas de idade gestacional, deve-se descontar o número de semanas que faltaram para o feto atingir tal IG, sendo assim, para uma criança nascida com 36 semanas, o peso aos 2 meses será registrado na idade de um mês.
  1. É um conceito amplo resultado de uma complexa transformação dinâmica, contínua e progressiva que inclui além do crescimento, a maturação, a aprendizagem e os aspectos psíquicos e sociais.
  1. Há o predomínio do tônus flexor preensão reflexa por volta dos 2 meses, melhor percepção do rosto, sorriso social, ficar de bruços levantando cabeça e ombros, aumento do campo de visão, preensão voluntária das mãos por volta dos 4 meses, noção de profundidade, sentar sem apoio, arrastar, engatinhar, apresenta reações a pessoas estranhas, ficar em pé sem apoio, anda sozinho, correr e subir degraus, se reconhecer no espelho, vestir com auxílio, inventar histórias, pensar com lógica por volta dos 6 anos, desenvolvimento de julgamento,influencia dos pares por volta dos 7 anos e a partir dos 10 anos ocorrem mudanças relacionadas a puberdade e há um estirão de crescimento.
  1. O período corresponde a até 30 dias e um volume de 60 a 120 ml e de 6 a 8 refeições por dia. De 30 a 60 dias é indicado 120 a 150 ml de 6 a 8 refeições por dia. De 2 a 4 meses, entre 150 e 180 ml e de 5 a 6 refeições por dia. De 4 a 8 meses, um volume de 180 a 200 ml e de 2 a 3 refeições diárias. Acima de 8 meses é recomendado 200 ml e de 2 a 3 refeições diárias.
  1. Para crianças amamentadas é recomendado o leite materno exclusivamente até os 6 meses de idade. Após completar 6 meses, além do leite materno, acrescentar papas de frutas e papas salgadas. Ao completar 7 meses, leite materno por livre demanda e papas de frutas e salgadas. Aos 12 meses, além do leite materno por livre demanda, acrescentar refeição básica da família, frutas, pão simples, tubérculo ou cereal. Para crianças não amamentadas, do nascimento até completar 4 meses, alimentação láctea. Ao completar 4 meses, acrescentar leite, papa de fruta e papa salgada. Ao completar 8 meses: leite, frutas, papa salgada ou refeição básica da família. Por fim, aos 12 meses, leite, frutas, cereal ou tubérculo, papa salgada ou refeição básica da família.
  • Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento;
  • A partir dos seis meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais;
  • Após seis meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas, legumes) três vezes ao dia, se a criança receber leite materno, e cinco vezes ao dia, se estiver desmamada;
  • A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança;
  • A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; começar com consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família;
  • Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida;
  • Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições;
  • Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação;
  • Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos: garantir o seu armazenamento e conservação adequados;
  • Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação;

        

  1. De 0 a 6 meses deve-se projetar o berço e o cercado com grades altas com no máximo 6cm entre elas. Nunca deixe a criança sozinha em cima de qualquer móvel, nem por um segundo, jamais deixe a criança sob os cuidados de outra criança, no banho, verifique a temperatura da água (o ideal é 37ºC), enquanto estiver com a criança no colo, não tome líquidos quentes, evite fumar dentro de casa, principalmente com a criança no colo; nunca deixe a criança sozinha na banheira; nunca dê à criança um remédio que não tenha sido receitado pelo médico; a criança deve ser transportada no bebê-conforto ou no assento infantil;

        De 6 meses a 1 ano: coloque protetores nas tomadas e nos fios elétricos, deixando-os longe do alcance de crianças; coloque, nas janelas, redes de proteção ou grades que possam ser abertas em casos de incêndio, instale barreiras de proteção nas escadas, certifique-se de que o tanque de lavar roupas está bem fixo, para evitar acidentes; afaste sacos plásticos, cordões e fios; não deixe as crianças sozinhas perto de baldes, tanques, poços e piscinas; mantenha produtos de limpeza e medicamentos fora do alcance das crianças, em locais altos e trancados;

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