Tripanossomíase Americana
Por: laailasantos1 • 14/5/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 732 Palavras (3 Páginas) • 302 Visualizações
Tripanossomíase americana
Agente etiológico: Trypanosoma cruzi
Antroponose de transmissão clássica vetorial intradomiciliar
Vetor: Triatomíneos
Descrita por Carlos Ribeiro Justiniano Chagas (Oliveira)
1909 → Lassance – MG
Berenice de 2 anos de idade → 1º caso humano descrito
Faleceu aos 75 anos
Limitada às Américas
Altas taxas de morbidade e mortalidade
Vetor
Hospedeiro Intermediário: Triatomíneos
Hábito noturno
Habitat: frestas
Morfologia
Hospedeiro invertebrado:
Esferomastígotas – forma arredondada com flagelo livre e ao redor da célula
no estômago e intestino
Epimastígota – forma alongada com pequena membranaondulante lateral
presente em todo o intestino
Tripomastígotas metaciclícos
presentes no reto
forma infectante
hospedeiro vertebrado
Tripomastigota – forma alongada com cinetoplasto posterior ao núcleo, flagelo forma extensa membrana ondulante e torna-se livre na porção anterior da célula
extracelular no sangue circulante
Amastigota – forma arredondada ou oval com flagelo curto que não exterioriza
presente nas células
ciclo biológico
heteroxenico
Fase de multiplicação intracelular no hospedeiro vertebrado - homem e mamíferos (tatu, cão, gato, gambás, morcegos, ratos, macacos, coelhos)
Fase de multiplicação extracelular no inseto vetor → triatomíneos (barbeiros)
insetos das espécies Triatoma infestans, Panstrongylus megistus e Rhodnius prolixus
transmissão
Penetração de tripomastígotas metacíclicos presentes nas fezes e urina do vetor infectado
Transfusões de sangue
Congênita → ninhos de amastígota na placenta
Infecções acidentais em laboratórios
Transmissão oral → amamentação (fase aguda), alimentos infectados contaminados com fezes ou urina dos triatomíneos (caldo de açaí e cana)
Penetração pela mucosa da boca íntegra ou lesionada
Transplante de órgãos → pode causar fase aguda grave devido a imunossupressão
Patogênese e Patologia
Fase aguda:
Inflamação aguda focal → liberação das formas intracelulares íntegras ou degeneradas e outras substâncias
Alta parasitemia → ninho de amastígotas nas células
Rompimento de ninhos → focos inflamatórios → inflamação difusa e grave → morte em casos de miocardite e meningoencefalite
Aumento da área cardíaca → hidropericárdio, coração globoso, flácido e congesto → inflamação dos três folhetos
Fase crônica:
Forma cardíaca:
Miocardite crônica fibrosante, despopulação neuronal devido à perineurite, periganglionite e ganglionite
Forma digestiva:
Parasitismo das células musculares e dos neurônios dos plexos nevosos na fase aguda
Miosite, periganglionite, ganglionite, perineurite e neurite, fibrilopoese focal e difusa, hipertrofia das células musculares íntegras, inflamação crônica da mucosa e submucosa
Sinais e sintomas
Fase aguda:
Período de incubação: 4 a 10 dias após a picada
Manifestações locais: 50% dos casos
Regressão em 1 a 2 meses
Fase aguda:
Manifestações gerais:
Linfadenite satélite → associada às manifestações de inoculação
Febre prolongada
Edema localizado e generalizado
Hipertrofia dos glânglios linfáticos (poliadenia)
Hepatomegalia
Esplenomegalia
Miocardite aguda difusa → insufiência cardíaca → falência cardíaca
Alterações neurológicas → meningoencefalite
Crianças muito jovens e pacientes imunossuprimidos
Letalidade: 2 a 7%
Via oral → evolução fatal em poucos dias
Fase crônica assintomática: fase subclínica ou indeterminada → 50 a 69% dos pacientes
10 a 30 anos após infecção
Exames sorológicos e parasitológicos positivos
Sem sintomas nem lesões viscerais
Coração, esôfago e cólon radiologicamente normais
Cardite discreta mas intensa denervação do SNA
Relação com casos de morte súbita
30% dos chagásicos por toda vida
Fase crônica sintomática:
Intensa mudança da fisionomia anatômica do miocárdio e tubo digestivo
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