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Interações medicamentosas

Por:   •  24/8/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.228 Palavras (5 Páginas)  •  701 Visualizações

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1) O fenômeno das interações medicamentosas constitui na atualidade um dos temas mais importantes da farmacologia, para a prática clínica dos profissionais da saúde. O uso concomitante de vários medicamentos (a polifarmácia), enquanto estratégia terapêutica, e o crescente número destes agentes no mercado são alguns dos fatores que contribuem para ampliar os efeitos benéficos da terapia, mas que também possibilitam a interferência mútua de ações farmacológicas podendo resultar em alterações dos efeitos desejados. Com base nesta informação faça um comentário sobre a polifarmácia e o uso irracional de medicamentos.

Sabemos que vários fatores influenciaram para que a auto medicação e o uso concomitante de fármacos tenha aumentado tanto não só na população Brasileira mas a nível mundial também. Parte dessa culpa vem dos Órgãos Públicos de Saúde, que não desenvolveram políticas básicas para promover o uso racional de medicamentos, bem como, acesso gratuito a medicamentos de uso contínuo e de outros aspectos, que aparentemente são controlados, mas sabemos que não é bem assim, também o poder da indústria farmacêutica e seus departamentos de marketing induzem e estimulam com propagandas a automedicação, isso se reverte em lucros estratosféricos para indústria e para rede de drogarias, sem se preocupar com o paciente/cliente e as futuras complicações clínicas, ou seja, as consequências do amplo uso de medicamentos têm impacto no âmbito clínico e econômico repercutindo na segurança do paciente, sem contar que em função de mudanças orgânicas decorrentes do envelhecimento a situação piora. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 50% de todos os medicamentos são incorretamente prescritos, dispensados e vendidos; e mais de 50% dos pacientes os usam incorretamente.

Quando um paciente/cliente usa um medicamento indiscriminadamente ou sem nenhum critério técnico, dizemos que se trata de uso irracional de medicamentos, que é um importante problema de saúde pública. Portanto, é preciso considerar o importantíssimo papel do farmacêutico e efetivamente incorporá-lo às equipes de saúde, a fim de que se garanta a melhoria da utilização dos medicamentos, com redução dos riscos de morbimortalidade para a sociedade. O uso racional de medicamentos é definido como um processo que compreende a prescrição apropriada; a disponibilidade oportuna e a preços acessíveis; a dispensação em condições adequadas; e o conjunto de doses indicadas, nos intervalos definidos e no período de tempo indicado de medicamentos eficazes, seguros e de qualidade. A assistência farmacêutica é de suma importância, entre suas premissas, a utilização dos medicamentos, por meio da prescrição, dispensação e uso, como define o Uso Racional de Medicamentos (URM), entendido como um conjunto de práticas que inclui: • A escolha terapêutica medicamentosa adequada; • A indicação apropriada deste medicamento; • A inexistência de contra-indicação e • A mínima probabilidade de reações adversas; • A dispensação correta, incluindo informação apropriada sobre os medicamentos prescritos.

Sendo assim, concluo meu comentário dizendo que estamos longe de atingir as mudanças necessárias para que não só a população mas o órgãos de saúde, as indústrias, bem como, redes de drogarias, mudem suas concepções a respeito do medicamento e suas possíveis consequências benéficas e maléficas no organismo, não é só lucrar mas sim orientar a população à cerca do uso incorreto de medicamentos e o Farmacêutico deve ser atuante neste aspecto.

2) Uma indústria detentora da patente de um anti-inflamatório desenvolveu recentemente um pró-fármaco a partir da molécula do anti-inflamatório anteriormente patenteado. Sabendo que, por definição, um pró-fármaco é um composto que requer biotransformação metabólica depois da administração, para produzir o composto farmacologicamente ativo desejado descreva como ocorre este processo?

Sabemos que alguns fármacos não conseguem atravessar as diversas barreiras em nosso organismo causando limitações a este fármaco por critérios farmacocinéticos e farmacêuticos, como absorção incompleta do fármaco através das membranas biológicas, tais como células da mucosa gastrintestinal; biodisponibilidade sistêmica incompleta do fármaco devido ao metabolismo pré-sistêmico; absorção ou excreção muito rápidas do fármaco, quando são desejáveis longos períodos de ação; toxicidade relacionada à irritação local ou à distribuição em outros tecidos. E na fase farmacêutica que se observam os principais problemas farmacotécnicos, tais como falta de solubilidade adequada, comprometendo a dissolução, passo determinante na ação do fármaco e estreitamente ligado à biodisponibilidade. Outros problemas identificados consistem em falta de estabilidade das formulações e propriedades organolépticas indesejá- veis das mesmas.

Diante desses fatores que comprometem o desempenho do fármaco em nosso organismo, foram desenvolvidos os pró-fármacos. Pró-fármacos são fármacos em sua forma inativa/inerte ou substancialmente menos ativas, que quando são administrados, sofrerão uma biotransformação metabólica “enzimática/bioquímica”, ou seja, serão convertidos para a forma ativa ligando-se no sítio alvo passando a produzir efeito biológico.

Como

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