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Manipulação de íons

Por:   •  16/5/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.941 Palavras (8 Páginas)  •  330 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS-UNIPAM

CURSO: FARMÁCIA 3º PERÍODO

DISCIPLINA: FISIOLOGIA

SINAPSE DE JUNÇÃO NEUROMUSCULAR- MANIPULAÇÃO DE ÍONS E DROGAS

LARISSA LARA

   RAFAEL AUGUSTO

PATOS DE MINAS, 06 DE ABRIL DE 2016.

INTRODUÇÃO

Os íons são muito importantes para o bom funcionamento do nosso organismo. Seu excesso ou carência pode causar problemas à nossa saúde.

Os íons encontrados em grande quantidade (concentrações) no nosso organismo são chamados de macroelementos. Íon como sódio, em nosso organismo, atua no controle da pressão sanguínea e na propagação de impulsos nervosos. O cálcio além de formar ossos e dentes, ele participa dos processos de coagulação, contração muscular, regulação de batimentos cardíacos e atuação de enzimas. Ele influencia na contração muscular e na atividade dos nervos e sua deficiência (hipocalcemia) pode provocar osteoporose, raquitismo, paralisia muscular total ou parcial e hipertensão arterial. O íon potássio participa da manutenção do equilíbrio hídrico da célula e regula o pH do sangue. É importantíssimo para o bom metabolismo de carboidratos e proteínas. Evita hipertensão e
doenças cardiovasculares, porém seu excesso ou a sua carência podem levar a problemas cardíacos.

Uma junção neuromuscular (ou junção mioneural) é a junção entre a parte terminal de um axónio motor com uma placa motora (ousinapse neuromuscular), que é a região da membrana plasmática de uma fibra muscular (o sarcolema) onde se dá o encontro entre onervo e o músculo permitindo desencadear a contração muscular.

Na junção neuromuscular o neurotransmissor utilizado é a acetilcolina. A fibra nervosa ramifica-se no final, para formar a placa terminal que se invagina para dentro da fibra muscular, mas repousa inteiramente na parte externa da membrana.

[pic 1]

Visão detalhada de uma junção neuromuscular:
1. Terminal 
pré-sináptico
2. 
Sarcolema
3. 
Vesícula sináptica
4. Receptor de aceticolcolina nicotínico
5. 
Mitocôndria

A placa motora é o local em que um estímulo elétrico tem de ser transformado em movimento, através de alguns mediadores químicos, o principal dos quais a acetilcolina, permitem essa transformação.

As sinapses, incluindo as placas motoras e o sistema nervoso autônomo sao colinérgicos, isto é, liberam acetilcolina.

[pic 2]

Visão global da junção neuromuscular:
1. 
Axônio
2. Placa motora
3. 
Fibra muscular
4. 
Miofibrila

Manipulação dos íons:

TUBOCURARINA:

[pic 3]

É o mais antigo representante desta categoria que bloqueia  transição neuromuscular pela oclusão reversível dos locais de ligação de acetilcolina no receptor colinérgico. A reversão do bloqueio, obtido em agentes anticolinesterásicos preserva e aumenta a concentração funcional da acetilcolina, causando deslocamento da d-tubocurarina do receptor colinérgico.

Nas doses de 6 a 9 mg, utilizadas para o bloqueio de transmissão neuromuscular, a d-tubocurarina provoca bloqueio incompleto da transmissão ganglionar. A metade dessa dose pode ser empregada para a manutenção do bloqueio; cerca de 40% da dose é excretada na forma  intacta pelo rim em um período de 24 horas.

- mecanismo de ação: o protótipo do grupo é a d-tubocurarina, um alcaloide utilizado como veneno de flechas por índios da América do Sul. Em geral esses compostos apresentam duas cabeças com cargas elétricas, separadas por um componente orgânico “espesso”. Essas cabeças permitem a fixação da droga aos dois sítios de ligação do AChR. Entretanto, devido ao grande componente intercalado, o canal é ocluído, impedindo o fluxo de cátions. Devido á natureza competitiva desse bloqueio, o efeito dos bloqueadores não-despolarizantes pode ser revertido com agentes anti-AChE e outros procedimentos que aumentam a concentração sináptica de ACh.

- Ações farmacológicas: A d-tubocurarina bloqueia os AChR nicotínicos nas placas terminais do músculo e gânglios autônomos, porém não tem nenhum efeito sobre os AChR  muscarínicos. Não afeta a excitabilidade nervosa ou muscular nem a condução dos potenciais de ação. Em virtude de sua carga, pentera pouco nas células e não passa pra o SNC. Nos seres humanos, a d-tubocurarina   apresenta inicio de ação moderado (3-4 minutos) seguidos de paralisia flácida progressiva. A recuperação da paralisia ocorre na sequência inversa.

- Usos clínicos: o grau de bloqueio pode ser influenciado pelo ph do corpo e pelo equilíbrio eletrolítico. A hipopotassemia produzida por diarreia, doença renal, ou uso de diuréticos que causam depleção de potássio potencializa o efeito dos bloqueadores não-despolarizantes. Por outro lado, a hiperpotassemia pode opor-se as ações da d-tubocurarina, porém potencializa a resposta da placa terminal á succinilcolina. A eficácia da d-tubocurarina é reduzida pela alcalose. A exemplo dos recém-nascidos, os pacientes com miastenia grave, são muito sensíveis à paralisia pela d-tubocurarina, porém são resistentes à succinilcolina. Essa responsividade alterada deve-se, provavelmente, ao menor numero de AChR funcionais na placa terminal. Como os recém-nascidos são muito sensíveis à d-tubocurarina, é necessário reduzir a dose, devendo-se proceder a uma rigorosa monitorização do grau de bloqueio.

- Efeitos adversos: a d-tubocurarina, pode causar broncoespasmo e hipertensão através da liberação  de histamina dos mastrocitos. Essa ação pode ser anulada mediante tratamento prévio com anti-histaminicos. A d-tubocurarina produz bloqueio parcial dos gânglios sinápticos e da medula supra-renal, oque também pode colaborar por hipotensão.  

NEOSTIGMINA

[pic 4]

É um composto sintético de amônio quartenario que inibe a degradação de  acetilcolina pela acetilcolinesterase, facilitando, assim a transmissão de impulsos na união neuromuscular. Os organofosforados são metabolizados em produtos inativos por hidrolases do plasma, rins, fígado, e pulmões. Os metabolitos dos anticolinesterásicos e, em alguns casos porcentagem significativa da droga original são eliminadas pela urina. Em pacientes com insuficiência renal, as meias-vidas da neostigmina,piridostigmina e edrofônio são aumentadas de 2 a 3 vezes. A eliminação renal, se processa principalmente por filtração glomerular e no caso das aminas quaternárias, também por secreção tubular.

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