ANÁLISE DA AÇÃO ANTIMICROBIANA DO ÓLEO ESSENCIAL DE OCIMUM GRATISSIMUM L. SOBRE A STAPHILOCOCCUS AUREUS
Por: Jeorge Silva • 23/4/2015 • Trabalho acadêmico • 1.937 Palavras (8 Páginas) • 751 Visualizações
ANÁLISE DA AÇÃO ANTIMICROBIANA DO ÓLEO ESSENCIAL DE OCIMUM GRATISSIMUM L. SOBRE A STAPHILOCOCCUS AUREUS
Resumo. Usualmente as pessoas fazem uso de substâncias ás quais aderem propriedades curativas, sabe se que tais propriedades advêm dos óleos essenciais das plantas que são extraídos usando métodos específicos de acordo com a estrutura e propriedades químicas presentes nelas. Um exemplo bem comum é a alfavaca, planta que popularmente apresenta princípios ativos no tratamento de várias enfermidades. Em laboratório foi realizado o experimento que buscava averiguar esse efeito sobre a bactéria Staphilococcus Aureus, aproveitando a oportunidade para analisar qual o método de extração é mais apropriado na extração deste óleo, comentando sobre os resultados obtidos, sua suscetibilidade e senão as causas que possibilitaram a não ocorrência dos resultados pretendidos.
Palavras-chave: óleo, propriedades, bactéria.
1. INTRODUÇÃO
SIANI. [1} diz que os óleos essenciais são substâncias voláteis presentes em vários órgãos das plantas e são assim chamados devido à sua natureza lipofílica, são quimicamente diferentes dos óleos e gorduras convencionais. Sabe-se que são sintetizados naturalmente pelas plantas de acordo com as necessidades exigidas nas situações às quais são expostas, usualmente os óleos tem a função de atrair agentes fecundadores ou ainda agir como mecanismos de defesa contra predadores e microrganismos. Esta ultima função torna os óleos essenciais muito valiosos para usos medicinais.
Para fins de esclarecimento toma-se como exemplo o óleo essencial da planta alfavaca (Ocimum Gratissimum L.), FRANCO[2] diz que o nome alfavaca caracteriza várias plantas de um mesmo grupo/gênero de uma mesma família, que são muito semelhantes entre si, a Ocimum Gratissimum diferencia-se pelo aroma que lembra o Cravo-da-índia, possui flores e frutículos nas inflorescências eretas. A esse gênero são atribuídos inúmeros efeitos sobre o corpo humano e em determinadas patologias ou funções fisiológicas tais como tratamento de náuseas, flatulências, indigestão e diarreias, além de possuir atividades antibactericida, é usado com analgésico e antisséptico para aliviar as dores de dente.
O óleo essencial da Ocimum Gratissimum possui uma quantidade relativamente alta de Eugenol (fig.1.1),segundo TANGERINO[3] ele é responsável pela atividade antimicrobiana do óleo. O Eugenol é um composto aromático que frequentemente está presente em cravos, sua nomenclatura oficial na IUPC é 4-Alil-2-Metoxifenol, a adição de amina ao metileugenol forma o 3,4 dimetoxianfetamina que possui forte capacidade alucinógena, e tornando-a muito consumida em festas Raves nos Estados Unidos e Europa. O método como a planta é colhida do solo ou como ocorre a retirada dos seus membros para a extração do óleo interfere vigorosamente na concentração de Eugenol presente no Óleo essencial, a planta deve ser colhida sempre às 12:00 horas, pois a essa hora o teor de Eugenol no Óleo é aproximadamente 98%, e se colhida às 17:00 horas o teor é aproximadamente igual a 11% isso ocorre devido à redução da luz solar. O Eugenol é um composto fenólico possuindo como isômero o isoeugenol, este possui uma dupla ligação que se liga à uma posição conjugada do anel benzênico, os compostos resultantes possuem características para usos farmacêuticos e cosméticos, a síntese dos isômeros do Eugenol são possíveis com reações envolvendo KOH, NaOH, KF, e outros compostos, porém, o fato de o Eugenol ser produzido naturalmente pela planta torna sua toxicidade menor do que os isômeros produzidos artificialmente. O Eugenol possui ação bacteriana amplamente conhecida pois inibe a respiração e a divisão celular, ele age fazendo a desnaturação da parede celular bacteriana (fig.1.2) pela presença de um próton que realiza a lise bacteriana.
Para que haja uma maior concentração de Eugenol no óleo essencial deve-se além de observar a forma como é colhida a amostra, levam-se em consideração os métodos utilizados para a extração do óleo dos órgãos da planta. Dentre esses podem ser citados a Maceração, Percolação e o método de Soxhlet. São extremamente importantes e deve-se levar em conta também a composição dos compostos os quais vão ser extraídos, pode-se definir a extração como a separação à partir dos tecidos animais e ou vegetais mediante solventes seletivos e utilizando procedimentos estabelecidos.
Segundo MELECCHI[4] a Maceração, por exemplo, ocorre com a mistura da droga com o solvente na temperatura ambiente, recomenda-se que deve acontecer de 2 a 14 dias, processo não seletivo, e que gera um equilíbrio entre a droga e o solvente, os fatores que podem influenciar dependem tanto das propriedades da droga quanto do solvente, este método é utilizado quando a alta temperatura e o ar podem interferir no princípio ativo, nesse procedimento o solvente não pode ser volátil. É um processo que apresenta desvantagens, como a lentidão com que ocorre, a impossibilidade de extração de 100% do princípio ativo e a possível contaminação por solventes com alto teor de água, ainda assim é um método largamente utilizado tanto por químicos como por farmacêuticos.
A extração por Soxhlet é um método continuo e baseia se na separação de substância contida em um objeto sólido através da mistura de um líquido, isso ocorre com o emprego de calor, uma temperatura próxima à do ambiente em que o solvente fica em contato com o extrato durante todo o processo, podendo gerar transformações químicas, é um procedimento que pode demorar até 72 horas, é um método seletivo em que a temperatura de extração da droga e do solvente vão definir a dissolução.
MIYAKE[5] diz que Percolação é um processo dinâmico no qual o principio ativo é acarretado pela passagem do solvente, levando o esgotamento da planta por gotejamento lento da substância, isso permite uma solução mais concentrada, economia do solvente e menor tempo em relação aos outros métodos.
2. METODOLOGIA
Este relatório baseia-se em 04 aulas realizadas em laboratório , e todo o conteúdo utilizado na fundamentação teórica foi encontrado em artigos científicos e de cunho acadêmico disponibilizados na internet.
3. PROCEDIMENTOS
Extração por:
• Maceração
• Soxhlet
• Percolação
Na
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