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AS RELAÇÕES PARASITAS E HOSPEDEIROS

Por:   •  13/1/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.111 Palavras (5 Páginas)  •  112 Visualizações

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RELAÇÕES PARASITAS E HOSPEDEIROS - TELEAULA 3.

A amebíase é uma infecção causada pelo protozoário Entamoeba histolytica. Esse é classificado como pertencente ao filo Sarcomastigophora, à classe Sarcodina, à ordem Amoebida e à família Entamoebidae.

Todas as espécies desse gênero parasitam ou são comensais no intestino grosso de humanos e animais, com exceção daquelas que são de vida livre. As amebas se diferenciam uma das outras pelo tamanho das formas parasitárias trofozoítos e cistos, assim como pela estrutura e número dos núcleos nos cistos, outra diferença está no número e forma das inclusões citoplasmáticas (vacúolos nos trofozoítos e corpos cromatoides nos cistos).

Após a ingestão da forma cística madura, esta atravessa o estômago todo, pois resiste à ação do suco gástrico, e quando chega ao final do intestino delgado ou no início do intestino grosso, esse cisto irá se transformar e metacistos saem através de uma pequena fenda da parede cística. O período de incubação é de difícil determinação, e pode ir de sete dias a quatro meses. A amebíase é dividida em manifestações assintomáticas e sintomáticas (amebíase intestinal: disentérica, colites não disentéricas, amebomas e apendicite amebiana), amebíase extraintestinal, hepática e complicações, em outros órgãos e cutânea. As assintomáticas são as mais prevalentes chegando até em 90% dos casos.

O diagnóstico deve ser baseado no encontro dos parasitos nas fezes. Em caso de invasão de outros órgãos ou abcessos hepáticos, os exames de raios X, cintilografia, ultrassonografia e tomografia computadorizada mostram claramente a infecção. As técnicas utilizadas para o diagnóstico são: o exame a fresco (direto), Faust, MIF (Mertiolate-IodoFormol) e Hoffman. Outros métodos de diagnósticos que estão sendo utilizados são os imunológicos, como exemplo o ELISA, com o objetivo de buscar coproantígenos, mesmo em pequenas quantidades.

Os protozoários do gênero Giardia são considerados os primeiros parasitos intestinais humanos conhecidos. Esses parasitam o intestino delgado de mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Devido à diversidade de hospedeiros há dificuldade em determinar as espécies de giardia precisamente e a possibilidade de existir animais que possam atuar como reservatórios do parasito. A espécie de importância nos seres humanos é conhecida como Giardia intestinalis, Giardia duodenalis ou Giardia lamblia e são empregadas como sinonímia, vamos nos referir aqui a essa espécie de Giardia como Giardia lamblia.

Essa parasitose é frequente mundialmente, com maior prevalência em países tropicais e em desenvolvimento. Atinge em sua grande maioria crianças até seis anos, mas esse dado é variável de acordo com a região e o país. A forma comum de infecção dos homens ocorre através da ingestão de cistos maduros, essa infecção pode ser decorrente da ingestão de águas sem tratamento ou maltratadas, alimentos contaminados e a ingestão desses sem lavar (como as verduras cruas e frutas). Outra forma de transmissão pode ocorrer de pessoa a pessoa, pelo contato direto (entre familiares, quando há alguém infectado), por meio das mãos contaminadas e relações sexuais Assim que o cisto é ingerido e chega ao estômago, inicia-se o desencistamento e esse processo é completo no duodeno e jejuno (o cisto se transforma em trofozoítos), local onde trofozoítos habitam no intestino delgado. Os trofozoítos se multiplicam por divisão binária, assim após a divisão do núcleo e duplicação das organelas, o citoplasma se divide resultando em dois trofozoítos binucleados. O ciclo desse parasito se completa quando ocorre o encistamento e consequentemente a eliminação para o meio exterior.

Os sintomas da doença podem surgir de uma vez ou aos poucos. Mais frequentemente observa-se a síndrome diarreica (diarreia de evolução crônica, contínua ou com surtos de duração variável) acompanhada por cólicas abdominais e constipação intestinal. O diagnóstico apenas pelas manifestações clínicas é inespecífico e deve ser associado ao diagnóstico laboratorial. Dessa forma, conclui-se que o paciente apresenta giardíase ao encontrar as formas trofozoítos ou cistos nas fezes, ou ainda os antígenos do parasito em amostras de fezes ou fluído duodenal.

A tricomoníase é uma doença causada por um protozoário flagelado heterotrófico.

O Trichomonas vaginalis é a única espécie considerada patogênica ao ser humano,. Essa espécie do parasito se aloja no trato geniturinário do hospedeiro e não sobrevive fora dele.  É uma doença sexualmente transmissível (DST), ou seja, é transmitida através de relações sexuais, onde o homem é o vetor, aquele que dissemina a doença. O parasito sobrevive por mais de sete dias nos órgãos genitais masculinos, na uretra e mais especificamente no prepúcio do homem, e durante a ejaculação as formas trofozoítas de trichomonas presentes na uretra são levadas para a vagina através do esperma. A transmissão por outra via diferente da sexual é rara. O Trichomonas vaginalis (as formas trofozoítas) não possuem sempre as mesmas formas estruturais, devido à ausência das estruturas de sustentação da célula que lhes conferem rigidez sob a membrana e se reproduzem por divisão binária.  Para diagnosticar a tricomoníase não se deve ter como base apenas os sintomas clínicos, visto que esses podem ser confundidos com outras DSTs, e as pacientes geralmente não apresentam todos os sintomas e esses isolados são iguais a outras doenças.

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