A Doença de Parkinson
Por: Carolinealvees • 14/2/2017 • Trabalho acadêmico • 4.481 Palavras (18 Páginas) • 636 Visualizações
DOENÇA DE PARKINSON
Vilmary Silva Novais¹
Caroline Santos Alves²
Manoela Gomes da Silva²
Samara deFrança Ferreira²
Tailani Mendes de Oliveira Araújo²
Resumo
A doença de Parkinson é um distúrbio de caráter degenerativo progressivo do sistema nervoso que resulta na falta de produção da dopamina. É caracterizada pelos sinais cardinais de rigidez, acinesia, bradicinesia, tremor e instabilidade postural.A deficiência da dopamina resulta em déficits na coordenação muscular, em contrações involuntárias, influenciando a marcha, os movimentos e a postura. A marcha é caracterizada por passos curtos e arrastados, com ausência do balançar dos braços, em casos avançados, ocorre uma aceleração involuntária. Essa patologia era conhecida como “paralisia gritante”, descrita, primeiramente, por James Parkinson, porém, foi Charcot, que definiu os quatro sinais cardinais da doença, apresentando critérios para o diagnóstico diferencial e um tratamento para esta doença. Posteriormente, Kinnier Wilson descreveu a acinesia, o sintoma mais curioso desta patologia.A doença de Parkinson é mais prevalente no sexo masculino com 60 anos de idade, sendo incomum sua ocorrência abaixo dos 25 anos.
Palavras chave: Parkinson, instabilidade postural, marcha, bradicinesia, acinesia.
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¹Docente da disciplina Cinesiopatologia na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
²Graduandas do IV Semestre do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia[pic 1]
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"Não gaste muito tempo imaginando o pior cenário. Ele raramente vai acontecer como você imagina, e se por algum acaso vier acontecer, você terá vivido duas vezes."
- Michael J. Fox
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SUMÁRIO
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1 INTRODUÇÃO
A doença de Parkinson foi descrita pela primeira vez por James Parkinson em 1817, sendo mais prevalente no sexo masculino e surge aproximadamente por volta da sexta década, sendo infrequente abaixo dos 25 anos, sendo mais suscetíveis acima dos oitenta anos.
Os primeiros achados clínicos da doença são: tremores, rigidez, bradicinesia e instabilidade postural. O tremor é habitualmente observado no repouso e sendo agravado em estresse ou fadiga. A bradicinesia significa lentidão dos movimentos e é o sintoma mais incapacitante desta doença, muito evidente desde o início dos sinais e é responsável pela incapacidade na realização das atividades cotidianas. Pode ocorrer no momento de iniciar o movimento por causa de uma dificuldade no tempo de reação, apresentada pelos pacientes ou durante todo o movimento. Além desses sintomas existem outros como a face em máscara considerada sem expressão, a postura torna-se flexionada para a frente, a escrita é relativamente reduzida, a deglutição de alimentos torna-se dificultosa e há uma excessiva salivação. São frequentes também os distúrbios do sono como insônia, pernas inquietas, inversão dos padrões do sono/despertar, podendo gera com isso uma hiposonolência diurna. O sintoma neuropsiquiátrico muito frequente é a depressão podendo acometer até 60% dos casos podendo ser em qualquer das fases/estágios que o paciente se encontre.
A doença se caracteriza pela degeneração da substância negra com perda progressiva de neurônios dopaminérgicos pigmentados e pela presença de neurônios contendo corpos de Lewy. O fator desencadeante ainda permanece desconhecido bem como a cura para a doença. Contudo existem tratamentos que melhora os sintomas, bem como o trabalho da Fisioterapia que gera uma melhora na condição de vida desses pacientes.
1.1 HISTÓRIA DA DOENÇA DE PARKINSON
James Parkinson nasceu na Inglaterra em 1755, seguiu a carreira o pai dedicando-se a clínica geral. Quando tinha 62 anos, em 1817 publicou sua monografia intitulada “Na essayontheshaking pulse” no qual significa “Um ensaio sobre a paralisia agitante”. Essa patologia foi descrita e compreendida primeiramente pelo mesmo, o qual descreveu seis casos de pacientes com “paralisia agitante” (POSSER et al., 2008). Foi vista na doença, tais sintomas como o tremor; a chamada “postura em flexão” que se caracteriza por flexão da cabeça, tronco ligeiramente inclinado para frente, semiflexão das articulações de joelhos, quadris e cotovelos; e a marcha desta patologia (FERREIRA, PRADO et al., 2007).
No final do século XIX e no início do século XX, os conhecimentos clínicos foram ampliados, graças aos estudos de Jean-Martin Charcot, considerado o pioneiro da neurologia moderna, contribuiu na descrição do quadro clínico, definindo a presença dos chamados quatro sinais cardinais da doença, que são o tremor, bradicinesia, rigidez e dificuldades do equilíbrio, apresentando critérios para o diagnóstico diferencial. E sugeriu a mudança do nome da enfermidade, de paralisia agitante para doença de Parkinson por ele ter sido o primeiro observador. (TEIVE, 1998).
Charcot foi o primeiro a apresentar um tratamento para esta doença, mesmo limitada e a base de plantas ricas em alcaloides, foi à única possibilidade vista a partir do extrato de algumas dessas plantas durante quase cem anos. Além dos cientistas citados, quem se destacou posteriormente em 1929, foi Kinnier Wilson que descreveu a acinesia, o sintoma mais curioso desta patologia, distinguindo-a a rigidez que antes era confundida (LIMONGI, 2001). E Tretiakoff descrevendo que a doença envolvia uma degeneração da substância negra do mesencéfalo. (TEIVE, 1998)
Outras descobertas marcaram a história da doença de Parkinson, foi a identificação da falta de dopamina como a principal responsável, a introdução da levopoda e dos agonistas da dopamina, entre outros.(LIMONGI, 2001)
1.2 EPIDEMIOLOGIA
A doença de Parkinson é mais prevalente no sexo masculino e surge aproximadamente por volta da sexta década, sendo incomum sua ocorrência abaixo dos 25 anos, as taxas médias de prevalência para a DP foram estimadas em 1% indivíduos acima de 65 anos e2% a 3% acima dos 80 anos. (ref. Do vídeo)
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