Hormonios
Por: hormonio • 21/11/2015 • Projeto de pesquisa • 744 Palavras (3 Páginas) • 267 Visualizações
Quando um bebê é ignorado e não recebe os cuidados adequados e nem atenção, desenvolve uma antipatia para com os pais e cuidadores, há muitas causas que levam a crianças a desenvolverem transtornos na personalidade, e se não forem tomadas medidas para impedi-lo, pode levar a muitas complicações futuras. Conforme a criança cresce, pode achar que é difícil estabelecer relações de confiança com as pessoas ao redor, os casos extremos são normalmente causados por negligência crônica na infância, seguido por anos de instabilidade uma combinação muito comum para crianças que vivem em lares adotivos.
Como exemplo temos a história Beth Thomas, um bebê, com apenas 1 ano, a sua mãe veio a falecer, e por causa dessa tragédia ela ficou aos cuidados do pai, Beth foi violentada, passou fome, frio e abandono. Após diversas adoções que não deram certo ela foi adotada junto com o irmão Johnathan, por um casal que se dedicou de corpo e alma, e os dois crescem em um lar lar saudável, porém com o tempo a familia percebe que ela é uma criança violenta e perigosa.
Tanto o filme quanto o documentário apresentam a clara devastação emocional e psíquica que o abuso infantil pode causar em uma pessoa, e que toda e qualquer maldade que um adulto faz com uma criança repercute na sua essência, no seu psicologico, na sua auto estima.
A principio ela se mostra dominadora, mas na verdade é como se ela se protegesse de alguma coisa, o medo do passado que aparece em forma de pesadelos durante a noite, remetem a ela um desejo de fazer maldades para tentar se aliviar da dor que sofreu quando era mais nova, tentando mostrar ao outro seu sofrimento, e com esse estranho comportamento consegue influenciar maleficamente o irmãozinho, manipular os adultos ao seu redor, mostrando um lado violento e negro de sua personalidade. Por causa de sua condição, Beth era incapaz de se relacionar com qualquer pessoa, ou criar vínculos e laços de afeto, um tipo de incapacidade de sentir ou receber amor. Esta perda de sentimentos resultam em vergonha, raiva, falta de confiança, um medo mórbido de se apegar alguém, uma incapacidade de compreender o pensamento de causa e efeito e uma necessidade compulsiva de controlar todas as situações, costumava maltratar os animais e tentava constantemente matar seu irmãozinho, sempre que podia o molestava e/ou fazia algo que lhe causasse dor. Além disso, tinha uma sexualidade aflorada precoce, costumava se masturbar diariamente de tal forma que fazia com que sangrasse, chegando a ter que ir ao hospital. Também tinha constantes pesadelos com “um homem que caia sobre ela e a machucava com uma parte dele”.
Ela apresentava um desejo de matar a família inteira. Em certa ocasião, pegou algumas facas da cozinha com a intenção de esfaquear seus pais. Beth podia lidar com aquilo tudo de forma fria e calma, onde era ausente qualquer sentimento de remorso ou culpa, embora ela soubesse claramente em que resultariam suas ações e sobre o que elas causavam. Nas suas consultas com o psicologo, o a frieza se mostra presente quando ela relata as atrocidades que cometeu sem demonstrar nenhum tipo de arrependimento.
Os efeitos de uma criança que nasce sob essas condições são devastadores e o documentário mostra exatamente o processo que uma criança passa nesta realidade de abuso constante e a maneira como desenvolve uma personalidade psicopata. No entanto, o documentário também mostra que a criança que é vítima deste abuso também pode ser ajudada.
É difícil amar pessoas com esses problemas, porque na maioria das vezes só trazem problemas e pensa-se que é impossível tratar e recuperar. Mas são pessoas que precisam amar e ser amadas, são pessoas carentes e sobretudo são pessoas, não são demônios e nem tão pouco uma espécie de animais. São pessoas anormais que precisam de muito carinho, amor, dedicação para uma real recuperação, com muita terapia, tratamento e apoio da familia, uma transição notável ocorreu em Beth ela aprendeu a empatia e remorso quando alguém estava ferido, sobre certo e errado, aprendeu limites e a respeitar, e o mais importante a ter conficança em si e nos outros. Quando ela falou sobre seu abuso anterior de Jonathan chorou abertamente, apesar de todas as criticas sobre ser uma psicopata, pode-se analisar que ela apenas apresenta traços de psicopatias decorrentes de toda sua vivencia o caso de Beth é apenas um entre as milhares de crianças que desenvolveram psicopatia por algum determinado motivo.
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