A Formação de células com grandes núcleos
Por: nataliafabianasa • 3/5/2018 • Trabalho acadêmico • 3.113 Palavras (13 Páginas) • 416 Visualizações
Centro Universitário UDC-Vila A
HEMATOLOGIA CLÍNICA
Academica(s): Natália Fabiana,
Suelen Machado
Curso: Farmácia
Período: 8º
Profª: Viviane Trevisol
Foz do Iguaçu-PR
Novembro de 2017
Megacariocitopoese
“ Formação de células com grandes núcleos”.
A megacariocitopoese é uma céula pluripotente que pode ser subdividida em células linfóides multipotentes, as quais migram para os órgãos linfáticos e formam células linfocitica formadora de colônia (células progenitoras), assim quando se tornam células precursoras são chamadas de linfoblastos e quando maduras são reconhecidas como linfócitos T e B.
Quando subdividida em células mielóides multipotentes, permanece na médula óssea, essas podem ainda se dividir como eritrocitica, megacariocitica, monocitica, granulocitica, eosinofilica e basofilica. As mesmas são conhecidas, quando maduras, como hemácia ou eritrócito, megacariócito, monócito, granulócito neutrofilo, granulócito eosinófilo, granulócito basofilo, consecutivamente.
A megacariocitopoese é regulada principalmente pelo hormônio trombopoetina (TPO). Esse hormônio é produzido no fígado e no tubúlo proximal no rim. Citocinas, como IL3 encontram-se apenas nos estágios mais precoces, enquanto a IL-6 e IL-11 encontram-se em todo o processo porém, apenas sinérgicamente com IL-3 e TPO. A trombopoetina é responsável pela maturação dos megacariócitos, formação de granulos especificos das plaquetas, desenvolvimento das membranas de demarcação no megacariocito e outros.
Megacariocitopoese é o processo celular de proliferação e diferenciação dos megacariócitos, levando a produção de plaquetas, o tempo de amadurecimento do megacariócito é de 5 dias e em seguida ocorre a fragmentação citoplásmatica, iniciando a plaquetopoese, o que resta do nucleo é fagocitado pelos macrófagos.
[pic 1]
Plaquetas
As plaquetas (trombócitos) são fragmentos citoplásmaticos dos megariócitos, não apresentam núcleo, quando estão na corrente sanguinea aparecem em formato discoide e com formato esferico quando desempenham hemostasia. Localizam-se na periferia dos vasos sanguineos e além de participarem da hemostasia também estão presentes nos processos inflamatórios e cicatrização de feridas.
Do total das plaquetas encontradas no organismo, 30% se encontram no baço enquanto 70% estão presente na circulação porém, a concentração pode variar entre as espécies e é geralmente estabelecida pelas taxas relativas de produção, consumo e destruição das plaquetas. Em indivíduos sadios, as plaquetas possuem vida média de 5 a 10 dias e quando destruidas são retiradas pelos macrófagos, principalmente no baço e no fígado.
A morfologia é represente por uma porção externa, a membrana fosfolipidica e uma porção interna onde encontra-se microtubulos, alfa-grânulos, grânulos densos, mitocondria, sistema tubular denso e reserva de glicogenio.
Na membrana fosfolipidica pode-se encontrar antigenos, glicoproteinas, e diversas enzimas que interagem com outras células e a parede dos vasos. Na porção mais interna encontra-se praticamente todas as glicoproteinas da membrana; algumas com função como resceptores especificos para determiandos fatores de coagulação.
Na zona de organelas existem várias estruturas, entre elas estão os alfa-grânulos que contem proteinas como o fator plaquetário 4, os fatores de coagulação, albumina e fibrinogenio, beta-tromboglobulina entre outros. Também a presença dos grânulos densos, os quais são secretados estimulos apropriados. Além das reservas de glicogenio e de mitocondrias que são utilizados para energia.
[pic 2]
Função das plaquetas
As plaquetas desempenham funções hemostáticas e não hemostáticas. Em relação às funções não hemostáticas as plaquetas são importantes na inflamação e na cicatrização de feridas. Elas interagem com leucócitos e liberam aminas vasoativas, citocinas, mitógenos e fatores de crescimento. Os fatores de crescimento, contidos nos α-grânulos plaquetários, promovem quimiotaxia, proliferação e diferenciação celular, neovascularização e deposição de matriz extracelular. Entretanto, a principal função das plaquetas é a hemostática, que consiste em auxiliar na reparação da lesão vascular e impedir a ocorrência de hemorragia por participação na formação do tampão hemostático primário.
A hemostasia é a suspensão de sangramento ou interrupção do fluxo sanguíneo através de um vaso. A hemostasia normal depende das interações complexas de seus principais componentes: plaquetas, fatores de coagulação, fatores fibrinolíticos e vasos sanguíneos. As plaquetas respondem à lesão vascular por meio de uma série de reações que envolvem adesão das plaquetas à parede vascular, agregação plaquetária e liberação de plaquetas. Elas aderem ao colágeno da membrana basal e do estroma extravascular por intermédio de um receptor de superfície (glicoproteína Ib), que se liga ao fator von Willebrand (vWF) da glicoproteína plasmática que, por sua vez, se liga ao colágeno. Após a adesão, as plaquetas se unem umas as outras pela interação do fibrinogênio com os receptores de superfície (IIb e IIIa), induzida pelo disfosfato de adenosina. À medida que ocorre essa aderência, elas se dilatam, centralizam suas organelas e, em seguida, formam pseudópodos e expressam receptores que promovem agregação de plaquetas adicionais. A agregação plaquetária e o recrutamento de plaquetas adicionais são induzidos pela reação de liberação, que esvazia o conteúdo de grânulos plaquetários, transferindo-os ao plasma e produz outros mediadores da coagulação (por ex. tromboxano). Os fatores de coagulação armazenados nos grânulos asseguram a formação de fibrina, necessária para a estabilização do tampão de plaquetas. As plaquetas disponibilizam um fosfolipídeo (fator plaquetário III), que atua como receptor do fator de coagulação. A superfície fosfolipídica das membranas das plaquetas agregadas também serve para fornecer uma superfície usada pelos fatores de coagulação ativados concentrados para promover a coagulação.
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