A Saúde Mental na Farmácia
Por: lab20909 • 30/4/2022 • Artigo • 939 Palavras (4 Páginas) • 95 Visualizações
Alternativas e desafios na assistência aos pacientes com distúrbios mentais
Paulo Maurício Oliveira dos Santos
Kamila Oliveira dos Santos
Flávio Dias dos Santos
Paulo Jardel Medeiros
Débora Alves Costa
Resumo:
Na psiquiatria, o tratamento da loucura por vezes foi baseado na intolerância frente aos comportamentos dos doentes mentais tendo no cárcere dos indivíduos uma opção para afugentar o diferente e proteger a sociedade. Nas últimas décadas, os hospitais psiquiátricos deixaram de constituir a base do sistema assistencial ,abrindo espaço para uma assistência mais humanizada. No Brasil ocorreram importantes transformações no âmbito da Saúde Mental que reformulou o modelo de assistência centrado a hospitais para um modelo inovador com atenção mais humana e comunitária. A partir da reformulação na atenção a pacientes com transtornos mentais, a Saúde Mental passou por uma grande mudança que substituiu o modelo hospitalar de atendimento por um modelo mais humanizado, reconfigurando de forma positiva o atendimento aos pacientes com transtorno mental.
Com isso, o objetivo deste trabalho visa ampliar o entendimento a cerca de como a internação psiquiátrica tornou-se mais criteriosa, com períodos mais curtos de hospitalização, favorecendo a consolidação de um modelo de atenção à saúde mental mais integrado, dinâmico, aberto e de base comunitária. Neste contexto, o paciente, sua família e os profissionais dos serviços comunitários passam a ser, cada vez mais, os principais provedores de cuidados em saúde mental. A metodologia de pesquisa utilizada para a composição desse trabalho foi a pesquisa bibliográfica em websites como Google Acadêmicos, ministério da saúde do Brasil e Scielo.
Nas buscas realizadas para o desenvolvimento deste trabalho pôde-se constatar a notória complexidade do cuidado em saúde mental, uma vez que, em muitos casos são necessários tratamentos medicamentosos e suporte terapêutico e ocupacional de longo prazo. Nesse sentido o processo de assistência destes pacientes deve ser otimizado visando à reabilitação e interação psicossocial. No Brasil, algumas das propostas da Política Nacional de Saúde Mental, apoiada na lei 10.216/02, centram-se na qualificação, expansão e fortalecimento da rede extra-hospitalar de serviços com assistência humanizada, como: Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs) e Unidades Psiquiátricas em Hospitais Gerais (UPHG); inclusão das ações da saúde mental na atenção básica e a reinserção social de pacientes longamente institucionalizados na família e na comunidade. Em relação ao CAPS, este vem se tornando uma nova alternativa de assistência no tratamento aos pacientes com distúrbios mentais. Seu papel é promover e prestar serviços de saúde mental, atuar na ressocialização do paciente e ajudar na autonomia e cidadania dos usuários. Diante do exposto, pode-se concluir que tanto o tratamento como a possível reabilitação de um paciente com transtorno mental consistem da utilização de múltiplas técnicas que visam potencializar as habilidades desta população, melhorar a interação do doente mental a sua rede social, garantir seus direitos como cidadão e sua adequação também aos deveres que esta condição exige de maneira a confluir para uma melhor gestão do cuidado em saúde mental. Ou seja, o cuidado tem sido almejado, através da capacitação de todos os sujeitos envolvidos nesse processo (pacientes, familiares, profissionais e sociedade). A melhor forma de compreender a doença mental é quebrando as barreiras ao cuidado digno destas pessoas adoecidas, qualificando e humanizando a assistência à saúde mental e assim restaurar de acordo com os recursos disponíveis o potencial destes para vida autônoma em sociedade.
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