Transplante hepatico e controle de infecção
Por: Roberta Garcia • 17/5/2015 • Resenha • 773 Palavras (4 Páginas) • 365 Visualizações
INFECÇÕES HOSPITALARES EM TRANSPLANTE HEPÁTICO
A maioria das infecções em transplantes de órgãos sólidos são de origem endógena, mas também podem estar relacionadas ao doador ou serem de fontes exógenas. As infecções exógenas podem ser adquiridas do ambiente, do material médico- hospitalar, dos profissionais ou de outros pacientes.
As infecções em transplantes de órgãos sólidos ocorrem mais frequentemente durante os primeiros trinta dias após o transplante. Geralmente é uma consequência primária da cirurgia, da aquisição hospitalar e raramente da reativação de infecção latente.
Durante este período a infecção bacteriana é a mais comum, sendo as mais frequentes: infecção relacionada ao catéter vascular, pneumonia hospitalar e infecção do sítio cirúrgico. As infecções fúngicas mais encontradas no primeiro mês são: candidíase e aspergilose. A única infecção viral significante dentro dos primeiros trinta dias é o HSV.
A maioria das infecções que ocorrem entre 30 e 180 dias após o transplante são infecções oportunistas relacionadas com o efeito da imunossupressão, sendo: CMV, Pneumocystis carinii, Aspergillus sp, Nocardia sp, Toxoplasma gondii e Lysteria monocitogenes.
Após seis meses do transplante são infecções tipicamente comunitárias, similar as que ocorrem na população em geral, com exceção do paciente que requer imunossupressão agressiva.
RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES HOSPITALARES EM TRANSPLANTE HEPÁTICO
1. Manter o paciente em quarto individual até três meses após o transplante: dentro do quarto do paciente utilizar máscara cirúrgica e se entrar em contato com o paciente, utilizar avental de contato e luva de procedimento;
2. O quarto deverá ser distante de local em reforma pelo risco de presença de fungos na poeira. Janelas deverão possuir tela para evitar a entrada de insetos e reduzir entrada de poeira. Manter a porta do quarto sempre fechada;
3. Higienizar as mãos antes de entrar no quarto/box do paciente. Ao entrar no quarto fazer fricção das mãos com álcool 70%;
4. Evitar a saída do paciente do quarto, porém se for necessário o paciente deverá utilizar máscara cirúrgica;
5. Servir ao paciente apenas alimentos cozidos e água mineral ou fervida;
6. Retirar sondas e catéteres o mais precoce possível;
7. Antibióticoprofilaxia: iniciar na indução anestésica – cefotaxima 1g +ampicilina 1g de 6/6horas por até 48 horas após a cirurgia;
8. Seguir demais infecções do SCIH para prevenção de infecção do sítio cirúrgico (em anexo).
RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO
DE SÍTIO CIRÚRGICO
PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO
1. Manter o período de internamento pré-operatório o menor possível;
2. Sempre que possível tratar qualquer infecção prévia antes da cirurgia;
3. Controlar níveis de glicemia em pacientes diabéticos;
4. Orientar o paciente a suspender o uso de fumo por 30 dias antes da cirurgia;
5. Orientar o paciente a tomar banho com água e sabão na noite anterior da cirurgia. Usar anti-séptico apenas para cirurgias de implante de prótese e grande porte;
6. Antes de cirurgias colorretais eletivas, preparar mecanicamente o cólon.
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