ESTUDOS DE CASOS CLÍNICOS – PARASITOSES CAUSADAS POR HELMINTOS
Por: Tai Skazy • 27/8/2018 • Trabalho acadêmico • 1.405 Palavras (6 Páginas) • 2.881 Visualizações
ESTUDOS DE CASOS CLÍNICOS – PARASITOSES CAUSADAS POR HELMINTOS
DISCIPLINA:
PARASITOLOGIA CLÍNICA
PROFª JULIANA CLEMENTE MACHADO
FARMÁCIA / FACSUM
2018/2
Caso 1:
J.M.S., sexo feminino, 4 anos, paraense. Foi admitida na UTI deste em 15.09.2010, acompanhada por um conselheiro tutelar, que deu as informações. Permaneceu neste setor por 1 dia. Na anamnese há apenas referência sobre quadro de febre há 5 dias e tosse. Ao exame físico a paciente encontrava-se hipocorada. Foi prescrito Penicilina G Cristalina (PGC) e solicitado exames (hemograma, EAS, urocultura, PPF, AntiHIV, VDRL, BAAR no lavado gástrico e RXTorax). No dia seguinte a criança foi transferida para a enfermaria onde a mãe referiu que há 7 dias da internação criança iniciou quadro de febre, que durou por 4 dias, tosse com expectoração hialina e diarréia, sendo as fezes líquidas e claras sem muco ou sangue. Criança apresentou também queda do estado geral e recusa alimentar. No momento da admissão na enfermaria mãe negava febre, vômitos ou diarréia. Referindo apenas tosse.
De conduta, manteve-se PGC e foi prescrito Albendazol e Metronidazol. [pic 1]
Sobre as condições socioeconômicas mãe informou que moram em casa de madeira, 3 co-habitantes (mãe e 2 filhas), o banheiro é externo, não há energia elétrica ou coleta de lixo. Não há água encanada.
No exame de fezes foram detectados ovos representados na imagem ao lado.
QUAL A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA? JUSTIFIQUE
Caso 2:
A.N.P., masculino, 50 anos, casado, ambulante, natural de Pernambuco (Caruaru). Internado em 04 de março de 1970. Referiu o paciente que sua doença começou há cerca de um ano, por dor abdominal tipo cólica, de moderada intensidade, localizada sobretudo na parte superior do abdome e acompanhada de fezes ora de aspecto aquoso, muco-sanguinolento, com numerosas evacuações nas 4 horas, ora de aspecto pastoso, de cor cinzenta, brilhantes, com duração de 7 a 10 dias. Ao mesmo tempo, começou a apresentar astenia, fatigabilidade fácil, palidez progressiva, tonturas, zumbidos, emagrecimento (cerca de 11 kg), edema indolor, mole, ao nível dos M.I. (até os joelhos) e aumento do volume abdom inal. Por essa ocasião foi recomendado a permanecer em repouso absoluto no leito, dieta hipossódica, e medicado com diuréticos, vitaminas, sais de ferro e antiespasmódicos, conseguindo melhora clínica. Entretanto, há três meses os sintomas reapareceram e devido ao seu precário estado de saúde procurou in ternação.
Reside em casa de taipa, não possuindo sanitário e banheiro; etilista inveterado; banhos em rios a qualquer hora do dia, principalmente entre 11 e 13 horas, desde a infância, não referindo prurido após os mesmos.
Exame físico — Paciente com estado geral e de nutrição precários, caquético aparenta estar cronicamente doente, marcha e fala normais, panículo adiposo escasso, edem a ( + + + ) frio, mole, indolor, em ambos os M.I. até o nível dos joelhos.
Exames de laboratório — Urina: densidade 1.018, pH 6, vestígios de albumina; parasitológico das fezes (método de Hoffman ): numerosas larvas degeneradas ( (método de Baerman-Moraes): numerosas larvas rabditoides. Várias larvas filarióides no escarro.
QUAL A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA? JUSTIFIQUE
Caso 3:
A intensa reação do conjuntivo mediastinal, provavelmente desencadeada por microfilárias, determinou no paciente - de 9 anos, residente em Belém, Estado do Pará - estreitamento do tronco e dos ramos principais da artéria pulmonar, defeito tido, inicialmente, como de natureza congênita. O exame histopatológico de duas dentre várias formações nodulares encontradas no mediastino, durante o ato operatório, permitiu, no entanto, estabelecer-se a verdadeira causa da alteração exibida pelo paciente. O achado representa uma forma curiosa de infecção completamente inesperada, quando se considera que a prevalência da doença é, hoje, muito baixa na cidade de Belém.
QUAL A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA? JUSTIFIQUE
Caso 4.
R.C.S., 35 anos, pedreiro, casado, residente em Betim. Internado em 09/14 com quadro de diarreia mensal recorrente, cerca de 03 evacuações líquidas que duravam 05 dias, seguida de melhora espontânea. Quadro iniciado no começo do ano. Há 3 meses da internação referiu perda ponderal e há 01 mês aumento do volume abdominal. Negava comorbidades prévias, uso de medicações e alergias. Etilista social.
Exame Físico: Bom estado geral, afebril, normotenso, eupneico em ar ambiente, sem alterações de ausculta cardíaca. Abdome ascítico e fígado palpável a 2 cm do rebordo costal direito.
Exames Complementares: Hemograma 29/09: HB 9 VCM 112 Leuc 6570 E 11%(723)
Líquido ascético: transudato, GASA portal e sem evidências de PBE (Leucócitos: 71 Albumina 0,4; Albumina sérica 3,7). Citologia negativa para malignidade
Sorologia para hepatites e HIV: negativos
US de abdome: hepatomegalia leve associada a alterações do sistema porta, com redução da velocidade de fluxo na veia porta e esplenomegalia leve, compatíveis com hepatopatia crônica e ascite.
Colonoscopia: múltiplos pólipos em cólon (colite e retite leves? Hiperplasia linfoide?).
Enterotomografia: achados que podem corresponder a doença inflamatória intestinal que acomete jejuno proximal e hepatoesplenomegalia. Linfonodomegalias mesentéricas múltiplas
EDA: varizes esofageanas de fino e médio calibres, pequenos pólipos gástricos e nodosidades em bulbo e segunda porção duodenal.
Biópsia Hepática: espaços porta levemente expandidos por fibrose e discreto infiltrado inflamatório, além de proliferação ductular e vascular e granuloma com ovo de S. mansoni (histologia compatível com esquistossomose hepática)
Biópsia de colonoscopia: infiltrado inflamatório linfoplasmoticitário com eosinófilos, associado a congestão e edema associados a granuloma envolvendo ovos, com fragmentos de cólon de aspecto polipoide
Tratamento: Praziquantel: 60mg/ dia em um dia, fracionada em duas doses. Paciente recebeu alta estável clinicamente, sem queixas, para acompanhamento ambulatorial.
QUAL A HIPÓTESE DIAGNÓSTICA? JUSTIFIQUE
Caso 5.
Paciente do sexo masculino, 49 anos, proveniente do interior da Paraíba, hipertenso, iniciou quadro de cefaleia inespecífica e episódios de crise convulsiva tônico-clônica generalizada com 1 mês de evolução. Sem alterações em nariz, orelha, face e tireoide. Ausência de linfonodomegalias palpáveis;
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