Saúde Mental um Bicho de 7 cabeças

           Bicho de sete cabeças

O filme conta a história de Neto, personagem de Rodrigo Santoro.

Mostra a vida deste jovem, que começa a ter atitudes suspeitas possivelmente referentes ao uso de drogas. Depois de confirmado a suspeita que foi quando seu pai encontrou um cigarro de maconha em suas coisas, sem nem se quer conversar sobre o assunto.                                                       Simplesmente seu pai, o convida para visitar um suposto amigo que estava hospitalizado e quando o adolescente chega ao local que é na verdade um manicômio onde o adolescente é deixado pelo pai sem nenhuma ideia do que estava acontecendo e o que estava por vir. La ele é tratado de maneira impiedosa e desumana. A violência sádica dos enfermeiros, que usam todos os recursos do hospício para subjugar os pacientes, desde a antiga camisa de força, o quarto forte e o eletrochoque, terrível arma que apaga a memória imediata.                                                                                               Esse adolescente não encontrou apoio algum no âmbito familiar.

No filme o médico só aparecia uma vez por semana, nem ouvia os pacientes mostrando total desprezo e descaso.

Entre internações e tentativas de se reestabelecer e se reintegrar à sociedade, Neto passa por diversas situações, convivendo no seu dia-a-dia com o preconceito, os medos, a insegurança e as sequelas causadas pelos intensos e absurdos tratamentos utilizados na tentativa de ser “salvo”.

Em uma das internações Neto entra em desespero total que o levou a tentativa de suicídio, ateando fogo num pequeno cubículo escuro onde se encontrava. Quanto mais tempo no hospício, mais Neto vai ficando debilitado, mental e fisicamente.

O manicômio, que supostamente deveria curar o paciente, acaba por deixá-lo pior, sem nenhum estímulo para o intelecto nem para o físico, e com funcionários violentos, resta-lhe apenas isolar-se em seu próprio mundo.

No meu ponto de vista, a internação deste jovem não poderia ter sido feita, por que o jovem não passou por nenhum profissional que comprovasse a real necessidade de uma internação no manicômio.

Neto foi jogado lá sem ter realizado nenhum exame ou consulta médica com base e critério no único fato de portar um cigarro de maconha.

O que me deixou perplexa também, foi que além do jovem nunca ter sido ouvido, ter sido desrespeitado de todas as formas que um ser humano podia se, em nenhum momento demostraram preocupação em reintegrar este jovem na sociedade, ele não recebeu nenhum tipo de acompanhamento psicológico.