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Diagnóstico Laboratorial: Fase Pré-Analítica

Por:   •  6/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.855 Palavras (8 Páginas)  •  539 Visualizações

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Curso de Graduação em Biomedicina

           

                           

Diagnóstico Laboratorial: Fase Pré-Analítica

2017

Sumário

I.        Introdução        3

II.        Materiais e Métodos        6

III.     Conclusão        7

IV.   Referências        8

 

 

 

 

         

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  1. Introdução

         

O sangue, tecido conjuntivo especializado, é o único tecido fluido e viscoso do corpo, o que o torna singular. É constituído por uma porção acelular conhecida como plasma e uma porção celular denominada hematócrito, que consiste em eritrócitos (hemácias), trombócitos (plaquetas) e leucócitos. O componente acelular constitui 55% do volume total de sangue, já o celular corresponde aos 45% restantes. Manter esses níveis constantes é essencial para a manutenção da viscosidade sanguínea, além de favorecer a ocorrência de trocas gasosas nos tecidos, já que permite a melhor oxigenação dos eritrócitos e a oferta desse gás ás células de diferentes tecidos (JUNQUEIRA, 2013).  O aumento ou diminuição desses componentes celulares pode indicar patologias (ABBAS, 2003). Sendo assim, percebe-se a importância da realização de exames laboratoriais a partir da análise do sangue e seus componentes, a fim de medir a homeostasia do organismo, auxiliando o raciocínio médico após a obtenção da história clínica e a realização do exame físico do paciente. Para tal, todas as fases de execução do exame, sobretudo a pré-analítica, devem ser conduzidas seguindo o rigor técnico necessário para garantir resultados uteis e confiáveis considerando a existência de diversas variáveis que podem influenciar, significativamente, a qualidade final da análise (ANDRIOLO, A. et al.,2014).

A etapa pré-analítica abrange a recepção do paciente e sua instrução em relação aos procedimentos, a identificação do mesmo, a coleta, armazenamento e o transporte das amostras até o laboratório e, portanto, trata-se de uma fase que diferentemente da fase analítica, já maciçamente automatizada, possui características que podem levar a ocorrência de erros, já que envolve grande número de pessoas desde o médico solicitante até o paciente, geralmente, leigo, passando pelo recepcionista do laboratório, figura essencial para o repasse de informações ao paciente, o coletador da amostra, responsável pelo cuidado com o analito, até finalmente chegar ao profissional responsável pela análise. Levando-se em consideração todos esses fatores sabe-se que atualmente tal fase é responsável por cerca de 70% do total de erros que ocorrem nos laboratórios clínicos. (ANDRIOLO, A. et al.,2014).

Antes mesmo da coleta sanguínea é necessário conhecer, controlar e se possível evitar variáveis conhecidas como condições pré analíticas que influenciam diretamente na precisão dos exames tais como: as variações cronobiológicas, gênero e idade do paciente, atividade física, estado de jejum e dieta habitual, uso de fármacos e substancias que alterem o funcionamento do organismo, procedimentos diagnósticos ou terapêuticos tais como  hemodiálise, radioterapia e quimioterapia, transfusão sanguínea, uso de contrastes para exame radiológico, entre outros, gestação e período do ciclo menstrual, hemólise, infusão de líquidos e medicamentos, uso de álcool e fumo.

Tabela 1: Exemplos de variações causados pelo uso de fármacos nos resultados de exames laboratoriais.

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Fonte: Vide referência bibliográfica 5

O procedimento de coleta pode ser feito de 3 modos: em sistema fechado também chamado de sistema a vácuo, composto por um adaptador que permite a aspiração do sangue diretamente da veia através do vácuo e aspiração, utilizando agulha ou escalpe de duas pontas que se conectam ao tubo para onde o sangue é drenado, em sistema aberto que utiliza seringa e agulha o que aumenta o risco de acidente com perfurocortante durante transferência do sangue para o tubo e posterior descarte da seringa, ou por punção digital, também chamado de microcoleta quando há utilização de uma lanceta para perfuração do dedo e medição de glicemia capilar, por exemplo. Os três procedimentos serão descritos na seção seguinte. É importante ressaltar que há uma sequência correta na utilização dos tubos que deve ser respeitada, para que não haja contaminação cruzada por aditivos nos tubos subsequentes, sendo ela: 1. Frasco para hemocultura. 2. Tubo de citrato de sódio. 3. Tubo com ativador de coágulo, com ou sem gel para obtenção de soro. 4. Tubo de heparina. 5. Tubo de EDTA. 6. Tubo de fluoreto/EDTA. (FAILACE,2003)

Figura 1: Ordem correta de utilização dos tubos pela cor

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Fonte: Vide referência bibliográfica 5

Tabela 2: Demonstração de cores dos tubos de coleta

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          Fonte: Vide referência bibliográfica 5

Diante do exposto o objetivo do presente relatório é promover o entendimento da importância da fase pré-analítica e da correta obtenção e preservação da amostra com enfoque na pratica de coleta sanguínea, assegurando resultados clínicos confiáveis.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  1. Materiais e Métodos

 

 Para a realização da aula prática, as três técnicas de coleta foram demonstradas utilizando os seguintes materiais: Algodão; Álcool etílico a 70%; Canetas para identificação de amostras; Estantes para tubos; Recipiente de paredes rígidas e próprio para desprezar material perfurocortante e luvas descartáveis.

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