Acido acetilsalicílico Analgésicos e antipiréticos
Tese: Acido acetilsalicílico Analgésicos e antipiréticos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 222425 • 14/3/2014 • Tese • 3.004 Palavras (13 Páginas) • 473 Visualizações
Ácido Acetilsalicilico
Analgésicos e Antipiréticos
INTRODUÇÃO
Para obtermos um maior entendimento sobre a síntese do acido acetilsalicilico, vamos ver um breve comentário sobre Analgésicos e antipiréticos.
Analgésicos e antipiréticos são fármacos que aliviam dores leves ou moderadas, e baixam a temperatura corporal no estado febril, alguns desses fármacos também são usados como agentes antiinflamatórios e anti-reumáticos. Apesar das propriedades antiinflamatórias de alguns, sua atividade analgésica é independe dessas.produzem seus efeitos predominantemente por ação local, ou perto da região em que a agressão ocorreu, atuam inibindo seletivamente algumas enzimas (ciclo-oxigenase, por exemplo) que catalisam a biossintese das prostaglandinas. Essa inibição impede a sensibilização dos receptores da dor.
A ação terapêutica desses fármacos pode estar relacionada a algumas reações adversas causadas por eles: irritação e ulceração gastrintestinais, inibição da agregação plaquetária com um aumento do tempo de sangramento, função renal comprometida e algumas alergias. Dentre as classes de analgésicos e antipiréticos estão os salicilatos, que veremos a seguir.
Os salicilatos estão entre os fármacos mais usados em todo mundo. Eles agem nos centros termorreguladores do hipotálamo exercendo ação antipirética em pacientes febris, porém não baixando a temperatura corpórea além da normal, essa diminuição da febre é gerada pela dilatação dos capilares da pele, fazendo com que aumente a liberação de calor pela transpiração da pele. Ainda exercem ação analgésica, antialérgica e ainda são eficazes nas atralgias, mobilizando a água dos edemas.
O fármaco mais conhecido e representante dos salicilatos é o Ácido salicilico. São cristais brancos em forma de agulha , ou pó branco cristalino, é inodoro e de sabor supostamente adocicado passando a cítrico. Este possui ação anti-reumática, antipirética, porém é queratolítico e altamente tóxico para ser administrado como tal ou na forma de sais. Então o jeito mais seguro é utilizar os seus derivados, que além de serem menos irritante, são mais agradáveis ao paladar. Podem ser preparados por quatro vias:
• Alteração do grupo carboxila.
• Substituição do grupo hidroxila.
• Modificação de ambos os grupos funcionais.
• Introdução de outro grupo hidroxila ou grupos diferentes, ao anel fenilico e, em alguns casos, alterações em um ou mais dos três grupos funcionais.
O tipo de derivados que iremos trabalhar é o AAS (acido acetilsalicilico) que é o representante do grupo dois e um dos fármacos mais populares.
O acido acetilsalicilico consiste de cristais ou pó cristalino branco, em relação a sua solubilidade, ligeiramente solúvel em água, solúvel em álcool, em clorofórmio e éter, pouco solúvel em éter absoluto. Deve ser mantido seco pois em contato com umidade hidrolisa, liberando ácido salicilico e ácido acético. Essa decomposição é detectada pelo aparecimento de cor violeta em solução de cloreto férrico.
Sua ação primária é a inativação da ciclo-oxigenase por acetilação irreversível da prostaglandina sintase, esta enzima que catalisa a primeira fase da biossintese da prostaglandina a partir do acido araquidonico.
Tem ações farmacodinâmicas de analgésico, antipirético, anti-reumático, antiinflamatório, antiagregante plaquetário, antitrombótico, é indicado também para tratamento de reações hansenianas leves; ataques isquêmicos fugazes; doença de kawasaki. A via de administração oral é rápida e por onde é completamente absorvido, primeiramente no intestino delgado e secundariamente no estomago e distribuídos por todos os tecidos do organismo. A velocidade da absorção é diminuída pelo alimento, mas não a extinção da absorção. Depois de absorvido é parcialmente hidrolisado por esterases contidas no tubo intestinal, fígado e eritrócitos a ácido salicilico (70 a 90%) e acido glicouronico, uma pequena parcela do ácido é hidrolisada a acido gentisico e ácidos diidroxi e triidroxibenzoicos.
Atinge a concentração máxima no plasma em aproximadamente duas horas. O sacilicilato tem meia vida de 3 horas com dose de 300 a 500mg; 5 horas com 1g e 9 horas com 2g, isto é, à medida que aumenta a dose, a meia vida se torna mais longa. Porém a excreção urinaria (mecanismo pelo qual fármaco é eliminado, quase que na sua totalidade) diminui drasticamente, portanto deve se evitar dosagens muito altas para que não ocorra acumulo e efeitos tóxicos.
As doses que devem ser usadas variam com a ação que se quer atingir:
• Analgésico e antipirético: 500mg a 1g a cada 4 horas, e no máximo 3 a 6g por dia.
• Antiinflamatório: dose individualizada.
• Anti-reumático: 6 a 8g diárias para febre reumática aguda.
• Antiagregante plaquetário: não existe dose exata como inibidor, normalmente usa-se 80mg a 1,5g ao dia.
O AAS assim como os outros salicilatos, não são desprovidos de efeitos adversos, principalmente dispepsias, náuseas, vômitos, hemorragia gastrintestinal, anemia ferropriva. Mesmo em doses usuais afetam a agregação plaquetária, o que torna estes fármacos contra indicados aos que sofrem de problemas hemorrágicos, diversos defeitos ao feto (principalmente quando tomados nos 3 primeiros meses de gravidez, e retardamento do parto quando usado ao fim da gestação), em pessoas que sofrem de doença renal podem causar insuficiência.
Casos de hipersensibilidades são raros, mas o uso prolongado e em doses elevadas pode causar sintomas de salicilismo, como zumbido no ouvido, cefaléia, convulsão mental e tontura as quais desaparecem com a redução da dose. A superdosagem pode causar intoxicação aguda (caso mais grave de envenenamento por remédios em crianças).
Dentre as interações medicamentosas, podemos destacar algumas como, os riscos de hemorragia intestinais são aumentados com a ingestão simultânea de acido valporico, álcool, barbituricos e outros sedativos, cotircoides e outros; aumenta os efeitos farmacológicos da heparina (pois inibe a associação plaquetária); doses altas podem aumentar a necessidade de vitamina K; laxantes podem diminuir a eficácia; a muitos outros.
Há vários procedimentos para síntese do AAS, o processo industrial é o mais
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