HIV - SÍNDROME IMUNODEFICIÊNCIA
Por: Cristiane Pinheiro • 22/6/2017 • Trabalho acadêmico • 3.349 Palavras (14 Páginas) • 439 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
A AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) surgiu a partir de um vírus chamado HIV (sigla originada do inglês: Human Immunodeficiency Vírus) o vírus da imunodeficiência humana, encontrado no sistema imunológico dos chimpanzés e do macaco-verde africano (M.GRMEK, 1995).
Apesar de não deixar esses animais doentes, o SIV (Vírus da Imunodeficiência Símia) é um vírus altamente mutante, que teria dado origem ao HIV, o vírus da AIDS. O SIV presente no macaco-verde criou o HIV2, uma versão menos agressiva, que demora mais tempo para provocar a AIDS. Já os chimpanzés deram origem ao HIV1, a forma mais mortal do vírus. "É provável que a transmissão para o ser humano, tanto do HIV1 como do HIV2, aconteceu em tribos da África central que caçavam ou domesticavam chimpanzés e macacos-verdes". Não há consenso sobre a data das primeiras transmissões, o mais provável, porém, é que tenham acontecido por volta de 1930. Nas décadas seguintes, a doença teria permanecido restrita a pequenos grupos e tribos da África central, na região ao sul do deserto do Saara. (M.GRMEK, 1995).
A epidemia do HIV/AIDS surgiu em época em que as autoridades sanitárias supunham que as doenças infecciosas estavam controladas. Diversos estudos apontam diferentes momentos na história do HIV/AIDS no Brasil. A primeira fase no inicio da década de 1980, quando surgiram os primeiros casos da AIDS no país, caracterizou-se pela omissão das autoridades governamentais, em especial no plano Federal, acompanhada de uma onda de medo e discriminação. (VILLARINHO, MARIANA VIEIRA et al.2013).
A AIDS é a manifestação do vírus no organismo, e é caracterizada pelo momento em que o vírus ataca o sistema imunológico. Como esse vírus ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a doenças mais graves como tuberculose ou câncer.
Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa infectada, por isso, o Ministério da Saúde recomenda em suas campanhas contra a doença, fazer o teste sempre que passar por alguma situação de risco e usar sempre o preservativo.
O objetivo do trabalho foi estudar HIV/AIDS, formas de prevenção e tratamento de acordo com as disciplinas do módulo.
2 DESENVOLVIMENTO
Desde o aparecimento dos primeiros casos e a identificação do vírus HIV, a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) constitui um dos grandes problemas de saúde pública no plano mundial. O Brasil tem 656.701 casos registrados de AIDS (condições em que a doença já manifestou) de 1980 até 2012. Atualmente, ainda há mais casos entre homens do que entre mulheres, apesar dos números serem maiores entre heterossexuais, a epidemia no país é concentrada em grupos populacionais com comportamentos que os expõem a um maior risco de infecção pelo HIV, como homossexuais, prostitutas e usuários de drogas. Já em crianças menores de cinco anos houve uma diminuição significante, o resultado confirma a eficácia da política de redução de transmissão vertical do HIV (mãe para bebê). Quando todas as medidas preventivas são adotadas a chance de transmissão vertical cai para 1% (MINISTERIO DA SAUDE, 2012).
De acordo com Serafini e Bandeira (2009) no Brasil, com base nos últimos dados estatísticos divulgados pelo Boletim Epidemiológico – AIDS e DSTs, no ano de 2007, 10,6% das mulheres e 8,7% dos homens diagnosticados como portadores do vírus HIV estavam na faixa dos 13 aos 24 anos de idade.
E o fator social que influencia no desenvolvimento da doença em adolescentes, é o início das relações sexuais sem conhecimento da família, seguidos da falta de informar sua condição de portador da doença ao parceiro sexual, e a prática de sexo sem preservativo (SERAFINI, BANDEIRA, 2009).
Essa doença gera graves consequências psicossociais, e de acordo com Serafini e Bandeira (2009) os jovens soropositivos, de ambos os sexos, apresentaram médias altas para os fatores depressão e ansiedade sendo que os sintomas dessas doenças já foram encontrados em estudos prévios com adolescentes soropositivos na transição para a vida adulta, caracterizando tal fase como crítica para os adolescentes portadores do vírus.
Além de enfrentar os desafios comuns a essa fase, adolescentes e jovens vivendo com HIV/AIDS tem ainda que conviver com o preconceito. A discriminação pode acontecer na escola, na rua, dentro da própria família, no grupo de amigos ou mesmo nos serviços de saúde, o que faz com que boa parte deles esconda o fato de viver com HIV/AIDS (MINISTERIO DA SAUDE, 2013).
Ao se pensar em sexualidade, observa se que, como qualquer outra pessoa dessa idade, os adolescentes e jovens necessitam ser aceitos pelos amigos e se sentirem a vontade para namorar. Só que o fato de viver com HIV/AIDS potencializa o medo de serem rejeitados pelos seus amigos e namorados especialmente ao perceberem o mundo preconceituoso em que vivem, no qual ‘ter AIDS’ ainda é um estigma (MINISTERIO DA SAUDE, 2013).
Embora a AIDS seja uma doença incurável, existem hoje tratamentos que aumentam a expectativa e qualidade de vida das pessoas que convivem com a doença, observa-se ainda como a vulnerabilidade relaciona-se à questões objetivas como, o acesso a informação, nesse sentido é muito importante para os portadores do vírus compreenderem como o tratamento contribui para uma maior sobrevida (GOMES, SILVA, OLIVEIRA, 2011).
O acesso universal ao tratamento e as estratégias de prevenção, proporcionou as pessoas que vivem com HIV/AIDS uma melhor qualidade de vida, diminuição da morbimortalidade e da transmissão vertical, trazendo a perspectiva de um futuro em que se incluam projetos de vida. Para tanto, é fundamental boa adesão ao tratamento, além de possibilidades concretas de inserção social (MINISTERIO DA SAUDE, 2012).
As políticas públicas vigentes no Brasil em benefício das pessoas com HIV/AIDS têm como foco prestar assistência de qualidade as pessoas que convivem com esta doença. Em 2009 o Brasil alcançou um total de 644 serviços implantados, algumas das principais atividades realizadas por esses serviços são: cuidados de enfermagem, orientação e apoio psicológico, atendimento em infectologia, ginecologia, pediátrico e odontológico, controle e distribuição de antirretrovirais, orientações farmacêuticas, realizações de exames de monitoramento, distribuição de insumo de prevenção, assim como atividades educativas para adesão ao tratamento e para controle da AIDS (VILLARINHO, MARIANA VIEIRA et al.2013).
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