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A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO

Por:   •  29/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.282 Palavras (10 Páginas)  •  480 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO, em muitas regiões do mundo, o pescado faz parte da dieta alimentar e representa, em alguns países, a principal fonte de proteínas de origem animal. (Maciel, 2008)

Atualmente, o consumo da carne de peixe tornou-se uma ótima opção para todas as pessoas que buscam uma alimentação saudável devido à fácil digestibilidade associada aos altos níveis proteicos, baixa taxa de gordura e presença de ácidos graxos insaturados.  (Prado, 2006)

Contudo, uma vez consumidos crus, semi crus ou parcialmente defumados e não tomadas as devidas medidas de controle e prevenção, o consumo desse tipo alimento pode se tornar um problema de saúde pública. (Prado, 2006)

Parasitas nematódeos da família Anisakidae, com destaque para as espécies Anisakis simplex e Pseudoterranova decipiens são de grande importância em saúde pública por causarem a anisaquíase em humanos, após a ingestão acidental de pescado cru, mal cozido, defumado e salgado contendo a larva L3 infectante. (Maciel, 2008)

O objetivo deste trabalho e o aprofundamento do conhecimento sobre as causas microbiológicas que envolvem a anisaquíase, e a resolução do estudo de caso apresentado em anexo, levando em consideração o agente etiológico, ciclo evolutivo, formas de transmissão, diagnóstico e tratamento da doença.

1.0-FAMÍLIA ANISAKIDAE

Segundo os Anisakidae são ascarídeos cujos adultos são parasitas numa ampla variedade de animais, incluindo mamíferos marinhos e aves. As larvas ocorrem em muitos peixes que ingeriram ovos ou hospedeiros patogênicos crustáceos transportando larvas. Se os peixes forem ingeridos pelo homem, as larvas migrarão do trato digestivo para outros tecidos, causando uma forma de larva migrans visceral que pode ser fatal. (Maciel, 2008)

Nematódeos larvais da família Anisakidae, especialmente Anisakis simplex, Pseudoterranova decipiens e ainda, Contracaecum spp. E Hysterothylacium spp. Têm sido implicados em infecções humanas causadas pelo consumo de pescado (Maciel, 2008).

1.1- MORFOLOGIA

         São vermes redondos típicos, as diferenças entre as duas espécies mais importantes estão descritas no quadro 1 e na figura 1. Porém, existe grande dificuldade em diferenciar gêneros e espécies da família Anisakidae (Rodrigues, 2010).

Quadro 1-Diferenças entre espécies Anisakis Simplex e Pseudoterranova decipiens

Espécie

Tamanho

Cor

Característica

Hospedeiro

Anisakis simplex

18-36 mm de comprimento

0.3-0.7 mm largura

Branco

Enrolado em uma espiral

Arenque

Pseudômonas decipiens

25-60 mm de comprimento

0.3-1.2 mm de largura

Amarelo, Marrom ou Avermelhada.

Reto ou em Forma de S

Bacalhau

Figura 1- Anisakis Simplex (esquerda) e Pseudoterranova decipiens (direita)

[pic 1][pic 2]

Fonte: (Rodrigues, 2010)

1.2-CICLO EVOLUTIVO

Os anisaquídeos adultos são parasitos de mamíferos aquáticos e aves piscívoras: baleias, golfinhos, focas, leões marinhos e garças. O ciclo evolutivo (Figura 02) exige a presença de hospedeiros intermediários. O primeiro deles são os crustáceos (Euphasideos) que são ingeridos pelo segundo hospedeiro intermediário (peixes, cefalópodes). (Rodrigues, 2010)

Várias espécies podem participar desta etapa, dentro das quais cabe mencionar: arenque (Clupea harengus), bacalhau (Gadus spp.), salmão (Oncorhynchus spp.) e muitas outras. Na América Latina, várias espécies de pescado têm sido descritas como parasitadas por anisaquídeos, dentro delas: jurel (Trachurus murphyi) e merluza (Merluccius hubbsi) na Argentina, corvina (Micropogonias furnieri) no Peru, anchova (Pomatomus saltatrix). (Rodrigues, 2010)

No Brasil, e relatada à ocorrência de anisaquídeos em peixe espada (Trichiurus lepturus). Eventualmente este segundo hospedeiro intermediário pode ser consumido por outro peixe ou cefalópode, naqueles que também se encistará a larva do anisaquídeo. Quando um mamífero marinho ingere algum peixe ou cefalópode infectado, o ciclo biológico se completa com o desenvolvimento no tubo digestivo do hospedeiro e o homem atua como hospedeiro acidental quando ingere o pescado cru ou mal cozido infestado com esses parasitas (CDC 2008).

Figura 2- ciclo evolutivo Anisakis sp. 

[pic 3]

Fonte: CDC-2008

1.3-ANISAQUÍASE

Anisaquíase é uma importante infecção transmitida por peixes e causada por larvas de terceiro estágio (L3) de nematódeos da família Anisakidae. As duas espécies mais envolvidas na infecção humana são o Anisakis simplex e Pseudoterranova decipiens. (Maciel, 2008)

A infecção humana resulta do consumo de peixe cru, insuficientemente cozido, congelado, salgado ou defumado contendo larvas infectantes vivas do nematódeo, a ingestão de pescado infectado por anisakídeos, mesmo após cocção adequada, pode resultar em reações alérgicas de grau variável, descritas em pacientes hipersensíveis. (Maciel, 2008)

A resposta imunológica é desencadeada pelo potencial antigênico das partículas 22 parasitárias existentes no pescado mesmo após a cocção o que justifica a necessidade de inspeção prévia do pescado quando destinado ao consumo humano (Maciel, 2008).

1.4-SINAIS CLÍNICOS

A enfermidade no homem pode se apresentar de duas maneiras distintas: a forma aguda, resultante do efeito local do parasita sobre a parede do tubo digestivo; e a forma alérgica, devido à hipersensibilidade imediata, mediada por IgE. (Bataier, 2009)

A primeira geralmente ocorre com a presença de uma única larva no trato digestivo, provocando fenômenos irritativos locais com sintomas como náuseas, vômitos e dor epigástrica que pode ser confundida com apendicite, úlcera, peritonite e enfermidade de Crohn (Bataier, 2009).

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