A Pratica Fisioterapêutica

¹MARQUES, Amélia Pasqual; PECCIN, Maria Stella. Pesquisa em fisioterapia: a prática baseada em evidências e modelos de estudos. Rev. fisioterapia e pesquisa. Vol. 2, n. 1. Jan/Abr., 2005.

²SHIWA, Silvia Regina. Et al. PEDro: a base de dados de evidências em fisioterapia. Rev. Fisioterapia em movimento, Curitiba, vol. 24, n. 3, p. 523 a 533. Jul/Set. 2011.

¹Fisioterapeuta; Livre- docente; Professora associada do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da USP.

²Fisioterapeuta; Doutoranda na Escola Paulista de Medicina da UNIFESP; Professora Assistente de Pesquisa do Centro Cochrane do Brasil.

Mestranda em Fisioterapia, Universidade Cidade de São Paulo.

O artigo traz a discussão da prática fisioterapêutica, em que, para os autores, esta, deve ser realizada com base em evidências que direcionem o profissional ao tratamento mais eficaz para o paciente. Para tanto, o artigo tem por objetivo apresentar a base de dados PEDro (Physiotherapy Evidence Database), que consiste em dados mais abrangentes em estudos que testam a eficácia das intervenções fisioterapêuticas, além de nortear os profissionais através de suas diretrizes de práticas clínicas.

A prática da fisioterapia baseada em evidências é fundamental para valorização e o crescimento da profissão, melhorando a qualidade dos atendimentos e a satisfação do paciente, reduzindo os custos com o tratamento (Shiwa, 2011). Isso porque, hoje a prática clínica alicerçada em pesquisas está sendo cada vez mais preconizada pelos profissionais como uma busca pelo melhor conhecimento científico, tornando os profissionais diferenciados. Diferente do que ocorria há muitos anos atrás, em que, a base de estudos era fundamentada em livros vindos de fora, ficando assim caracterizado como “receita de bolo”, deixando os profissionais com a incapacidade de tomadas de decisões.

Marques (2005) complementa essa ideia, afirmando que a prática fisioterápica baseadas em evidências é uma realidade e ganha cada vez mais adeptos. É percebido que, atualmente, o fisioterapeuta fundamenta sua intervenção em pesquisas anteriores ou em revisão sistemática, norteando sua conduta.

Para ambos, os fisioterapeutas têm dificuldades de encontrar estudos com uma boa qualidade metodológica, o que leva à confusão na tomadas de decisões clínicas. Propõem-se, portanto, que uma solução para melhorar este quadro está em selecionar artigos com níveis de qualidade metodológica, nesse caso, os disponíveis na base de dados PEDro.

Os níveis de evidências são hoje, utilizados como um norteador para classificar a qualidade dos estudos realizados na área de saúde. De acordo com Shiwa (2011), o objetivo da escala de qualidade PEDro é auxiliar os usuários quanto à qualidade metodológica e avaliar se o estudo contém informações mínimas para que os resultados possam ser interpretáveis.

Para a sua criação, teve-se como base critérios da escala Delphi que se baseia-se em um “consenso de especialistas” e não em dados empíricos (SHIWA, 2011). O que confere a esta maior confiabilidade, por conter dados objetivos. A diferença entre as duas se dá pelo acréscimo de dois critérios adicionais na escala PEDro que não constavam na escala Delphi – um critério relativo ao número de pacientes avaliados em cada período de acompanhamento e um outro critério que avalia se houve comparação estatística entre grupos.

Observa-se que, a escala PEDro não avalia a validade externa do estudo. O critério relativo à elegibilidade dos participantes foi mantido para que todos os critérios da escala Delphi estejam representados nesta escala.

Segundo Shiwa (2011) a PEDro ainda, por seu respaldo adquirido entre estudantes e profissionais, tem sido utilizada em mais de 80 países, com mais de 4,300 buscas realizadas por dia pelo website, tendo fornecido no último ano respostas para mais de 800,000 perguntas, estando o Brasil como um dos que mais utilizam. Nota-se que a sua adesão é alta devido ao seu fácil manuseio, já que, pode ser feita uma busca simples ou uma busca avançada.

Esse fator positivo de busca facilita ao pesquisador decidir pela melhor forma de realizar