O USO DO OMEPRAZOL: UMA AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA ADMINISTRAÇÃO PROLONGADA DO MEDICAMENTO
Por: gabii22 • 23/11/2018 • Artigo • 4.770 Palavras (20 Páginas) • 299 Visualizações
O USO DO OMEPRAZOL: UMA AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA ADMINISTRAÇÃO PROLONGADA DO MEDICAMENTO
OMEPRAZOLE: AN EVALUATION OF THE EFFECTS OF LONG-TERM ADMINISTRATION OF THE MEDICINAL PRODUCT
OLIVEIRA, Gabriela Karla Silva de 1; SANTANA, Luanne Fernandes 2
RESUMO
O Omeprazol é um fármaco de expressiva escolha clínica para o tratamento de desordens ácido-pépticas, aprovado para aplicação em terapias medicamentosas em casos de doenças como: refluxos gastrointestinais, úlceras gástricas e duodenais. É um dos supressores mais potentes da secreção do ácido gástrico, e sua ação, consiste na diminuição da quantidade de ácido produzida pelo estômago, prevenindo danos ao trato gastrintestinal, ajudando no processo de cura e cicatrização do estomago afetado, auxilia na redução de sintomas como a azia, arrotos ou indigestão. Seu expressivo consumo dar-se devido a fácil aquisição, e ao potencial de alívio já conhecido pelos pacientes. Com o uso indiscriminado do Omeprazol torna-se indispensável à atenção farmacêutica quanto aos possíveis efeitos do consumo abusivo deste fármaco. Considerando a relevância desta temática, esta pesquisa tem por objetivo a realização de uma análise descritiva acerca dos possíveis efeitos resultantes do uso contínuo e indiscriminado do Omeprazol. Objetiva-se também na avaliação dos aspectos farmacológicos e toxicológicos, de forma a esclarecer os principais riscos da automedicação e do consumo não terapêutico e prolongado deste composto. Este estudo foi realizado por meio de uma pesquisa descritiva, exploratória e sistemática de Revisão de Literatura fomentada na documentação bibliográfica direcionada pela dissertação sistemática de conteúdos obtidos em livros e artigos científicos publicados nos últimos 10 anos, de 2007 a 2017 contemplando a temática em questão.
Palavras- chave: Omeprazol, Uso Contínuo, Efeitos.
ABSTRACT
Omeprazole is a drug of considerable clinical choice for the treatment of acid-peptic disorders, approved for use in drug therapies in cases of diseases such as: gastrointestinal reflux, gastric and duodenal ulcers. It is one of the most potent suppressors of gastric acid secretion, and its action consists in reducing the amount of acid produced by the stomach, preventing damage to the gastrointestinal tract, helping in the healing process and healing of the affected stomach, aid in reducing symptoms such as heartburn, belching or indigestion. Its expressive consumption give up because of easy acquisition, and the potential for relief already known to patients. With the indiscriminate use of Omeprazole it becomes indispensable to the pharmaceutical attention as to the possible effects of the abusive consumption of this drug. Considering the relevance of this issue, this research aims at a descriptive analysis of the possible effects resulting from the continuous and indiscriminate use of Omeprazole. The objective is also to evaluate the pharmacological and toxicological aspects, in order to clarify the main risks of self-medication and the non-therapeutic and prolonged consumption of this compound. This study was carried out through a descriptive, exploratory and systematic research of Literature Review fostered in the bibliographic documentation directed by the systematic dissertation of contents obtained in books and scientific articles published in the last 10 years, from 2007 to 2017 contemplating the subject in question.
Key Words: Omeprazole, Continuous Use, Effects.
Introdução
O consumo indiscriminado e a automedicação tem se tornado tema de grande preocupação da saúde pública e dos especialistas da área farmacêutica no Brasil (YANAGIHARA, et al, 2015).
A Organização Mundial da Saúde - OMS define o medicamento como um produto farmacêutico destinado ao tratamento, a recuperação ou a manutenção da condição de saúde da população, cuja administração deve ser feita por meio de uma prescrição terapêutica ou diagnóstico específico (Conselho Nacional de Saúde- CNS, 2017).
Ainda segundo o Conselho Nacional de Saúde, (2017) o consumo por conta própria, de determinados fármacos, ou por indicação de pessoas não habilitadas, sem a avaliação de um profissional de saúde, constituem de um enorme risco a saúde humana, cujos efeitos podem levar ao óbito.
O uso indiscriminado de medicamentos esta associado ao consumo excessivo ou por prazo indeterminado, que normalmente ocorre como efeito da ausência do acompanhamento terapêutico. Os fatores correlacionados a má administração medicamentosa associam se a dificuldade de acesso aos serviços públicos de saúde, a cultura da automedicação evidenciada no Brasil, a falta de informação e crença de que algumas substâncias não possuem potencial de agravos à saúde (YANAGIHARA, et al, 2015).
O Omeprazol é um fármaco de expressiva escolha clínica para o tratamento de desordens ácido-pépticas, aprovado para aplicação em terapias medicamentosas em casos de doenças como: refluxos gastrointestinais, úlceras gástricas e duodenais (BRAGA; SILVA; INES, 2011).
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, (2013) trata-se de um medicamento amplamente aceito, e de expressiva precisão clínica, por apresentar poucos efeitos adversos, baixo custo de aquisição em relação a outras fórmulas, e quando administrados corretamente, apresenta boa relação risco-benefício, devido ao poder efetivo no alívio de sintomas como a azia, a indigestão, na dor gástrica decorrente da produção excessiva de ácido pelo estômago e no tratamento de úlceras associadas a infecções.
O Omeprazol encontra na classe dos medicamentos inibidores da bomba de próton (H+K+ ATPase), enzima localizada na superfície das células parentais do estomago, tendo como função principal a inibição da produção do ácido estomacal (YANAGIHARA, et al, 2015).
É um dos supressores mais utilizados devido sua ação sob a diminuição da quantidade de ácido produzida pelo estômago, prevenindo danos ao trato gastrintestinal, ajudando no processo de cura e cicatrização da região afetada, reduzindo a progressão dos sintomas físicos já relacionados (BRAGA; SILVA; INES, 2011).
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