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A Anemia é definida como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal

Por:   •  13/11/2017  •  Resenha  •  3.451 Palavras (14 Páginas)  •  872 Visualizações

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Anemia:

Anemia é definida como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais, seja qual for a causa dessa deficiência.

São muitas as causas de anemia, e a escolha de investigação imediata deve ser regida pelo volume corpuscular médio (VCM) e a morfologia dos eritrócitos. Apesar de certo grau de superposição, a anemia pode ser classificada em três categorias:

[pic 1]

                                                                                                        

Classificação das Anemias:

[pic 2]

Anemia microcítica  (Vcm < 80 Fl):

É caracterizada pela falta de glóbulos vermelhos no sangue, que pode ser provocada por uma série de fatores. Existem, vários tipos de anemia, que podem ser classificados, por exemplo, de acordo com a morfologia das hemácias, ou glóbulos vermelhos. A anemia microcítica em específico é um tipo de anemia em que há redução no tamanho dos glóbulos vermelhos.

Anemia Ferropriva:

A diminuição dos níveis de ferro no organismo é a deficiência nutricional mais frequente de anemia. Entre as causas de anemia microcítica, a anemia ferropriva é a de ocorrência mais prevalente. Esta somente se manifesta quando os estoques de ferro já foram esgotados, o que geralmente demora anos para ocorrer.

Características laboratoriais:

O teste de diminuição nos níveis séricos de ferritina é o mais sensível e específico para verificação de anemia ferropriva. Níveis menores do que 15 ng/mL são altamente específicos para diagnóstico de anemia ferropriva. Entretanto, níveis normais não descartam a possibilidade de ferritina, pois a ferritina também é uma proteína de fase aguda. 

Outras alterações laboratoriais que podem ser apresentadas em casos de anemia ferropriva são as seguintes: concentração de ferro sérico diminuída (< 40 g/dL), saturação da transferrina diminuída, capacidade ferropéxica elevada.

Sinais e sintomas:

Sintomas como perversão do hábito alimentar, como geofagia, hábito de comer gelo e sinais como queilite angular, esplenomegalia leve, atrofia de papilas linguais, glossite e alterações nas unhas, além dos próprios da anemia podem ocorrer.

Tratamento:

Primeiro tratar crianças que apresentam história de alimentação inadequada e mulheres multíparas ou com hipermenorreia, com baixo risco para doenças graves, encaminhando para investigação os casos de falha terapêutica. Quando possível, a doença de base deve ser tratada. Para reposição das reservas de ferro, o sulfato ferroso (300 mg de sulfato ferroso contém 60 mg de ferro elementar), administrado oralmente, é a preparação menos dispendiosa e o tratamento de escolha para a deficiência de ferro.

Ocorre a transfusão quando o concentrado de hemácias for considerado para pacientes com hemoglobina entre 7 a 8 g/dL, de acordo com a perda sanguínea, doença cardiopulmonar subjacente ou estado clínico.

Diagnóstico:

Executar o levantamento da história do paciente, avaliação clínica e dos hábitos alimentares, além da realização de exames laboratoriais (hemograma, sangue oculto nas fezes, dosagem de ferro, transferrina, ferritina) e da imagem (ultrassom, endoscopia) para investigar a origem de possíveis perdas de sangue são passos importantes para estabelecer o diagnóstico.

Anemia sideroblastica:

As anemias sideroblásticas compreendem um grupo heterogêneo de distúrbios em que a síntese da hemoglobina está reduzida devido à dificuldade de incorporar o heme à protoporfirina para formar hemoglobina.

Caracteristicas laboratoriais:

Na maioria das vezes, este tipo de anemia apresente normocitose ou até mesmo macrocitose, também pode haver hipocromia e microcitose grave, principalmente nas formas congênitas. O diagnóstico dessa anemia é confirmado pela existência de sideroblastos em anel no aspirado de medula óssea, observados com a coloração azul da Prússia. Outras alterações laboratoriais apresentadas são níveis de ferro sérico e ferritina elevados, saturação de transferrina alta e capacidade ferropéxica (CFP) baixa. Há uma sobrecarga de ferro, principalmente nas mitocôndrias, pois a reabsorção desse elemento está inapropriadamente aumentada, podendo acarretar quadro de hemossiderose.

Sinais e sintomas:

Fraqueza, sonolência, taquicardia, fadiga, mal estar, dispinéia, palidez ou pele amarelada, dores no peito após esforço.

Tratamento:

Os pacientes não respondem à administração de eritropoietina exógena; por isso, não há um tratamento específico para essa anemia, em casos graves, deve ser considerada a transfusão com concentrado de hemácias. A reposição de ferro pode piorar o quadro ao aumentar os estoques de ferro.

Diagnóstico:

Aspirado de medula óssea, pelo encontro de mais de 15% de eritroblastos do tipo Sideroblastos em Anel. Esse é o diagnóstico confirmatório.

Talassemias:

As talassemias são distúrbios hereditários que se caracterizam pela redução da síntese de cadeias de globina (alfa ou beta), causando, a redução da síntese de hemoglobina por isso é considerada uma anemia hipoproliferativa.

Durante as diversas etapas do desenvolvimento, são produzidas hemoglobinas diferentes. Cada uma delas consiste em um tetrâmero (2 dímeros) de cadeias de globina. Um adulto normal apresenta predominantemente hemoglobina do tipo A (98%), a qual é formada por duas cadeias alfa e duas cadeias beta. Cada gene da alfaglobina produz metade da quantidade de globina produzida por cada gene da betaglobina. Os dois genes da betaglobina produzem duas cadeias, cada uma com um heme próprio, para formar um dos dímeros. Já os quatro genes da alfaglobina produzem duas cadeias de globinas adicionais, cada uma com um heme próprio também, para formar o dímero restante. Os dois dímeros combinam-se,então, gerando a molécula da hemoglobina. Outras cadeias incluem os tipos delta e gama, as quais constituem as hemoglobinas A2 que representam 1 a 2% das hemoglobinas no adulto, e F, que é a principal hemoglobina na vida intrauterina, representando menos de 1% das hemoglobinas no adulto .

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