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TRANSTORNO DISMÓRFICO CORPORAL

Por:   •  17/4/2015  •  Seminário  •  2.388 Palavras (10 Páginas)  •  397 Visualizações

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Transtorno Dismórfico Corporal

Estudo de Caso

[pic 1]

Universidades Metropolitanas Unidas – FMU - 2014

Curso de Pós Graduação em Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental

SUMÁRIO

Apresentação do caso        3

Definição e critérios diagnósticos         4

Quais são as Causas do TDC?         

Aspectos Demográficos        7

Venlafaxina x Transtorno Dismórfico Corporal        7

Diagnósticos de enfermagem        9

Intervenções de Enfermagem        10

Bibliografia        11

Alunas:

Sonia Maria Araújo Lima.................................................RA: 1131213

Vanessa Salvador Lachi..................................................RA: 1163014


Apresentação do caso

C., 39 anos, sexo feminino, solteira, de nivel universitário. Refere que há dez anos, sem motivo aparente, apresentou varíos episódios sequenciais de tontura, opressão no peito, insônia, medo de ficar sozinha. Nessa época, foi medicada com clomipramina obtendo melhora dos sintomas.

Há cerca de dois meses, ao achar que a musculatura da face se tornava flácida, colocava na boca um dispositivo metálico, como se fosse uma mola que distendia suas bochechas, fazia diariamente uma série de exercicios, começou nesse mesmo período sentir-se insegura, não saía na rua, deixou de dirigir e passava a maioria do tempo trancada no seu quarto.

        

Notou contrações faciais involuntárias, ao ponto de apresentar dificuldade para falar. Passou a se olhar constantemente ao espelho com a nítida impressão de que suas faces estavam caídas, sempre questionando aos familiares, “eles se recusam e enxergar” as alterações. Está firmente convencida de que a musculatura da face está flacida e de que as bochecas desabaram.

Durante a consulta, toca constantemente o rosto, como se quisesse manter os músculos elevados. Refere também insônia e incapacitade de se relacionar com pessoas do sexo masculino, afastou-se do convívio social e apresenta falta de motivação. Não há antecendentes psiquiátricos entre os familiares. A paciente refere com insistência que não só a face está flácia e caída, mas também os seios e os glúteos.

Realizou psicoterapia há dez anos, frequentou durante três meses, a motivação para procura desse tratamento foi timidez, insegurança e crises de pânico, além das dificuldades interpessoais. Faz uso de alprazolam, para reduzir sua ansiedade e insônia.

Ao exame clínico, observa-se uma mulher jovem, de boa aparência, bem vestida, comunicando-se normalmente e orientada. Em consulta com psiquiatra, o mesmo realizou exame da face e não encontrou alterações na pele e seu tônus muscular da face é normal e simétrico, também não há nenhuma evidência de que tenha alterações nos seios ou nádegas.

Depois de realizados os exames, cujos resultados deram normais, começou tratamento com 75 mg de venlafaxina/dia, obtendo melhora na primeira semana do tratamento, no entanto, a paciente demonstrou desanimo e isolamento, constanto assim, a ausencia de melhora significativa, levando ao aumento da dosagem de 75 mg uma vez ao dia para duas vezes ao dia e após 30 dias houve uma nova avaliação onde verificou que a paciente estava assintomática.

Definição e Critérios Diagnósticos

O Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), síndrome da distorção da imagem ou simplesmente dismorfofobia é uma preocupação obsessiva com algum defeito corporal suposto ou de mínima realidade, que afeta a aparência física. O termo dismorfia é uma palavra grega que significa “feiúra”, especialmente na face. Com maior frequência esta condição mórbida ocorre nos adolescentes de ambos os sexos, mas pode ocorrer também em adultos, principalmente nas mulheres.

O transtorno dismórfico corporal é constituído por pensamentos praticamente delirantes, com características obsessivas, resistentes a todas as demonstrações objetivas em contrário (opinião das demais pessoas, espelhos, balanças, fotos etc.), além de serem intrusivos à consciência e em geral acompanhados por rituais, características que são, também, muito semelhantes a pensamentos obsessivos.

No estudo relatado a Doutora em Ciencia da Saúde Archett. L. Referiu-se que apesar de descrito há mais de um século o Transtorno Dismófico Corporal – TDC, não foi incluido nos sistemas diagnósticos até 1980 e sua clasificação é até hoje discutida. Durante muito tempo, foi considerado sintoma de doenças psiquiatrica, tais como, esquizofrenia, transtornos de humor ou transtornos de personalidade.

Mais recentemente, o TDC tem sido reconhecido como uma síndrome específica de possivél categoria diagnóstica autônoma ou como manifestação do chamado aspectro do Transtorno Obsessivo Compulsico – TOC, que envolve transtornos que apresentam características psicopatologicas, de evolução cliníca padrão de comorbidades e respostas aos tratamentos semelhantes ao TDC.

Quais são as causas do transtorno dismórfico corporal?

As causas do transtorno dismórfico corporal são bastante discutíveis. Há duas teorias diferentes: uma biológica e outra psicológica. A teoria biológica sugere que haja um aspecto genético e que o distúrbio se acompanha de um desequilíbrio da serotonina ou de outros neurotransmissores no cérebro. Há também relato de casos que tiveram início pós-encefalite ou pós-meningite. A explicação psicológica aponta para uma baixa autoestima; deficiência de carinho e aprovação na infância, levando a uma autocrítica destrutiva e a sentimentos de abandono.

Os adolescentes podem ter medo de ficar sozinhos e isolados por toda sua vida ou acreditar que serão inúteis se não conseguirem corrigir aspectos da sua aparência. Eles desejam uma perfeição ideal em sua aparência, o que é impossível. Uma vez que a doença tenha se desenvolvido, ela é mantida pela excessiva atenção que a pessoa dedica a um comportamento autocentrado, como verificar o “defeito” percebido e fazer comparações com outras pessoas.

A descoberta da genética do transtorno dismórfico corporal, revelaram que os fatores génteticos parecem desempenhar importante papel na etiologia do TDC, como evidenciado pelos padrões de hereditariedade conforme observados em sua pesquisa.

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