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Métodos contraceptivos

Por:   •  28/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.431 Palavras (10 Páginas)  •  469 Visualizações

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MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

São os métodos utilizados para evitar uma gravidez indesejada.

Didaticamente, esses métodos estão classificados em naturais (ou comportamentais), físicos (ou mecânicos ou de barreira), químicos e definitivos (ou cirúrgicos).

Todos os métodos contraceptivos têm limitações e nenhum tipo é considerado ideal.

Com exceção de alguns tipos de métodos contraceptivos (como os naturais e preservativos), todos devem ser prescritos por um médico. Alguns fatores são importantes para a escolha do método contraceptivo a ser utilizado:

  • Idade;
  • Número de filhos;
  • Compreensão e tolerância ao método;
  • Desejo de procriação futura;
  • Doenças crônicas que podem ser agravadas pelo uso de determinado método.

Alguns métodos contraceptivos, além de sua utilização para planejamento familiar, podem ter outros benefícios como evitar doenças sexualmente transmissíveis.

1. Métodos naturais ou comportamentais

Baseiam-se na determinação período fértil da mulher, evitando as relações sexuais nesse período (durante a ovulação e nos dias imediatamente anteriores e posteriores a ela). Deve-se considerar que os espermatozoides podem sobreviver no trato reprodutivo feminino por até 72 horas, mesmo após ovulação; o ovócito pode sobreviver de 24 a 48 horas.

a) Coito interrompido

É a interrupção da relação sexual antes que ocorra a ejaculação. O índice de eficácia é baixo, variando entre 20 a 30%.

b) Método do ritmo ou Método Ogino-Knaus (Tabelinha)

Consiste em evitar a relação sexual no período fértil da mulher, determinando-o através da medição da temperatura corporal basal ou da observação da consistência do muco cervical durante o ciclo sexual.

Para determinação dos dias férteis é necessário registrar a duração dos ciclos menstruais durante seis a oito meses. Tendo em mãos a tabela com os períodos dos ciclos menstruais separam-se os períodos mais longo e mais curto. Do período mais longo, subtrai-se 11 e do período mais curto, subtrai-se 18. Supondo que uma mulher apresente como ciclo mais longo um de 31dias e o mais curto de 28 dias, seu período fértil estará compreendido entre o décimo e vigésimo dias do ciclo. O primeiro dia do ciclo é o primeiro dia da menstruação.

Uma desvantagem desse método é que não se pode prever a ovulação com certeza e poucas são as mulheres que apresentam ciclos menstruais regulares.

Método da temperatura basal do corpo

Imediatamente antes da ovulação, a temperatura corporal cai sutilmente e após a ovulação a temperatura elava-se subitamente. Essa mudança de temperatura (0,15 a 0,3 o C) pode estimar razoavelmente o período de ovulação. A produção de progesterona pelo corpo lúteo é o responsável por essa elevação de temperatura.

O inconveniente desse método é o fato de que é necessário medir a temperatura sempre na mesma cavidade (boca, vagina ou ânus) diariamente pelas manhãs, na mesma hora, antes de sair da cama e esta técnica não indica quando irá ocorrer a ovulação, mas somente quando já ocorreu, sendo os dias mais propícios a relações sexuais os três dias após elevação da temperatura. Para sua melhor observação o ideal seria a construção de um gráfico. O índice de eficácia varia de 30 a 40%.

É necessária a medição da temperatura por vários meses para que as variações de temperatura sejam notadas.

Método do muco cervical

Baseia-se na observação da consistência do muco secretado pelo colo do útero que sai pela vagina. O muco muda de aspecto durante o ciclo sexual. Após a menstruação, há um período de secura (inexistência de muco), seguido por um período de aparecimento de muco viscoso que se torna muito fluido (semelhante à clara de ovo, para facilitar o movimento dos espermatozoides) durante a ovulação.

        A consistência do muco deve ser observada diariamente. No período fértil, a elasticidade do muco pode atingir de 15 a 20 cm. O período fértil é suposto ter inicio no 1º dia em que se observam as alterações do muco. Este período poderá durar 7 a 14 dias. Os dias subsequentes a três dias sem muco, são considerados inférteis.

2. Métodos físicos, mecânicos ou de barreira.

Compreendem dispositivos que fornecem uma barreira mecânica entre os espermatozoides e o ovócito ou que impedem a implantação do embrião no útero.

a) Preservativo masculino (camisinha)

É uma cobertura de látex muito fina que deve ser colocada sobre o pênis ereto antes da penetração na vagina, durante o ato sexual. Serve para impedir entrada de espermatozóides na vagina e, consequentemente, para o útero (o sêmen fica retido dentro da camisinha). Alguns preservativos são cobertos por uma substância espermaticida, que ajuda a inativar os espermatozoides.

É imprescindível que se utilize sempre um preservativo novo a cada relação sexual, sendo que cada um deve ser utilizado apenas uma vez. O índice de eficácia depende da forma como é utilizado (60-80%). A prescrição médica não é necessária.

A camisinha também pode ser utilizada na prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, tais como gonorréia, sífilis e AIDS.

b) Preservativo feminino (camisinha)

Não são feitos de látex ou borracha, mas de uma membrana plástica muito fina (poliuretano). É aberto de um lado e fechado do outro. Em ambas as extremidades, existe um anel flexível para ajudar a fixar o preservativo no lugar.

Vantagens:

Pode ser colocado em qualquer momento antes da penetração do pênis, mesmo horas antes.

Não é necessária a retirada imediata do pênis após a ejaculação.

É mais resistente que o preservativo masculino.

São caros (cerca do triplo dos preservativos masculinos).

        c) Diafragma

É um disco flexível de borracha ou silicone, com anéis metálicos flexíveis, que deve ser introduzido pela mulher, através da vagina e adaptado ao colo do útero. Pode ser usado impregnado por uma camada de espermaticida. Pode ser colocado momentos antes da relação sexual. Sua função é impedir que os espermatozoides cheguem ao útero.

A remoção do diafragma deve ser feita no mínimo oito horas após a relação sexual e no máximo 24 horas após a inserção com o intuito de evitar infecções vaginais esperar que o espermicida utilizado mate todos os espermatozoides. Logo após a remoção, deve-se lavar com água e sabão neutro, deixando-se secar de maneira natural, sem utilizar talco ou pó secante.

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