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Roteiro de aula prática para coleta de sangue venoso

Por:   •  18/7/2019  •  Relatório de pesquisa  •  1.472 Palavras (6 Páginas)  •  3.240 Visualizações

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ANEXO 01 - ROTEIRO DE AULA PRÁTICA 01

IDENTIFICAÇÃO

Curso: Farmácia                      

Turno: Noturno

                                                                                                                               

Disciplina: Bioquímica Clínica                                            

Termo: 7ºp                      

Semestre: 1º sem                                            

Ano Letivo: 2019

Docente: Prof.ª Esp. Paula Humber Lahoud

CONTEÚDO

Coleta de Sangue Venoso.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O aluno deverá ser capaz de:

  • Aplicar a teoria da coleta de sangue venoso e do manuseio de amostras durante a prática.
  • Manipular os materiais necessários para a coleta de sangue venoso.
  • Praticar a técnica da coleta de sangue venoso.

INTRODUÇÃO TEÓRICA

Também conhecida como flebotomia, o processo de retirada de sangue, ainda é um dos procedimentos invasivos mais comuns e importantes na atenção de saúde.

Os exames de sangue laboratoriais são uma parte vital do processo de diagnóstico, conduzindo ao diagnóstico correto, a análise da famacoterapia e a determinar o curso apropriado de tratamento.

Escolha da Veia

Embora qualquer veia do membro superior que apresente condições para coleta possa ser puncionada, as veias cubital mediana e cefálica são as mais frequentemente utilizadas. Dentre elas, a veia cefálica é a mais propensa à formação de hematomas e pode ser dolorosa ao ser puncionada. As Figuras 1 e 2 mostram a localização das veias do membro superior e do dorso da mão, respectivamente.

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FIGURA 01: Veias do Membro Superior.

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FIGURA 02: Veias do Dorso da Mão.

O Torniquete

O torniquete é empregado para aumentar a pressão intravascular, o que facilita a palpação da veia e o preenchimento dos tubos de coleta ou da seringa.

No ato da venopunção devem estar disponíveis torniquetes ou produtos utilizados como tal. A figura 03 ilustra o posicionamento correto do torniquete.

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FIGURA 03: Posicionamento correto do torniquete.

Higienização das Mãos

A higienização pode ser feita com água e sabão, conforme o procedimento ilustrado na Figura 4, ou usando álcool gel.

A fricção com álcool reduz em 1/3 o tempo despendido pelos profissionais de saúde para a higiene das mãos, aumentando a aderência a esta ação básica de controle.

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FIGURA 4: Higienização das Mãos.

Colocando as Luvas

As luvas devem ser trocadas antes da realização da venopunção.

As luvas devem ser calçadas, com cuidado, para que não rasguem. Devem ficar bem aderidas à pele, para que o flebotomista não perca a sensibilidade no momento da punção (Figura 5).

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FIGURA 5: Calçando as luvas

Antissepsia do local da punção

O procedimento de venopunção deve ser precedido pela higienização do local para prevenir a contaminação microbiana de cada paciente ou amostra.

Antissépticos

• Para a preparação da pele, o uso de antissépticos é necessário.

• Dentre eles, citamos: álcool isopropílico 70% ou álcool etílico, iodeto de povidona 1 a 10% ou gluconato de clorexidina para hemoculturas, substâncias de limpeza não-alcoólicas (como clorexidina, sabão neutro).

Antissepsia

• Recomenda-se usar uma gaze umedecida com solução de álcool isopropílico ou etílico 70%, comercialmente preparado.

• Limpar o local com um movimento circular do centro para fora (Figura 6).

• Permitir a secagem da área por 30 segundos para prevenir hemólise da amostra e reduzir a sensação de ardência na venopunção.

• Não assoprar, não abanar e não colocar nada no local.

• Não tocar novamente na região após a antissepsia.

• Se a venopunção for difícil de ser obtida e a veia precisar ser palpada novamente para efetuar a coleta, o local escolhido deve ser limpo novamente.

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FIGURA 6: Antissepsia com movimento circular de dentro pra fora.

MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E REAGENTES

  • Seringa compatível com o volume de sangue necessário para o exame
  • Agulha ou escalpe compatível com o acesso venoso do paciente
  • Garrote
  • Tubo coletor de sangue
  • Álcool a 70%
  • Gaze seca ou algodão
  • Curativo estéril
  • Bandeja ou cuba rim
  • EPI (jaleco, luvas de procedimentos, máscara cirúrgica descartável, óculos de proteção)

PROCEDIMENTO

  1. Verificar se a cabine de coleta está limpa e abastecida de todos os materiais necessários para início dos procedimentos.
  2. Solicitar ao paciente que diga seu nome completo para confirmação do pedido médico e etiqueta.
  3. Conferir e ordenar todo o material a ser usado no paciente, de acordo com o pedido médico (tubo, gaze, torniquete, etc.). A identificação dos tubos deve ser feita na frente do paciente.
  4. Informar ao paciente como será realizado o procedimento.
  5. Abrir a seringa na frente do paciente.
  6. Higienizar as mãos
  7. Calçar as luvas
  8. Posicionar o braço do paciente, inclinando-o para baixo, na altura do ombro
  9. Se o torniquete for usado para seleção preliminar da veia, pedir para que o paciente abra e feche a mão; em seguida, afrouxar o instrumento e esperar 2 minutos para utilizá-lo novamente.
  10. Fazer a antissepsia
  11. Garrotear o braço do paciente
  12. Retirar a proteção da agulha hipodérmica
  13. Fazer a punção numa angulação oblíqua de 30o, com o bisel da agulha voltado para cima, se necessário, para melhor visualizar a veia, esticar a pele com a outra mão, longe do local onde foi feita a antissepsia
  14. Desgarrotear o braço do paciente assim que o sangue começar a fluir dentro da seringa
  15. Aspirar devagar o volume necessário, de acordo com a quantidade de sangue requerida na etiqueta dos tubos a serem utilizados (respeitar, ao máximo, a exigência da proporção sangue/aditivo). Aspirar o sangue, evitando bolhas e espuma, com agilidade, pois o processo de coagulação do organismo do paciente já foi ativado no momento da punção.
  16. Retirar a agulha da veia do paciente
  17. Exercer pressão no local, em geral, de 1 a 2 minutos, evitando, assim, a formação de hematomas e sangramentos (Figura 41). Se o paciente estiver em condições de fazê-lo, oriente-o para que faça a pressão até que o orifício da punção pare de sangrar.
  18. Tenha cuidado com a agulha para evitar acidentes perfurocortantes.
  19. Descartar a agulha imediatamente após sua remoção do braço do paciente, em recipiente adequado, sem a utilização das mãos (de acordo com a normatização nacional – não desconectar a agulha – não reencapar). Caso esteja usando agulha com dispositivo de segurança, ativar o dispositivo e descartar a agulha no descartador para objetos perfurocortantes, de acordo com a NR32.
  20. Transferir o volume de sangue adequado para cada tubo a ser utilizado.
  21. Homogeneizar o conteúdo imediatamente após a retirada de cada tubo, invertendo-o suavemente de 5 a 10 vezes.
  22. Fazer curativo oclusivo no local da punção
  23. Orientar o paciente a não dobrar o braço, não carregar peso ou bolsa a tiracolo no mesmo lado da punção por, no mínimo, 1 hora, e não manter a manga dobrada, pois pode funcionar como torniquete.
  24. Verificar se há alguma pendência, dando orientações adicionais ao paciente, se necessário.
  25. Certificar-se das condições gerais do paciente perguntando se está em condições de se locomover sozinho. Em caso afirmativo, entregar o comprovante de retirada do resultado ao paciente para, em seguida, liberá-lo.
  26. Colocar as amostras em local adequado ou encaminhá-las imediatamente para processamento. Deve-se respeitar sempre o procedimento operacional do laboratório; por exemplo, nos casos indicados manter em gelo os materiais necessários.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços da Saúde. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2005. Disponível em: . Acesso em: 28 jan. 2019.

MOURA, R. A. Técnicas de laboratório. São Paulo: Atheneu,2008.p.115-121.

Vários autores. Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial para coleta de sangue venoso – 2. ed. Barueri,SP : Minha Editora, 2010

GLOSSÁRIO/TERMINOLOGIA

Definido em aula, de acordo com a necessidade do aluno.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Uso Obrigatório do EPI de acordo com as regras do Laboratório.

ANEXOS

Em anexo, fotos ilustrativas do procedimento de coleta, passo a passo.

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FIGURA 7: Procedimento de coleta.

...

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