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Óleos essenciais

Por:   •  1/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.257 Palavras (6 Páginas)  •  577 Visualizações

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Óleos Essenciais

Conceitos:

  1. De acordo com a 8a Edição da Farmacopéia Francesa (1965), óleos essenciais (=essências=óleos voláteis= óleos) são: produtos de baixo teor, que compreendem os princípios voláteis presentes nas plantas. Para extrair esses princípios voláteis há vários procedimentos. Desses, somente dois podem ser usados para preparar óleos oficialmente: extração por hidrodestilação (arraste por vapor d’água) e expressão.
  2. Extrato de odor característico, obtido de material vegetal (droga) fresca pela extração com solvente não aquoso          Essência. [pic 1]
  3. São os princípios odoríferos das plantas que podem ser encontrados nos seus diferentes órgãos. Devido a sua evaporação em contato com o ar e à temperatura ambiente, são chamados de óleos voláteis ou etéreos. Apresentam vasta utilização como condimentos e não como alimentos.

Classificação:

        De acordo com a consistência dos óleos essenciais, esses podem ser classificados como essências fluidas, bálsamos e óleo resinas. As essências fluidas são líquidos voláteis a temperatura ambiente. Os bálsamos apresentam consistência mais espessa, são pouco voláteis e propensos a sofrer reações de polimerização, como o bálsamo de copaíba, o bálsamo de Tolú, de Benjoim, etc. Os óleos resina têm o aroma das plantas de forma mais concentrada e são tipicamente líquidos muito viscosos ou são semi-sólidos (óleo resina do Gengibre = Zingiber officinalis). De acordo com a sua origem, podem ser naturais, artificiais ou sintéticos. Os naturais se obtêm diretamente da planta e não sofrem modificações físicas ou químicas posteriores, devido ao seu rendimento tão baixo, apresentam custo elevado. Os artificiais são obtidos através de processos de enriquecimento da mesma essência com um ou vários de seus componentes, por exemplo, a mistura da essência de rosas, gerânio e jasmim com linalol, ou da essência de anis com anetol. Os óleos essenciais sintéticos são produzidos pela combinação de componentes obtidos por síntese química. São mais econômicos e por tanto são muitos mais utilizados como aromatizantes e edulcorantes (essência de vanilina, limão, frutas, etc.).

Distribuição, Localização e Função:

        Óleos essenciais ocorrem virtualmente somente em vegetais superiores. Os gêneros capazes de elaborá-los são distribuídos em cerca de 50 famílias, muitos deles estão presentes nas ordens Lamiales, Asterales e Rutales, como também em Laurales e Magnoliales. Somente em Violales, que contém princípios fragrantes, aparentemente não observamos mono ou sesquiterpenos.

        Os óleos essenciais se acumulam em todos os tipos de órgãos vegetais: flores (laranja, bergamota), folhas (capim limão, louro, eucalipto) e, menos comumente, nas cascas (Cinnamomum sp.), madeira (sândalo, pau rosa), raízes (vetiver), rizomas (cúrcuma, gengibre), frutos (erva-doce, funcho, anis) e sementes (noz moscada).

        Embora, todos os órgãos de uma dada espécie possam conter óleos essenciais, sua composição pode variar com a localização. Quantitativamente, os níveis de óleos essenciais são baixos e muitas vezes, menor que 1% (casos muito superiores são excepcionais).

        A síntese e o acúmulo desses óleos são geralmente associados com a presença de estruturas especializadas histologicamente, localizadas na superfície da planta ou na sua proximidade. Dependendo da família,os óleos voláteis podem ocorrer em estruturas secretoras especializadas, tais como em pêlos (tricomas) glandulares (Lamiaceae), células parenquimáticas diferenciadas (oleíferas) (Lauraceae, Piperaceae, Poaceae, Zingiberaceae), canais oleíferos (secretores) (Apiaceae, Asteraceae) ou em bolsas lisígenas ou esquizolisígenas (Pinaceae, Rutaceae, Myrtaceae).

Função:

        Na maioria dos casos, a função biológica dos terpenóides dos óleos essenciais permanece obscura. É concebível, entretanto, que eles tenham uma função ecológica. Essa hipótese é suportada por experiências que provam a função de alguns terpenóides na interação planta-planta (alelopatia, particularmente na inibição da germinação), assim como na interação planta-animal, proteção contra predadores (insetos, fungos) e na atração de agentes polinizadores. Para alguns autores, eles são agentes de comunicação entre as espécies e sua grande variedade estrutural permite várias “mensagens biológicas”.

Composição Química:

        Óleos essenciais são uma mistura complexa de constituintes que pertencem, principalmente, a dois grupos caracterizados por origens biossintéticas diferentes: os terpenóides e o menos comum, grupo dos fenilpropanóides.

  • Terpenóides:

Os óleos essenciais contêm somente os terpenos mais voláteis, ou seja, aqueles cujo peso molecular não é tão alto: mono e sesquiterpenos.

        Os monoterpenos presentes são hidrocarbonetos de cadeia aberta (acíclicos) como o mirceno e o ocimeno, monocíclicos (α e γ-terpineno, ρ-cimeno) bicíclicos (pineno, 3-careno, canfeno, sabineno). Algumas vezes eles constituem cerca de 90% do óleo essencial, por exemplo, no óleo de Citrus. Podem ocorrer moléculas funcionalizadas de acordo com a reatividade do cátion de origem:

                Álcoois: acíclicos (geraniol, linalol, citronelol), monocíclico (mentol, terpinen-4-ol, α-terpineol) ou bicíclicos (borneol, fenchol);

                Aldeídos: Na sua maioria, acíclicos (geranial, neral, citronelal);

                Cetonas: Acíclicas (tagentona), monocíclica (mentona, carvona, pulegona) ou bicíclicas (cânfora, fenchona, tujona);

                Ésteres: Acíclicos (acetato ou propionato de linalila, acetato de citronelila), monocíclicos (acetato de α-terpinila ou mentila) ou bicíclico (acetato de isobornila);

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