A Detecção e Caracterização de Drogas de Uso
Por: santosal • 9/1/2023 • Trabalho acadêmico • 1.113 Palavras (5 Páginas) • 108 Visualizações
Disciplina: Detecção e Caracterização de Drogas de Uso
Identificação da tarefa: Tarefa 4.2. Segunda tarefa final da disciplina. Envio de arquivo.
Pontuação: 15 pontos de 40
TAREFA 4.2
No nosso curso, definimos as técnicas cromatográfica, espectroscópicas e também a detecção de droga in vivo.
Faça a leitura da apostila de Detecção e Caracterização de Drogas de Uso e elabore um artigo opinativo sobre os vários tipos de detecção de drogas (sangue, urina, saliva e cabelo).
O texto deve ter entre 500 e 1.000 palavras, excluídas as referências bibliográficas. Vale de 0 (zero) a 15 (quinze) pontos desde que você envie no prazo determinado e alcance os objetivos propostos.
TAREFA 4.2
Um dos grandes problemas de saúde pública, social e econômica que estamos vivenciando no Brasil e no mundo tem sido o crescente abuso de drogas como cocaína, álcool, canabióides, anfetaminas entre outras. A análise dessas drogas vem sendo utilizada por diversos segmentos da sociedade e aplicada para verificar o uso de drogas no ambiente de trabalho, esporte e com finalidade forense1.
Os exames toxicológicos foram desenvolvidos para conseguir detectar se determinada pessoa esteve exposta à substâncias tóxicas ou faz uso de drogas lícitas ou ilícitas. A análise toxicológica para evidenciar o uso de drogas de abuso pode ser realizada em diferentes amostras biológicas, como urina, sangue, suor, cabelo, saliva1.
A urina é uma amostra extremamente tradicional, e consiste em um ultrafiltrado do sangue, formado continuamente pelos rins a partir do qual foram reabsorvidas substâncias essenciais ao metabolismo do organismo, como glicose, aminoácidos e seu uso é bem estabelecido. Além disso, apresenta concentrações elevadas de xenobióticos e/ou seus produtos de biotransformação, e em média, um indivíduo produz cerca de 1200 mL de urina, que é vantajoso para as análises apesar de ser uma amostra com grandes vantagens, é uma amostra que pode ser facilmente adulterada, o tempo de detecção de drogas na urina é de um curto intervalo de tempo (1 a 3 dias) o que permite somente a detecção do uso de substâncias recentemente e devido a muitos fatores alterarem a taxa de excreção na urina, é difícil fazer correlação com os efeitos provocados pela substância no organismo e somente detectar sua presença no organismo2.
Outra amostra convencional é o sangue. É uma amostra ótima para monitorização de fármacos de estreita margem terapêutica, pois fornece boa correlação com os efeitos das drogas no organismo e sua presença no sangue. Porém, sua coleta é invasiva e muitos fatores podem interferir em sua análise, como o uso de anticoagulante. Além disso, na coleta, fatores como região anatômica e cinética devem ser levadas em consideração na interpretação dos resultados, pois estes podem ser alterados devido à diversos fatores, e também, deve-se tomar cuidado com a hemólise do material que pode ocorrer em caso de agitação vigorosa do recipiente de coleta, pois isso pode resultar em valores elevados de ferro ou potássio2.
Como matriz alternativa, a saliva é um complexo fluido produzido por glândulas especializadas que é secretado na cavidade oral. Uma das maiores vantagens em se ter saliva como amostra, é a possibilidade da coleta não invasiva e assistida, o que pode não ser possível com a coleta de sangue e urina. Apesar disso, a quantidade de saliva como amostra varia entre 1-5 mL o que pode dificultar a análise quando comparado a quantidade de urina que pode chegar a valores superiores a 50mL . As substâncias pesquisadas em amostras de saliva são para exposições recentes, como até dois dias depois da exposição, como é o caso da maconha e de anfetaminas. Este intervalo varia de acordo com a natureza da substância 1.
O uso de cabelo e pelo como amostras biológicas tem ganhado cada vez mais destaque na detecção de drogas. Suas vantagens como facilidade de transporte, coleta não invasiva e larga janela de detecção tornam essa matriz biológica perfeita para o uso nos exames toxicológicos. Porém não é possível detectar o uso recente (ate uma semana), devido ao processo de incorporação na matriz queratinizada levar dias . Alem disso, o uso de tinturas, tratamentos cosméticos como descoloração e permanentes podem afetar a estabilidade e retenção das drogas na matriz, pois estes causam danos a fibra capilar. Os mecanismos exatos de como ocorre a incorporação de drogas em cabelos ainda necessita de mais estudos, porem, assume-se que essas substancias adentram no cabelo por meio de difusão passiva dos capilares sanguíneos para as células da matriz e o fim da zona de queratinizarão do folículo capilar. Alem de virem do sangue, essas substancias podem passar do suor e sebo da pele ao cabelo por meio de difusão, e também podem vir do ambiente externo, o que constitui outra desvantagem em relação ao uso de cabelo e pelos, pois gera falta da correlação entre a dose e a concentração do agente toxico no cabelo2,3.
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